Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Djavan Vieira do Nascimnto Estudante Recife, Brasil 3K

O professor Pasquale Cipro Neto aponta duas possibilidades de concordância com o verbo na segunda pessoa do plural: «Quais de vós podem» e «Quais de vós podeis».

Não acredito na primeira possibilidade; o verbo não ficará, de regra, na segunda pessoa do plural (podeis)?

A. H. Verissimo Reformado Ponta Delgada, Portugal 5K

Frases a ter em conta:

(1) Faltavam alguns dias para a Ana casar.

(2) Só lhe falta ser benzida para que a ponham num altar.

Vi, num trabalho em linha, os constituintes «alguns dias» (frase (1)) e «ser benzida» (frase (2)) classificados como «complemento direto». Não serão antes o «sujeito» do verbo «faltar»?

No mesmo texto, classificava-se como subordinadas adverbiais finais as orações introduzidas por «para», nas frases acima transcritas. Afigura-se-me equívoca esta classificação, porque:

1. as orações iniciadas por «para» não me parecem ser modificadores da oração subordinante;

2. é o verbo «faltar» que rege a preposição «para» (à semelhança de esforçar-se para),.

As orações «para a Ana casar» (frase 1)) e «para que a ponham num altar» (frase 2)) não são antes subordinadas substantivas completivas, com a função de complemento oblíquo?

Parabéns pelo excelente serviço público, que é o vosso trabalho no Ciberdúvidas.

Obrigado. AHV

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 17K

Deverá ser «cumprimentos do Brasil» ou «cumprimentos desde o Brasil»?

Como é que se deve empregar a preposição desde?

Muitíssimo obrigado!

Carlos Costa Professor Covilhã, Portugal 3K

Congratulo o sítio pelo trabalho extraordinário que tem vindo a realizar e agradeço antecipadamente qualquer comentário e informação sobre o que apresento.

É correto dizer «gravitar em redor / à volta desta história», ou trata-se de um pleonasmo desnecessário, uma vez que gravitar significa «à volta de»?

Será mais adequado «gravitar nesta história»?

Dina Rouxinol Professora de 1.º ciclo Portugal 2K

Como classificamos as palavras «Invasões Francesas», nome próprio ou nome comum + adjetivo qualificativo?

Hélio Martins informático Setúbal, Portugal 4K

A frase em baixo está correcta?

«Relativamente ao frio, pouco pode-se fazer.»

Ou será mais correcto:«"(...) pouco se pode fazer»?

Na minha opinião acho que as duas estão bem mas, neste contexto, gosto mais de como soa a última -- gostaria de saber a vossa opinião. (Imagino que algures na base de dados já deva existir resposta para dúvida similar -- desde já, peço desculpa.)

Obrigado e parabéns pelos 23 anos (participo pouco mas conhece-vos desde, pelo menos, 1997!)

Siara Pi Estudante Castellbisbal, España 3K

«Hoje apetece-me comer peixe.»

Nessa frase o pronome há de estar antes ou depois do verbo? Na minha opinião acho que deve estar antes, pois temos um advérbio e não há vírgula.

Escrevo-lhe porque encontrei essa frase em um texto ( escrito por um português) e deixou-me confusa. Qual é a forma correta?

Também gostava de saber se há uma gramática que trate esse tema detalhadamente, pois tenho muita curiosidade.

Obrigada.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 8K

Como se diz: «dar entrada em» ou «dar entrada a»?

Exemplos: «A Joana deu entrada na cidadania portuguesa» e «A Joana deu entrada à cidadania portuguesa».

 

Cecília Duarte Professora Coimbra, Portugal 4K

Gostaria que me elucidassem sobre a função sintática do constituinte «de sombras» na expressão «lançado sobre o túmulo a cobrir-lhe a memória de sombras». Estou em dúvida entre complemento oblíquo e complemento do nome.

Muito agradecida pela atenção.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 7K

O gramático Júlio Moreira [1854-1911], nos seus Estudos da língua portuguesa, volume I, pág. 140, alerta-nos para a diferença de registo entre «faz de nós tolos» e «faz-nos de tolos»; pois bem, gostaria de saber que diferença há entre «O Joaquim faz-nos de tolos» e «o Joaquim faz-se de tolo».

Seria correto analisar o verbo fazer nessas frases como transitivo-predicativo, em que os complementos nos e se são complementos diretos e «de tolos» e «de tolo» nos respectivos exemplos são predicativos do complemento direto?

No caso de esses exemplos serem equivalentes, porque é que em Portugal e no Brasil também, mas entre pessoas escolarizadas, se usa o verbo fazer como transitivo direto e indireto em frases como estas?

(1) «O Pedro fez de nós tolos.»

Porque não se diz «Pedro fez-nos de tolos», já que também se diz «O Pedro fez-se de tolo»?

Obrigado.