Perguntaram-me se a palavra padrinho era um diminutivo. Consultei o Dicionário Houaiss e parece-me que não, mas a pessoa que me colocou a pergunta precisava de uma resposta mais definitiva do que a minha. Poderiam esclarecer-nos, por favor?
Encontrei nesta semana uma página da Internet que se destina a resolver as dúvidas do português e nela li uma frase que me deixou surpreso. Penso que o autor em questão está errado, mas gostaria de ter a vossa confirmação. A frase em questão é:
«A crase não é considerada acento. Também não deve ser utilizada no lugar do verbo haver, como tenho visto muito:
À muito tempo atrás... ERRADO!!!
(o correto é "há muito tempo atrás")»
O endereço electrónico de onde foi retirada a frase é: http://www.ffsol.org/portal/texto.php?idff=1652
Muito obrigado.
Uma professora de Português me garantiu que a palavra "parteleira" está certa, assim como prateleira. Eu desconhecia esta pronúncia/grafia. Ela está correta?
Emergente pode associar-se a emergência?
As pessoas costumam empregar as duas frases: «Carla Bruni pode estar grávida do presidente» (Diário de Notícias – 11/01/08) e «Fernanda Serrano grávida do terceiro filho» (Caras – 15/01/09). Como posso evitar mal-entendidos, deixando claro que, se a Carla Bruni estiver grávida, o pai do bebé é o presidente, e que nascerá o terceiro filho da Fernanda Serrano?
Na recolha oral de uma pequena peça teatral cantada, do segundo quartel do século XX, encontro a palavra pronunciada como "ôrêlo" ("ourêlo", "orêlo", "oure-lo"?) no verso que transcrevo: «mas é preciso orêlo para a mamã não saber». Parece significar «segredo, cuidado, cautela». Porém, a única palavra que encontro nos dicionários, "ourelo", tem a forma preferível "ourela", cujo significado não parece ajustar-se à frase.
Terá a transmissão oral deturpado a palavra original?
Haverá outra palavra semelhante?
Se eu quiser referir-me a água com cloro, poderei utilizar a expressão «água clorificada» ou «água aclorada»? Encontrei as duas expressões através do Google, mas não sei se o seu uso é correcto...
Desde já, os meus agradecimentos.
Na expressão «mais o mar que eu nunca vi» oiço, por vezes, a forma antiga «mai-lo o mar...». Como se pode classificar gramaticalmente esta forma de expressão que, penso, tenha caído em desuso?
«Cantarei até que a voz me doa» ou «Dormirei até que esteja recuperado» são expressões que considero correctas e que não me causam dúvida: «até que» está associado ao limite temporal da acção traduzida pelo verbo.
É no entanto cada vez mais frequente ouvir dizer «até que nem é caro» ou «até que me sinto bastante bem», em que a utilização do que me parece inadequada. Eu digo «até me sinto bastante bem» ou «até nem é caro». Estou certo, estou errado, ou é indiferente?
Parece-me que a inclusão do que nestes dois exemplos vem do português brasileiro, que cada vez mais penetra o português europeu (o que «até nem é mau» ou «até que nem é mau»?).
Agradeço que me esclareçam esta dúvida: posso usar ambas as formas? Alguma delas é incorrecta?
Muito obrigado.
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