Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Ricardo Madureira Professor Juiz de Fora, Brasil 5K

No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?

Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?

Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.

Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!

Lucas Pedro Técnico em química Brasil 2K

Estou lendo O crime do padre Amaro e vi que o Eça às vezes usa expressões como «beba-lhe» e «coma-lhe», assim mesmo, no imperativo.

Cito:

«E quando as beatas, que lhe eram fiéis, lhe iam falar de escrúpulos de visões, José Miguéis escandalizava-as, rosnando: — Ora histórias, santinha! Peça juízo a Deus! Mais miolo na bola! As exagerações dos jejuns sobretudo irritavam-no: — Coma-lhe e beba-lhe, costumava gritar, coma-lhe e beba-lhe, criatura!»

Como explicar esse «lhe»?

Ana Leitão Professora Lamego, Portugal 1K

Nos versos d'Os Lusíadas

«Quem valerosas obras exercita
Louvor alheio muito o esperta e incita...»

qual a função sintática da oração substantiva relativa?

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Como descobrir a regência de adjetivos que se acompanham de substantivos em sequências como: «impulso puro de ideais democráticos».

Nesse caso, de pertence a impulso ou a puro?

Muito obrigado!

José Vítor Ramos Professor Coimbra, Portugal 1K

Na expressão «regime diurno e pós-laboral», alusiva ao funcionamento de um curso ou unidade curricular em regimes distintos, há alguma regra ou circunstância específica para a utilização da palavra regime no plural («regimes diurno e pós-laboral»)?

Carolina Marques Professora Coimbra, Portugal 5K

A minha dúvida prende-se com a regência de ávido. Li no vosso material que a ávido se segue a preposição de (ver "Regência", no Glossário de erros mais frequentes).

Todavia, tenho visto em muitos livros a preposição por, principalmente quando a esta se segue uma forma verbal. Por exemplo, «ávido por cooperar», «ávido por mexer», etc,

Será que estamos perante uma formulação errada e a forma correta continua a ser com a preposição de (por exemplo, «ávido de cooperar» a «ávido de mexer»)?

Obrigada.

Farajollah Miremadi Engenheiro Teerão, Irão 3K

Na frase «Convenci-me de que as mais belas coisas do mundo se punham enquanto profundos e urgentes mistérios», qual é o significado e a aplicação gramatical do enquanto?

Muito obrigado.

Amélia Lopes Pinheiro Pires Professora Paivas, Portugal 4K

As expressões «opta-se pela manutenção...» e «opta-se por manter...» são sinónimas?

Obrigada.

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 2K

O verbo abarrotar-se é reflexo ou pseudorreflexo?

Em português correto, ele seleciona sempre o pronome se ao mesmo tempo que seleciona a preposição de ou com?

E se o verbo abarrotar-se é pseudorreflexo, porque é que o é, se é igualmente verbo transitivo no sentido de «atestar, de encher algo até ficar cheio»?

Não será, pois, possível dizer-se: Abarrotei a mim e ao Paulo com comida.

 Muito obrigado!

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 4K

Qual das duas expressões é a correta:

Chão que piso.

Chão onde piso.

A minha pergunta prende-se com o facto de o verbo pisar não pedir a preposição em, pelo que, a meu ver, a expressão correta deve ser «o chão que piso», uma vez que onde faz sobressair a ideia de lugar em que.

Que é que dizem?

Muito obrigado!