Recorro mais uma vez à vossa ajuda.
Pode iniciar-se uma frase por um algarismo? («2 indivíduos compareceram à reunião.»)
E se se tratar de uma percentagem — também em início de frase — como deve ser escrito? («7%»; «sete por cento»; «7 por cento»)
Obrigada.
Em textos científicos castelhanos, que se debruçam sobre aspectos da vegetação natural, encontra-se recentemente a utilização do neologismo castelhano temporihigrófilo. Com este adjectivo qualificam-se as comunidades vegetais que se encontram espacialmente entre as comunidades higrófilas (sempre húmidas e frequentemente inundadas) e mesófilas (relativamente mais secas). O termo tenta expressar a noção de preferência por locais que estão húmidos apenas temporariamente (ou que são inundados apenas raramente).
Seria desejável um neologismo paralelo em português, pelo que solicito a vossa ajuda para a sua correcta construção, preferencialmente já à luz do Novo Acordo Ortográfico: "tempori-higrófilo", "tempor-higrófilo"?
Mais uma vez parabéns pelo vosso extraordinário trabalho.
Gostaria de saber como fica a utilização do hífen em pospositivos de origem tupi, como -mirim e -guaçu, com o novo acordo ortográfico. Exemplos: moji-mirim, moji-guaçu, biritibamirim, embu-mirim, embu-guaçu, apiaí-mirim, barueri-mirim, capivari-mirim, baquirivu-guaçu, jacaré-guaçu, taquari-guaçu, taquari-mirim, supucaí-mirim, etc.
[Notem, todavia, que] não estou interessado no uso feito pelos topônimos, que, em geral, não observam regra alguma. Gostaria de saber qual seria a regra correta, tanto a antiga quanto a moderna, para esses casos, quando consideramos esses substantivos meras palavras (ainda que não sejam observadas). Ou seja, se a palavra anterior termina em sílaba tônica, ou em determinada vogal, o uso seria, obrigatoriamente, com hífen ou tudo junto, a partir de agora? Segue minha pergunta anterior novamente (removi as letras maiúsculas para não pensarem que se trata de topônimos).
Obrigado.
Na minha concepção, quando se usa algarismos romanos com o sentido de numerais ordinais, eles devem ser seguidos de uma palavra no singular. Por exemplo: «II Diretriz» (segunda diretriz), «III Diretriz» (terceira diretriz), «IV diretriz» (quarta diretriz) e assim por diante. Ocorre que algumas revistas e sociedades médica colocam o algarismo romano seguido da palavra no plural («IV DIRETRIZES», «V DIRETRIZES», «VI DIRETIZES») e assim por diante. Resumindo, eu estou certo? O correto é se falar e escrever «V diretriz» e não «V DIRETRIZES»?
Gostaria que me informassem sobre o seguinte: valor do hífen em compostos e derivados. Que efeito semântico provoca?
Normalmente, quando uma sigla é citada pela primeira vez, ela vem com seu significado, com as letras iniciais em maiúsculo. Por exemplo:
«A END — Estrutura Nominal do Discurso — é criada com a finalidade...»
Assim, ao longo do texto eu posso referenciar à sigla "END" diretamente. Por outro lado, há situações em que é preferível escrevê-la por extenso («Estrutura Nominal do Discurso»). Minha dúvida é: quando eu referencio uma sigla por extenso (que já foi definida anteriormente, como no exemplo acima), devo fazê-lo com as letras iniciais em maiúsculo ou em minúsculo? Na primeira vez em que ela é citada, obviamente deve ser em maiúsculo, mas nas demais?
Um exemplo de continuação da frase acima seria:
«Sabe-se que a estrutura nominal do discurso é muito útil para...» — minúsculo ou maiúsculo?
Obrigada.
Em revisões de texto de cariz científico – tenho dúvidas em relação à escrita de alguns símbolos.
Foi-me indicado que os aniões como "Mg2+" ou outros devem ter a carga indicada e formatada de um modo superior à linha. A minha dúvida é se os números também se elevam.
Especificamente "NaHCO3" – como deve ser formatado o algarismo 3? em frente às letras – na mesma linha, descido ou subido? É que já vi formatado das três formas, mesmo em documentos científicos.
Muito obrigada.
Podem-me, por favor, dizer qual é o plural de avô-materno? E se a palavra "sol-a-sol" (trabalhar de sol-a-sol) está bem escrita.
Obrigado.
Existe alguma regra, em português, para a pronúncia do nome da língua da África do Sul, escrita «xhosa»? Segundo informação que eu li, o grupo consoântico «xh» pronuncia-se (na própria língua, evidentemente) como um «clique lateral aspirado». Já ouvi pessoas da África do Sul e de Moçambique a pronunciar essa palavra, e para o nosso ouvido tem um som parecido com «cl» ou «tl». O que eu queria saber é se em casos desses a norma prescreve a pronúncia genuína [ˈkǁʰoːsa] (ou algo parecido), ou se é lícito pronunciar a palavra com as regras de pronúncia para a ortografia do português [ˈʃɔzɐ] (sinceramente, a pronúncia «chóza» choca-me um bocadinho...).
Obrigado.
Tenho muitas dúvidas sobre como transcrever do discurso oral certas expressões que aparentemente são perguntas sem o serem na realidade.
Por exemplo:
«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é, e deixava de lado o resto.»
Deve-se escrever como acabei de fazer, ou assim?:
«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é?, e deixava de lado o resto.»
Eu julgo que se pode colocar o ponto de interrogação antes da vírgula, mas fica estranho, do mesmo modo que me parece estranho colocar, como coloquei, o ponto de interrogação antes dos dois-pontos. Será que o posso fazer?
Continuação do vosso inestimável trabalho!
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