Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Pedro Caires Tradutor audiovisual Porto, Portugal 2K

Recentemente, deparei-me com a seguinte dúvida: «daquele» ou «naquele lado»?

Por exemplo, escreve-se «A mesa fica bem daquele lado da cozinha» ou «A mesa fica bem naquele lado da cozinha»?

A minha intuição diz-me que naquele (em + aquele) seria o mais correto, mas gostava de saber a vossa opinião.

Muito obrigado e continuem com o excelente trabalho do Ciberdúvidas!

Narcisa Garina Estudante Benguela, Angola 1K

Vi num livro publicado pelas Testemunhas de Jeová (Seja Feliz Para Sempre!, p. 79) o seguinte título:

«Será que as Testemunhas de Jeová são cristãos verdadeiros?».

A minha dúvida é: porque é que a concordância não é/está «cristãs verdadeiras»? Afinal, quem é sujeito e quem é predicativo?

Agradeço a ajuda!

Julian Alves Estudante Rio de Janeiro , Brasil 4K

Eu vejo que na língua italiana há uma liberdade na colocação dos termos nas orações. Parece que o português também concede está possibilidade, mas eu preciso ter certeza disso.

Sabe-se que, quando se usam orações do tipo de «O homem matou o dragão», «o homem» cumpre a função de sujeito, e «o dragão», a de objeto.

Mas, se se mantiver a mesma estrutura da oração e se também se puser uma vírgula após «o homem», «o homem» cumpriria a função de objeto, e «o dragão», a de sujeito.

Até agora vimos a estrutura SVO [sujeito-verbo-objeto] e OVS [objeto-verbo-sujeito], respectivamente.

Aí vêm as perguntas:

1.ª Seria possível uma estrutura do tipo VSO [verbo-sujeito-objeto] e VOS [verbo-objeto-sujeito] como, respectivamente, «Matou o homem, o dragão» e «Matou, o dragão, o homem»? (Sem ambas as orações possuírem a retomada do objeto pleonástico)

2.ª Também gostaria de saber se é possível as estruturas SOV [verbo-objeto-sujeito] e OSV [objeto-sujeito-verbo] como se seguem, respectivamente: «O homem, o dragão, matou» e «O dragão, o homem matou»? (Ainda que ambas não sejam retomadas pelo objeto direto pleonástico)

3.ª Gostaria de saber se as vírgulas estão bem empregadas, de tal modo que nos exemplos se justifique o que é sujeito, verbo e objeto?

Desde já, meus agradecimentos.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 4K

«Estamos a contar que ele chegue ao aeroporto cedo» ou «Estamos a contar com que ele chegue ao aeroporto cedo»? O «com» é necessário? De outro modo, o sentido de contar não será diverso?

Obrigado, desde já.

Julian Alves Estudante Rio de Janeiro , Brasil 2K

Eu li na gramática de Bechara (2018) que orações reduzidas de infinito como:

«Eu estive com fome, e deste de comer.»

«Eu estive com sede, e me deste de beber.»

são orações adverbiais de finalidade, pois é como se dissesse:

«Eu estive com fome e me deste algo para que eu comesse.»

«Eu estive com sede, e me deste algo para que eu bebesse.»

Mas o que eu gostaria de saber o porquê de estas orações reduzidas de infinitivo virem antecedidas da preposição de e assumirem um valor de oração adverbial de finalidade.

O motivo seria por causa do verbo dar + de + (verbo no infinito)?

Seria por causa da antonímia entre as palavras que norteiam o período: fome × comer, sede × beber? Eu realmente não sei.

Desde já, fico agradecido pela resposta.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 2K

Na frase «Encontramos ele só na praia», qual a função sintática de ?

A palavra exerce a função de adjunto adnominal? Ou complemento nominal? O pronome ele aceita adjunto adnominal?

Obrigado.

Isabela Bibs Estudante Goiânia, Brasil 4K

Minha dúvida é singela – e, talvez, um tanto desarrazoada –, mas me martela há muito.

Expressões como «conviver com» e «compartilhar com» não seriam redundantes? Quando um prefixo já sugere a ideia de uma preposição, o que fazer?

Agradeço muito!

Paulo Castro Editor e jornalista Brasília, Brasil 2K

Gostaria de saber qual seria a regência nominal correta para o predicativo intocável.

O correto seria «sentir-se intocável aos problemas do mundo» ou «sentir-se intocável pelos problemas do mundo»?

Desde já, com meus votos de estima e consideração ao trabalho inestimável prestado por vocês, meu muito obrigado.

Fábio Morgado Formador Lisboa, Portugal 1K

A frase em questão é:

«Memórias de quem se emociona porque sabe o que é sem ela viver.»

A oração «(de) quem se emociona» desempenha a função de complemento do nome pela ligação estabelecida com o nome/grupo nominal «memórias».

A minha questão prende-se com a classificação da oração.

Sendo introduzida pelo pronome relativo (sem antecedente) quem deveria ser classificada como substantiva relativa; contudo, atendendo à função sintática que desempenha, deveria ser classificada como substantiva completiva uma vez que as substantivas relativas não desempenham, até onde sei, essa função sintática? E como podemos justificá-lo?

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 4K

Dizemos «A mãe agarrou o menino» ou «A mãe agarrou no menino»? E porquê?

Muito obrigado!