Na primeira frase temos presente o verbo fazer no futuro do indicativo (fará) enquanto na segunda temos o presente do conjuntivo (faça). O emprego do conjuntivo ou do indicativo depende da intenção do falante e do modo como se concebe a acção. Ao utilizar o modo conjuntivo, referimo-nos a algo incerto, duvidoso, hipotético, eventual. O futuro do indicativo emprega-se para referir factos certos ou possíveis, posteriores ao momento em que se fala.
Ambas as frases estão correctas. O verbo deliberar, como o verbo decidir, permite que seja seleccionada uma oração cujo predicado tanto pode estar no conjuntivo como no indicativo (cf. Winfried Busse, Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses, Coimbra, Livraria Almedina):
(1) A assembleia deliberou que a próxima reunião seja/será realizada na Horta.
Há também a possibilidade de empregar o verbo da oração subordinada ou no conjuntivo ou no condicional:
(2) A assembleia deliberou que a próxima reunião fosse/seria realizada na Horta.
Em (1) e (2), vê-se, portanto, que deliberar é seguido de oração completiva finita que pode ter o verbo no conjuntivo, no indicativo ou no condicional.