Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia Flexional
Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 275

1. «Ela é linda, linda.»

2. «Ela é uma senhora diretora.»

3. «Ela é linda de morrer.»

Nas frases acima, há superlativo absoluto? Caso haja, ele é sintético? Ou analítico? Ou qual grau está?

Obrigado.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 278

Se a palavra eleição se referir a apenas dois candidatos, preciso colocar no plural eleições?

Quando se usa o singular e plural desta palavra?

Obrigado

Rita Marques Assistente editorial Póvoa de Santa Iria , Portugal 266

Uma vez que paquiderme é um nome masculino quando nos referimos a um espécime dos paquidermes, tratando-se de uma elefanta (feminino), a formulação correta será «um pequeno paquiderme» e não «uma pequena paquiderme».

Agradeço a vossa confirmação.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 292

Qual o correto?

1) Essas pessoas são ótimos empresários.

Ou:

2) Essas pessoas são ótimas empresárias.

No caso, são empresários masculinos e empresárias ao mesmo tempo, mas não sei se precisa ficar no feminino de igual modo por "pessoas" ser um termo no feminino.

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Celso Alves Pais Formador e Docente do Ensino Superior Privado Sra da Hora, Portugal 346

Venho perguntar qual das frases é correta, ou mais correta: "passamos a vida a rebolar-nos na erva" ou "passamos a vida a rebolarmo-nos na erva"?

João Martins Funcionário público Coimbra, Portugal 802

Ao longo dos séculos, a ortografia nas diversas edições de Os Lusíadas evoluiu.

Por exemplo, “Occidental praya” passou a ser «Ocidental praia»,” “Daquelles reis” passou a «Daqueles reis», "A fee, o imperio” passou a ser «A fé, o império», “forão dilatando” passou a ser «foram dilatando». Todos estes casos são evidentes e sem controvérsia.

Uma outra alteração surge no final da primeira estrofe: «entre gente remota edificarão….que tanto sublimarão» passou a ser «entre gente remota edificaram …que tanto sublimaram».

Esta alteração parece ser também banal. Mas é mesmo incontroversa?

Será que o poeta não queria terminar a primeira estrofe no futuro?

Se a estrofe terminasse no futuro e não no pretérito, o texto teria sentido: ele vai cantar os primeiros grandes navegadores portugueses (Vasco da Gama e companheiros) que passaram além da Taprobana e que posteriormente à narrativa – ou seja no futuro -- vieram a edificar e sublimar.

Note-se também que nessa primeira estrofe, na primeira edição surge «passaram ainda alem da Taprobana» e não «passarão ainda alem da Taprobana». Assim, duas perguntas concretas:

1/ Se no final do século XVI, o pretérito se escrevia como “edificarão / sublimarão ,” como se grafava o mesmo verbo no futuro (ou seja como se distinguiam as palavras que agora grafamos como edificaram e sublimaram?

2/ Que certeza temos que o poeta desejou terminar a primeira estrofe no pretérito e não no futuro?

Rafael Bertozzo Duarte Revisor Legislativo Curitiba, Brasil 683

Quero parabenizar o site.

Recorro a vocês para encontrar uma resposta que não encontrei em nenhum outro lugar na rede. É sobre alguns fenômenos linguísticos que tenho observado e para os quais não encontrei definição ou nome. São casos em que a regra sintática é quebrada com um propósito. Não são meramente erros.

Na frase «Ele correu pegar a bola», o verbo correr assume uma transitividade que não lhe é própria. Um fenômeno parecido ocorre com «Vá ao quarto correndinho buscar meu telefone», em que o verbo no gerúndio recebe um diminutivo. Claro que as duas frases quebram normas gramaticais, mas não são meros erros, elas têm um propósito, atribuem uma expressividade à construção.

Gostaria de saber se há figuras de linguagem em que esses dois fenômenos possam ser enquadrados. Inclusive, gostaria de saber se há mais exemplos desse mesmo fenômeno.

Obrigado.

Vicente de Paula da Silva Martins Professor Sobral, Brasil 945

Como explicar, de forma convincente e com base morfossintática sólida, a mudança da vogal temática de o para a no par saco/saca, sendo que a origem etimológica comum remonta ao latim saccus, -i, e ainda mais remotamente ao grego sákkos e ao hebraico sak, todos invariavelmente com vogal final fechada e masculina?

Estaríamos diante de um fenômeno morfológico legítimo ou de uma analogia sem base histórica consistente?

Obrigado.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 870

A palavra pão tem aumentativo? Qual ?

A palavra rua tem aumentativo? Qual?

Toda palavra tem aumentativo?

Obrigado.

Volha Kazlova Química Porto, Portugal 800

Ando a aprender português há dois anos e meio e, hoje, não consegui encontrar na Internet a resposta à minha dúvida. Como todos os estudantes de português aprendem, há duas cores (laranja / «cor de laranja», e rosa / «cor-de-rosa») que não variam em género nem em número, porque as palavras laranja e rosa são substantivos. Hoje comecei a pensar na cor alaranjada que podemos chamar da cor coral. Pelo que entendi, também é possível dizer tanto coral, como «cor de coral» («uma saia coral» / «uma saia cor de coral» ou «um batom coral» / «um batom cor de coral»).

Na Infopédia encontrei a forma plural deste adjetivo – corais. Além disso, encontrei vários exemplos na Internet com expressões como «batons corais», «flores corais», etc. No entanto, o ChatGPT afirma que o adjetivo coral é invariável, porque vem do respetivo substantivo.

Então, a minha pergunta é: qual forma do plural está correta: "coral" ou "corais"? Por exemplo:

1) umas saias coral / umas saias corais / umas saias cor de coral

2) uns batons coral / uns batons corais / uns batons cor de coral

Agradeço antecipadamente a vossa resposta! Este site é tesouro para quem quer aprender a falar melhor português!