Qual a análise sintática das frases com "que será de" na acepção de «ter como destino, acontecer com» (Dicionário Caldas Aulete e Francisco Fernandes registram esses significados):
Ex.: «Que seria "dele" sem o apoio da mulher?»
O verbo ser para Fernandes teria objeto indireto («dele»), outros registram a frase, mas não analisam sintaticamente.
Alguns dizem que o verbo fazer está em elipse – «Que seria [feito] dele sem o apoio da mulher», fazendo de «dele» objeto indireto do verbo elíptico fazer. Mas o fato é que não entram em acordo sobre a análise sintática .
Alguns professores não conseguem analisar a transitividade do verbo ser.
E o dicionário Michaelis vê como linguagem coloquial.
1) Qual a melhor análise seguindo os estudos linguísticos atuais sobre esta construção ?
2) Qual seria a análise sintática mais adequada de «dele»: predicativo do sujeito ou objeto indireto ?
Grato pela resposta.
Parabéns pelo ótimo trabalho de todos vocês.
Tinha entendido, e corrijam-me se não é assim, que o uso do infinitivo pessoal era motivado por algumas partículas da língua (preposições, locuções prepositivas) ou contextos (depois de um verbo declarativo ou volitivo, numa frase subordinada em que há mudança de sujeito relativamente à oração principal).
Atendendo a estas considerações, não consigo explicar muito bem o uso do infinitivo pessoal na seguinte frase: «Ficares aqui só te vai trazer problemas», dado que interpreto «ficares aqui» como a oração principal. Posteriormente, intuí que não se trata de uma oração principal, mas uma subordinada, subentendendo-se no início da frase «o facto de ficares…».
Gostaria de saber se é assim e, no caso afirmativo, se haveria outros casos em que normalmente se omitisse essa preposição ou locução prepositiva inicial.
Muito obrigada pela sua preciosa ajuda!
Como classificar a oração iniciada por que em «É por isso que não se pode imitar»?
Obrigada.
Está correto escrever «arreigado a»?
Agradecido
E agora uma dúvida pungente, de suma importância: qual o feminino de «sumo sacerdote»?
"Suma" sacerdotisa? Sumo "sacerdotisa"?
Estou empancado nisto.
Obrigado.
Gostaria de saber qual das seguintes frases está correta:
«Lembra-lhes para regarem as flores.»
«Lembra-os para regarem as flores.»
«Lembra aos teus amigos para regarem as flores.»
«Lembra os teus amigos para regarem as flores.»
Muito obrigada pelo vosso trabalho.
É correto escrever «tratar-se contra» nos exemplos seguintes (os dois primeiros copiados da Internet)?
«[...] aceita tratar-se contra a dependência do álcool»
«[...] o que a levou a procurar ajuda e a tratar-se contra o vício em drogas.»
«Certos animais tratam-se contra parasitas.»
Na última frase, se se escrevesse «livram-se de parasitas», seria mantido o mesmo significado?
Parece-me que o verbo expressar, ao contrário por exemplo de dizer, declarar, afirmar, etc. não admite a construção com oração iniciada por "que".
Assim, é correto dizer «Disse que tinha dúvidas», mas não «Expressou que tinha dúvidas», podendo apenas dizer-se «expressou dúvidas».
Estou certa?
Obrigada pelo excelente trabalho que realizam.
O que é lexicalização e composicionalidade ?
A frase «chamas-te Maria», transformada para a voz passiva analítica, ficaria «é chamada de Maria» ou «és chamada de Maria»?
Obrigado.
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