Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Eduardo Neves Compositor e letrista Belém – Pará, Brasil 1K

Gostaria de saber se o verso em destaque de minha música «Na Bandeira Nacional brilhas Belém na primeira estrela» está correto, uma vez que tive a intenção de dizer que Belém brilha na estrela, e NÃO que Belém é aquela estrela. Minha música foi gravada e apresentada como homenagem à cidade pelos seus 391 anos, e este verso foi muito criticado por um colunista local. Gostaria de saber se meu verso está correto.

Só a título de esclarecimento, a estrela em cima da faixa «ordem e progresso» representa o Pará, por ser a última província a aderir à república.

Raul Saraiva Estudante Leça da Palmeira, Portugal 2K

Em resposta a Sobre a «despenalização da interrupção voluntária da gravidez»:

Cara Edite Prada,
A minha questão é puramente linguística e, se não a entendeu, foi certamente porque eu não a explicitei correctamente.
Citando a sua resposta à minha questão inicial: «Na frase em causa, todas as expressões nominais que se seguem à palavra despenalização veiculam informação que se relaciona directamente com esta palavra. A expressão "da interrupção voluntária da gravidez" restringe o que vai ser despenalizado.»
Assim sendo, tal como disse inicialmente, a título de exemplo, a expressão «em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» está directamente vinculada à expressão «despenalização». Por ser intuitivamente impossível acontecer a despenalização num hospital público (a despenalização é um acto jurídico, alheio ao sistema de saúde nacional, como certamente concorda), volto a perguntar se será legítimo considerar que esta frase/pergunta apresenta uma incongruência sintáctica, na medida em que a frase se desenvolve referindo-se à «interrupção voluntária da gravidez» (restringindo prazo, local, etc.), mas, estando, num ponto de vista sintáctico, a referir-se à «despenalização», tornando a frase sem nexo.
Esperando que agora tenha conseguido expressar-me correctamente,
Cumprimentos.

M. Madalena Cruz Professora (aposentada) Setúbal, Portugal 7K

Como explicar, de forma simples, a quem não domine as noções de gramática, os casos em que de, em e por não se podem contrair?

Nuno Xavier Estudante Lisboa, Portugal 4K

Qual a regência do verbo ombrear? Deve escrever-se «ombreia com os melhores» ou «ombreia os melhores»?

Obrigado.

Raquel Medeiros Professora Ponta Delgada, Portugal 21K

Na frase que se segue, a palavra até deve ser considerada um advérbio (de inclusão)? – «O Filipe e até o João vão chegar tarde.»

De acordo com a definição de advérbio que encontrei em várias gramáticas, a palavra em destaque não me parece pertencer à classe gramatical dos advérbios, uma vez que, de acordo com a leitura que faço, não modifica um adjectivo, um verbo ou outro advérbio.

Parece-me que a frase apresentada tem um sentido diferente desta: «O Filipe e o João até vão chegar tarde.» Nesta segunda, penso que é mais evidente que a palavra até seja um advérbio (de inclusão), pois está a modificar o verbo chegar. Ou seja, para além de lhes acontecer outras coisas, ou para além de fazerem outras coisas, o Filipe e o André vão chegar tarde.

Gostaria que me elucidassem sobre a questão que vos coloco e que me corrigissem, caso o meu raciocínio não esteja correcto.

Obrigada pela atenção.

Ilda Candeias Estudante Beja, Portugal 23K

Os determinantes artigos definidos ou indefinidos podem ser considerados pronomes?

Carlos Pinto Professor Porto, Portugal 22K

A questão da classificação da primeira oração na frase composta por coordenação continua a levantar-me dúvidas, apesar de ter lido todos os comentários que aqui surgem a esse propósito.

Na minha opinião, a forma mais coerente de classificar essas orações seria a de atribuir a ambas o estatuto de coordenadas, deste modo:

«A Sara entrou, // mas saiu logo a seguir.»

Classificação: É uma frase composta por duas orações coordenadas adversativas. Ou seja, a marca adversativa recai sobre ambas as orações; a oposição não se verifica apenas num sentido: «Ela saiu, mas tinha entrado», «Ela entrou, mas voltou a sair».

Todavia, reconheço que nas conclusivas e nas explicativas o problema poderá colocar-se de forma um pouco diferente; aí, sim, poderá justificar-se falar de oração uma principal e de uma coordenada. Afinal, as conclusivas e as explicativas estão muito mais próximas das subordinadas, do que das coordenadas, penso que isso só não muda por uma questão de tradição.

Desculpem o tempo que vos tomei.

Obrigado.

Isabel Lacerda Redactora Lisboa, Portugal 27K

Gostaria de saber qual destas frases está correcta: «fazemos questão que pertença a este clube», ou «fazemos questão de que pertença a este clube»? Confesso que a primeira hipótese me soa mal... mas precisava de um argumento mais consistente do que este para defender a segunda hipótese. Por isso, peço a vossa ajuda!

Francisca Sepúlveda Professora Lisboa, Portugal 191K

Várias vezes tenho ouvido o uso das preposições para com em diferentes contextos e estou deveras baralhada. Dou como exemplos alguns que li e ouvi:

1. Ele foi muito mal-educado para comigo.
2. Não tenho qualquer rancor para com ele.
3. Pode ser ser que eles o tenham sido para contigo, mas para mim sempre foram irrepreensíveis.
4. Para com os seus pares, ele mostrou-se à altura.

Em que situação se deve usar para com? (e, por favor, não usem a terminologia TLEBS senão o caos instala-se definitivamente na minha cabeça!).
Muito obrigada.

Nanci Assakura Analista de comunicação São Paulo, Brasil 8K

Qual o correto?

«As rochas foram objeto de estudos geocronológicos», ou «As rochas foram objetos de estudos geocronológicos», ou ainda «As rochas foram objeto de estudo geocronológico»?