Tenho uma pergunta que surgiu pela comparação do termo superfície com o equivalente inglês surface.
Gostaria primeiramente de referenciar a seguinte entrada (em inglês, no texto original) do blogue Linguae Textae (peço desculpa por não citar o artigo, mas não estou suficientemente à vontade, por causa dos direitos de autor).
O autor do artigo diz que a forma preferível para a língua portuguesa (e espanhola) de interface seria "interfície" (interficie em espanhol). Diz ainda que o fenómeno de mudança dos «ás» para «is» é frequente em latim, tal como se verifica em deficiente, do latim deficiens, em que o prefixo de- é apenso ao particípio presente faciens do verbo facere, que se tornou no português fazer e espanhol hacer.
Gostaria que conformassem se estas informações estão correctas.
Caso o estejam, por que motivo, em português, não se diz interfície? Nesta entrada, fala-se em como os falantes de catalão foram engenhosos, por terem adoptado o termo mais preferível. Como assim? Eu, por exemplo, no dia-a-dia, utilizo interface, porque é a norma adoptada pelos manuais escolares e meios de comunicação social, que supostamente deveriam utilizar os termos mais correctos e fiéis à nossa língua. Não existe nenhuma entidade que proponha e promulgue os termos mais correctos a serem utilizados em português?
É frequente ouvir e ler a expressão «ter lugar» aplicada a situações como: «o evento x vai ter lugar no dia y, próxima sexta-feira, às 22 horas». Apesar da pergunta e resposta 8136, permanece a minha dúvida. Esta expressão, equivalente a «ter cabimento», pode não estar associada à referência do local/lugar de determinado acontecimento? Ou estará mais correto dizer-se (e escrever-se): «o evento x vai ter lugar na Praça do Comércio, dia y, próxima sexta-feira, às 22 horas»?
Obrigado.
Agradeço esclarecimento quanto à existência em português do verbo devastar e seus derivados — devastado —, que vejo ser utilizado verbalmente (e não só). Ou é apenas mais um anglo-saxonismo («I´m devastated!»)?
Adicionalmente, e caso ainda não faça parte do léxico português, quais os termos que podem ser usados em sua substituição? Dizimar, arrasar... são os que ocorrem neste momento.
Obrigado.
Já li a vossa resposta à "palavra" plugue. Contudo, não fico esclarecido se a palavra existe ou não em português. Referem casos de outros termos, mas que embora por vezes falados não existem em português ("naifa", "vacanças", etc)
Não a encontro em nenhum dicionário que consultei (como seria de esperar). Contudo, fiquei banzado com o facto de ela ser validada pela Academia Brasileira de Letras no sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Afinal plugue existe em português, ou não? É que o que é pretendido com esse termo já existe. Designa-se por ficha. Ficha que é para ligar/conectar numa tomada.
Obrigado.
Há uns dias vi a palavra "entregáveis". Percebe-se que foi traduzida à letra do inglês "deliverable". É aceitável? Qual a melhor opção, neste caso?
Num texto da área petrolífera, deparei-me com as seguintes frases: 1) «Foram utilizados como parâmetros na avaliação da pressão de poros os expoentes de perfuração Nx e Dxc, o comportamento de gases de formação, gases de pistoneio, de conexão e de manobra.»
O que significa «pistoneio» e, consequentemente, «gás de pistoneio»?
2) «A temperatura da lama de saída também foi monitorada, porém não pode ter muita valia, devido ao comprimento do Riser ser muito grande.»
Qual o significado de "Riser" e porque se encontra com letra maiúscula?
Muito obrigado!
Gostaria de saber se está correto dizer "relise" ao invés de "release" para o texto jornalístico enviado por assessorias de imprensa.
Grata.
A propósito da leitura de um texto, deparei-me com o vocábulo "fidebeque". Perguntava, pois, se existe.
Obrigada.
Com frequência vejo na imprensa notícias em que se refere a expressão «parada gay». Esta expressão está correcta? Ou seja, o uso da palavra parada está correcto neste contexto?
Exemplo: «Centenas de homossexuais, lésbicas e transsexuais celebraram, nesta quarta-feira, a Parada Gay em Katmandu, capital do Nepal.»
Trabalho neste momento como examinador de patentes de invenção no INPI — Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Um dos critérios para aceitação das mesmas é, tal como consta em despacho no Diário da República, estarem redigidos em língua portuguesa.
O que sucede é que muitas vezes recebemos avalanchas de termos técnicos de origem anglófona e francófona, sendo por vezes dúbios os critérios de aceitabilidade dos termos técnicos referidos.
O dicionário técnico que presentemente utilizamos é o IATE. Vede por favor.
É o que está padronizado na Europa.
Pedia-vos que me indicassem um dicionário com a tradução dos termos técnicos, de acordo com as regras fonológicas, gramaticais e semânticas da língua portuguesa, que servisse para sugerir, aos requerentes das respectivas patentes em notificações de exame formal, que os empregassem.
Agradecido de antemão.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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