Há alguma diferença entre «convidar para» e «convidar a»? Se sim, quando devemos usar esta expressão e quando devemos usar aquela? Estou particularmente interessado neste caso: «Convidou-me a escrever um livro» ou «Convidou-me para escrever um livro»?
Muito obrigado.
No verso de Camões «Amor é um fogo que arde sem se ver», seria correto dizer que «sem se ver» seria um adjunto adverbial de modo?
Quer dizer: o modo como se arde é «sem se ver» (ou no caso, com o pronome apassivador se = arde sem ser visto).
Seria «sem se ver» um adjunto adverbial de modo (termo acessório) do predicativo «arde»?
Poderiam me responder por enorme gentileza?
Obrigado.
Quero remontar ao ano de 2012, quando foi respondida a dúvida de Daniel Dimas Pelição, em 12 de março.
A questão tratava especificamente de predicativo do sujeito, mas, ao examinar a nota da consultora Eunice Marta, ao final da resposta, ficou-me uma dúvida quanto à concordância verbal e a classificação sintática de sujeito/predicado, quando se inverte a posição dos termos na frase.
Se não, vejamos:
«Amigos é o que não lhe falta» – sujeito: «amigos»; verbo no singular.
«O que não lhe falta são amigos» – sujeito (?): «o que não lhe falta»; verbo no plural.
Pergunto: alterando-se a ordem dos termos, alteram-se-lhes as funções sintáticas, ou seja, o que era sujeito torna-se predicativo, e vice-versa? E assim também a concordância verbal?
Obrigado.
Recentemente, deparei-me com a seguinte dúvida: «daquele» ou «naquele lado»?
Por exemplo, escreve-se «A mesa fica bem daquele lado da cozinha» ou «A mesa fica bem naquele lado da cozinha»?
A minha intuição diz-me que naquele (em + aquele) seria o mais correto, mas gostava de saber a vossa opinião.
Muito obrigado e continuem com o excelente trabalho do Ciberdúvidas!
Vi num livro publicado pelas Testemunhas de Jeová (Seja Feliz Para Sempre!, p. 79) o seguinte título:
«Será que as Testemunhas de Jeová são cristãos verdadeiros?».
A minha dúvida é: porque é que a concordância não é/está «cristãs verdadeiras»? Afinal, quem é sujeito e quem é predicativo?
Agradeço a ajuda!
Eu vejo que na língua italiana há uma liberdade na colocação dos termos nas orações. Parece que o português também concede está possibilidade, mas eu preciso ter certeza disso.
Sabe-se que, quando se usam orações do tipo de «O homem matou o dragão», «o homem» cumpre a função de sujeito, e «o dragão», a de objeto.
Mas, se se mantiver a mesma estrutura da oração e se também se puser uma vírgula após «o homem», «o homem» cumpriria a função de objeto, e «o dragão», a de sujeito.
Até agora vimos a estrutura SVO [sujeito-verbo-objeto] e OVS [objeto-verbo-sujeito], respectivamente.
Aí vêm as perguntas:
1.ª Seria possível uma estrutura do tipo VSO [verbo-sujeito-objeto] e VOS [verbo-objeto-sujeito] como, respectivamente, «Matou o homem, o dragão» e «Matou, o dragão, o homem»? (Sem ambas as orações possuírem a retomada do objeto pleonástico)
2.ª Também gostaria de saber se é possível as estruturas SOV [verbo-objeto-sujeito] e OSV [objeto-sujeito-verbo] como se seguem, respectivamente: «O homem, o dragão, matou» e «O dragão, o homem matou»? (Ainda que ambas não sejam retomadas pelo objeto direto pleonástico)
3.ª Gostaria de saber se as vírgulas estão bem empregadas, de tal modo que nos exemplos se justifique o que é sujeito, verbo e objeto?
Desde já, meus agradecimentos.
«Estamos a contar que ele chegue ao aeroporto cedo» ou «Estamos a contar com que ele chegue ao aeroporto cedo»? O «com» é necessário? De outro modo, o sentido de contar não será diverso?
Obrigado, desde já.
Eu li na gramática de Bechara (2018) que orações reduzidas de infinito como:
«Eu estive com fome, e deste de comer.»
«Eu estive com sede, e me deste de beber.»
são orações adverbiais de finalidade, pois é como se dissesse:
«Eu estive com fome e me deste algo para que eu comesse.»
«Eu estive com sede, e me deste algo para que eu bebesse.»
Mas o que eu gostaria de saber o porquê de estas orações reduzidas de infinitivo virem antecedidas da preposição de e assumirem um valor de oração adverbial de finalidade.
O motivo seria por causa do verbo dar + de + (verbo no infinito)?
Seria por causa da antonímia entre as palavras que norteiam o período: fome × comer, sede × beber? Eu realmente não sei.
Desde já, fico agradecido pela resposta.
Na frase «Encontramos ele só na praia», qual a função sintática de só?
A palavra só exerce a função de adjunto adnominal? Ou complemento nominal? O pronome ele aceita adjunto adnominal?
Obrigado.
Minha dúvida é singela – e, talvez, um tanto desarrazoada –, mas me martela há muito.
Expressões como «conviver com» e «compartilhar com» não seriam redundantes? Quando um prefixo já sugere a ideia de uma preposição, o que fazer?
Agradeço muito!
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