Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Maria Pacheco Professora Portimão, Portugal 5K

Gostaria de saber qual é o valor aspectual veiculado pela forma verbal na frase: «Milhões de euros mudaram de mãos em poucos dias.»

Desde já obrigada pela vossa atenção.

Rogério Silva Estudante Macau, China 11K

Nas frases «Quando chegares a casa, dá de comer ao cão» e «Quando chegares a casa, dá o que comer ao cão», não consigo entender a associação do verbo dar com a preposição de (1.ª frase), a construção «dá o que comer» (2.ª frase) nem as diferenças (isto é, se as houver) existentes entre estas frases.

Obrigado.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 7K

Há alguns anos, um jornal brasileiro ostentou a manchete «Real desvaloriza!». Fiquei imaginando se a construção correta não seria «Real desvaloriza-se!».

Existem outras que também me deixam na dúvida. Aqui vão elas:

«Com as muitas chuvas, a represa encheu e rompeu», ou «Com as muitas chuvas, a represa encheu-se e rompeu-se»?

«João e Antônia casaram», ou «João e Antônia casaram-se»?

Se puderem acrescentar outros exemplos semelhantes e analisá-los, ficaria grato.

O veredito que nunca mente nem erra — o do Ciberdúvidas — por favor.

Muito obrigado.

Paulo Roberto Estudante Barreiro, Portugal 4K

É correcto usarmos a expressão «no espírito da letra» quando nos referimos à tradução não literal («à letra») de uma palavra de outra língua?

Como, por exemplo, na seguinte frase: «Dito espirituoso seria a expressão que melhor traduziria, no "espírito da letra", a palavra francesa boutade

Obrigado.

Miguel Pinto Revisor Lisboa, Portugal 11K

Tenho dúvidas em relação ao verbo gozar.

«Sentia-se melhor, gozando a frescura matinal...»

Pensando na parcela «gozando a frescura matinal», não sei se a frase ficaria bem construída. Limito-me a utilizar gozar, verbo intransitivo, tal como utilizaria o verbo transitivo apreciar. Está correcto?

Elsa E. Escriturária Viana do Castelo, Portugal 56K

Qual o significado e a origem do seguinte provérbio: «De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento»?

Obrigada.

Ricardo Cardoso Estudante Lousada, Portugal 20K

Qual o significado de «Aos homens deu Deus uso da razão, e não aos peixes; mas neste caso os homens tinham a razão sem o uso, e os peixes, o uso sem a razão» do capítulo II do Sermão de Santo António aos Peixes?

Ana Lobo Professora Washington, EUA 7K

Por favor, deixe-me saber se o mais-que-perfeito, ex.: comprara, era usado no passado como imperfeito do subjuntivo (conjuntivo) como em espanhol.

Obrigada.

Júlio Daólio Músico e arquiteto Campinas, Brasil 11K

Qual seria o termo correto para designar o espaço reservado para os músicos (orquestra) abaixo do palco nos teatros e auditórios: fosso, poço, ou outra palavra?

Agradeço a vossa atenção.

Luciano Eduardo de OIiveira Professor Brno, República Checa 6K

Caiu-me nas mãos uma revisão de tradução para fazer em que aparecia a palavra "rádiocontrolada" («estação meteorológica "rádiocontrolada"»). É claro que essa grafia "rádiocontrolada" não é possível, pois aí teríamos uma palavra acentuada na sexta sílaba da direita para a esquerda. As outras duas opções que me restaram foram "rádio-controlada" e "radiocontrolada" e acabei optando pela última, já que todos os compostos com o elemento rádio- que encontrei no dicionário se escrevem numa palavra só. Fiz bem?

Outra pergunta que lhes faço relacionada a este assunto: é possível que não tenha encontrado "radio-controlado" ou "radiocontrolado" porque não respeita exatamente a morfologia e a sintaxe da língua portuguesa por se tratar de palavra em que o primeiro elemento serve como advérbio de instrumento ou por que não dizer agente da passiva, construção que é típica de línguas como o alemão e o inglês. Na revisão também considerei «controlado a rádio», que entretanto não é tão comum quanto "rádio-controlado"/"radiocontrolado", pelo menos se se leva em consideração o que aparece na internet. O que acham de tudo isso?

Muito obrigado pelo espaço.