Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Fonética
João Costa Funcionário administrativo da Segurança Social Braga, Portugal 11K

No âmbito das comemorações do centenário da República, a RTP exibiu um programa que intitulou de Vivá República.

Ora, considerando a existência de uma crase em "Vivá" de "Viva a República", não deveria escrever-se "Vivà República"?

Obrigado.

Luís Filipe Dias Bibliotecário Abrantes, Portugal 8K

Nasci, cresci e vivi no Pego, uma aldeia do concelho de Abrantes. Toda a gente na minha terra pronuncia "Pégo", pese a inexistência do acento. Contudo, os demais pronunciam "Pêgo". Posso utilizar a analogia Pego-Cego para explicitar a razão de uma aldeia?

José Passos Reformado Santarém, Portugal 5K

Como se pronuncia Scalabis? Acentuando a antepenúltima, ou a penúltima sílaba?

Os meus agradecimentos.

Jorge Santos Carvalho Reformado Abrantes, Portugal 7K

Sobre a vossa resposta à pergunta «A capital da República da Macedónia», a transliteração seria "Sekópie", como se lê Skopje em macedónio. Logo, talvez, Skopie... Não haverá na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) uma academia ou outra instituição que possa fazer um vocabulário para resolver (de vez) estas dúvidas toponímicas?

Luciano Eduardo de OIiveira Professor Brno, República Checa 17K

Descobri que em Portugal também se escreve estômago, como no Brasil, e não "estómago", como eu imaginava comparando com quilômetro/quilómetro, econômico/económico, etc. Noto que como nas outras duas palavras que apresentei o som o vem antes do m. Por que será que estômago é estômago em Portugal e não "estómago"? Poderiam dizer-me que é assim que se pronuncia, mas então por que não se pronuncia quilômetro e econômico com o o aberto?

Como curiosidade, deixo-lhes o comentário que na escola aprendemos a escrever quilômetro com acento circunflexo, mas muitos, talvez a maioria dos brasileiros nascidos de São Paulo para baixo (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) pronunciam tais palavras com o aberto.

Obrigado por nos proporcionarem este maravilhoso espaço.

Sílvio César Otero Garcia Professor São Carlos, Brasil 4K

Movido por uma dúvida surgida num fórum, gostaria de saber qual é a pronúncia correta das palavras ventríloquo e ventriloquia. Sobre a primeira delas, consta no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa as pronúncias "quo" e "co", por outro lado, sobre a segunda, os dicionários Aurélio e Houaiss, anteriores ao Acordo Ortográfico, trazem a grafia ventriloquia, sem o trema, sugerindo, assim, a pronúncia sem o "u". Finalmente, foi-me dito que deve-se ler o "u" em todas as palavras que têm a base latina loquu-. Temos, então, um impasse. Como resolvê-lo?

Alexandre Camões Barbosa Médico Lisboa, Portugal 7K

Se, como diz FVP Fonseca em A fonética de equino e equidistante, o -u de equino é para ler, porque o mesmo acontecia no seu étimo latino equinu, não se deverá dizer também "e-kwi-ta-ção", dado que o étimo é o mesmo (e ao contrário do que diz José Neves Henriques em Pronúncia de equitação)?

Agradecido pela atenção dispensada!

Álvaro Barros Estudante Ipiaú, Brasil 8K

Agradeço à equipa do Ciberdúvidas pelas respostas dadas anteriormente, e à senhora Ana Carina Prokopyshyn, por ter-me auxiliado na resposta 28 400.

Mas, ainda tendo algumas dúvidas, peço o vosso auxílio. Tendo em vista o que a senhora Ana Carina Prokopyshyn escreveu no trecho — «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral, mas devem ser evitados, principalmente na escrita, pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir» — ocorrem-me algumas questiúnculas.

No trecho «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral,» pode ser aplicado ao que se encontra na obra de Camões, Os Lusíadas, uma vez que se encontra formas como «ingrês»?

Em «Mas devem ser evitados, principalmente na escrita», isso levaria a uma inibição de novas formas fonéticas e estagnação na língua? Como ajustar esta conceção com as mudanças constantes que a língua viva sofre?

«Pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir.»

Por que as mudanças fonéticas ocorridas na passagem do latim para a língua portuguesa são aceitas e as que ocorrem dentro da própria língua não são aceitas, ou mal vistas, dependendo da classe social em que ocorrem? Só se considera uma forma legal e aceita aquela admitida na elite erudita que forma a língua? Mas quando nos recordamos que a língua portuguesa estruturou-se, tendo como base o latim vulgar, não entraria em contradição o pensamento cultivado pela norma culta de uma língua «perfeita»?

Ainda não consigo compreender as discussões e as dimensões das implicações que decorrem de críticas feitas à norma culta do português.

Vemos muitos argumentos em prol de mudanças na norma culta, mas que argumentos podem ser elencados para salvaguardar nosso patrimônio histórico e nossa tradição perpetuados na língua?

Agradecido pela atenção e consideração sempre prestada por todos vós.

Álvaro José de Barros Lima Estudante Ipiaú, Brasil 19K

Prezada equipa do Ciberdúvidas, agradeço-lhe pelas respostas sempre esclarecedoras e por verdadeiramente manter um intercâmbio entre as diferentes variantes da nossa língua portuguesa. Estou a fazer um trabalho na escola sobre alguns fenómenos fonéticos. Gostaria que, se possível, auxiliassem-me nesta tarefa. Minha professora passou um livro, A Língua de Eulália, de Marcos Bagno, que descreve com uma novela sociolinguística o tema proposto para o trabalho, o rotacismo. Procurei num outro livro, Preconceito Linguístico, de Marcos Bagno também, que descreve apenas o dito fenómeno num ponto que visa apenas o preconceito e a discriminação. Gostaria de uma explicação linguística adequada e uma descrição do fenómeno na língua portuguesa. O que ele é? Ele ocorreu no passado, logo no início da língua? Ocorre hoje? É adequado à língua moderna? Como é a relação deste fenómeno com o preconceito e a discriminação?

Desde já, adianto-lhes meus agradecimentos.

Samuel Arantes Pai de família Braga, Portugal 6K

Gostaria de saber como se pronuncia correctamente a palavra plenitude: se com e aberto (como café) ou se com e fechado (como questão).

Agradeço a atenção dispensada.