O vocábulo arruada
A propósito da presente campanha presidencial em Portugal, tenho ouvido na rádio o neologismo "arruada" (no sentido de passeata eleitoral dos candidatos e suas comitivas em determinados pontos desta ou daquela cidade) que não vejo abonado nos dicionários. O da Academia das Ciências de Lisboa regista apenas o verbo arruar («andar pelas ruas, geralmente sem destino», o mesmo que «vadiar», na abonação mais próxima do sentido em apreço) – mas não o substantivo "arruada". O que acha o Ciberdúvidas?
O uso de culpabilizar
Nos dicionários que consultei não consta a palavra "culpabilizar", contudo tenho verificado qua há muita gente que usa este termo. Agradeço que me informem se existe. Muito obrigado.
Os anglicismos “marketing”, “franchising” e “outsourcing”
Se fosse possível gostaria que me elucidassem acerca do seguinte: os estrangeirismos “marketing”, “franchising”, “out-sourcing”, etc. são, neste momento, palavras portuguesas? Qual o critério que devo seguir ou o que devo consultar para saber em tempo real se estes ou outros vocábulos do mesmo tipo integram ou não a nossa língua? Os meus agradecimentos antecipados.
A formação de traçabilidade e rastreabilidade
Antes de mais nada, parabéns ao Ciberdúvidas pelo bom trabalho dedicado à nossa língua, que muito me tem auxiliado para compreender melhor as diferenças entre as duas variações, as quais, como a maioria dos brasileiros, desconhecia a existência. Durante uma das minhas navegações e leituras aleatórias pelo sítio, deparei-me com o artigo O nome traçabilidade e resolvi tirar esta dúvida, além de prestar um testemunho. Ainda no Brasil, usava freqüentemente a palavra rastreabilidade para traduzir "traceability". Quem trabalha com informática não pode ser radical em relação aos estrangeirismos, mas sempre procurei o uso de palavras em português para expressar coisas que não são especificamente técnicas. Parece-me que o ato de determinar a origem e todos os passos executados por um processo até o momento atual cabe bem com o significado da palavra rastrear, seja o processo informatizado ou não. Uma vez que o processo seja dotado desta capacidade, penso que não faria mal dá-la o nome de rastreabilidade. Como disse, já utilizava este termo no Brasil e tenho feito da mesma forma em Portugal. Deixo aqui meu testemunho: do ponto de vista da comunicação o termo não deixa nada a desejar, todos os alunos sempre entenderam imediatamente o significado. Apenas uma vez fui interpelado por um aluno em Portugal que queria me fazer entender que aqui não se usava rastreabilidade e sim "traceability" mesmo; imaginando, talvez, que no Brasil o termo fosse largamente utilizado. Ledo engano. Bom, dito isto, deixo para o Ciberdúvidas a questão da correção ou não do uso do vocábulo. Cordiais saudações,
A palavra evitamento
Em ciências sociais, por exemplo em antropologia, é comum o uso da termo "evitamento", no sentido de um procedimento que visa, precisamente, evitar uma determinada situação que é socialmente indesejada (a presença de determinados parentes, o contacto com certas substâncias, etc.). No entanto, frequentemente esta palavra é "censurada" em textos escritos noutras áreas de trabalho, com o pretexto de ser inexistente ou uma incorrecção de português. Podem esclarecer-me sobre a validade da palavra? Trata-se de um neologismo ou de um calão específico das ciências sociais ou, pelo contrário, de uma palavra perfeitamente averbada na língua, como, aliás, se verifica em vários dicionários? Obrigado pela atenção.
O verbo postar (de "post")
Existe o termo "postar" em português europeu?Tenho visto algumas vezes no sentido de colocar uma mensagem num fórum, por exemplo. Pessoalmente, custa-me muito aceitar uma tradução "aportuguesada" de um termo inglês ["post"], mesmo nesta época em que tudo, ou quase tudo, é aceitável.
Os neologismos “practibilizante” e parceriado
A propósito de um texto de Mário Barreto em que se 'define' a diferença entre neologia e neologismo, deparei-me há dias com duas palavras sobre as quais gostaria de saber se é correcta a sua utilização.
Practibilizante
Parceriado
Agradeço imenso o esclarecimento.
Envelope ou sobrescrito?
As duas palavras em título são correctas (ou seja, poder-se-à escolher qualquer delas)?
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Data início/data-início, data fim/data-fim?
Gostaria, antes de mais, de parabenizá-los pelo tão desejado regresso que, creio, era aguardado por todos aqueles que vêem nele o vigoroso pulsar da Língua Portuguesa e que são muitos, a julgar pelos votos de confiança e apoio que foram sendo prestados ao Ciberdúvidas. A dúvida que venho colocar tem a ver com a tão complicada questão da utilização do hífen. Assim, gostaria que me ajudassem na dúvida na grafia das seguintes palavras: data início//data-início; data fim/data-fim? Seguindo a regra da formação de palavras por composição (justaposição), penso que se escreveriam com hífen; data-início e data-fim. Seguindo a grafia de data-valor, que é, segundo o dicionário da Porto Editora, a grafia correcta, estas seriam também as formas correctas. No entanto, as minhas dúvidas prendem-se com o facto de nunca ter visto estas palavras escritas com hífen, mas sim como "data fim" e "data início". Fiz inclusive uma pesquisa no corpus CETEMPúblico, da qual não obtive nenhum resultado. Seria possível ajudarem-me com esta questão? Agradecendo desde já toda a atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos, desejando-lhes a continuação do valioso trabalho que têm vindo a prestar a todos nós.
População-alvo
Deve dizer-se população alvo ou população-alvo?
