Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Celena Alves Professora São Paulo, Brasil 5K

Sei que a expressão «dar à luz» segue em sua frase com um complemento direto. Ex.: «A mulher deu à luz um menino (ou uma menina).» Bem, mas e a gêmeos? Seria: «deu à luz a gêmeos», ou «deu à luz aos gêmeos»?

João Miguel Ferreira Professor Guimarães, Portugal 13K

Na frase «A raposa comeu o queijo ao almoço», consideramos «ao almoço» como modificador do grupo verbal, uma vez que não faz parte da estrutura argumentativa do verbo. E na frase «A raposa comeu o queijo ao corvo»?, como classificamos a expressão «ao corvo»?

Eliane Lima Estudante Nova Venécia, Brasil 8K

Gostaria de saber se na frase «Um depende do outro, e os dois são intimamente interligados», o um funciona como artigo ou numeral.

Luan Côrtes Estudante Feira de Santana, Brasil 15K

Gostaria de uma análise da regência do termo prevenção. Quais as preposições que podem acompanhá-lo?

Rui Vilar Assessor Lisboa, Portugal 11K

Qual a regência correcta do verbo enamorar? Ou enamorar-se? E. g. «Estava enamorado por Lisboa», ou «Enamorou-se de Lisboa»?

Grato pelo atenção dispensada.

Maria Santos Professora Penafiel, Portugal 8K

Dada a frase «Senti alívio de imediato», como devo classificar «de imediato»? Como locução adverbial de tempo? Ou outra?

Grata pela atenção.

António Conceição Jurista Lisboa, Portugal 4K

É possível que já tenham respondido a esta questão, mas, na breve pesquisa que fiz, não a vi tratada. De há uns tempos para cá, ouço com frequência os locutores dos múltiplos telejornais das televisões portuguesas começarem as notícias com um infinitivo: «Dizer ainda que esta noite na Gulbenkian actua a orquestra X», «salientar que, se vai sair de casa, deve vestir um casaco, porque está muito frio», «falar agora sobre o clássico deste sábado no Dragão», etc.

É correcta esta construção em que a introdução da frase está apenas subentendida?

Cláudia G. Maciel Estudante Brasília, Brasil 4K

Gostaria de saber sobre a regência «paralelo para» que aparece no texto da obra O Abolicionista, de Joaquim Nabuco:

«Nem a esperança, nem a dor, nem as lágrimas o são. Por isso não há paralelo algum para esse ente infeliz (o escravo), que não é uma abstração nem uma criação da fantasia dos que se compadecem dele, mas que existe em milhares e centenas de milhares de casos, cujas histórias podiam ser contadas cada uma com piores detalhes.»

O Dicionário de Regência Nominal do Francisco Fernandes prevê a seguinte regência:

paraleloa/com/de/entre.

Grata.

Onildo Botelho Bancário Belém, Brasil 23K

Está correto o verbo interagir reger a preposição com?

Não seria redundância?

Iva Svobodova Docente universitária apoiada pelo Instituto Camões Brno, República Checa 36K

Tenho dúvidas acerca do uso do pretérito perfeito do conjuntivo.

Encontrei, na Gramática da Língua Portuguesa, (M. H. M. Mateus et al., 2003), Capítulo XV (Inês Duarte) — Subordinação completiva, pág. 609 (cp. 15.1.3) e 606 (cap. 15.1.1.), as seguintes frases:

«Que a Maria não tenha vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tenha sido comunicada a decisão.»

Pensava que nas subordinadas completivas finitas, neste caso (quando a oração principal se encontra no pretérito perfeito), seria apropriado e gramatical usar o mais que perfeito do conjuntivo:

«Que a Maria não tivesse vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tivesse sido comunicada a decisão.»

Pedia-vos para me confirmarem a gramaticalidade das frases encontradas na GLP nos subcapítulos em apreço. Caso estejam correctas, a minha pergunta é:

Posso, então, utilizar o pretérito perfeito do conjuntivo nas completivas finitas seleccionadas por todos os verbos psicológicos, ou só por aqueles que são denominados "factivos" e que pressupõem a verdade do complemento frásico (achar bem, detestar, gostar, lamentar)? Neste caso, seriam gramaticais as seguintes frases?

«Achei (achava) bem que lhe tenhas dito a verdade.»

«Detestei (detestava) que te tenhas vestido assim.»

«Lamentei (lamentava) que me tenham dado a resposta negativa.»

«Gostei (gostava) que ele me tenha vindo visitar.»

Verbos psicológicos não factivos:

«Esperava que to tenha dado.»

«Supunha que to tenha dito.»

Obrigada.