Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Ortografia/Pontuação
João Lucas Técnico Brasil 375

Lendo Os Maias, deparei-me com este uso da crase:

«Isolou-se então – sem fechar todavia a sua bolsa, donde saíam às cinquenta, às cem moedas...»

O contexto: o rapaz se isolou, mas continuou a fazer caridades.

O uso dessa crase em «às cinquenta» e «às cem» seria análogo àquele da expressão «às pressas», «às escondidas» ou «aos montes» (masc.), como um advérbio?

«Saíam moedas aos montes.»

Jorge Barbosa Contabilista Ferreiros - Braga, Portugal 267

Sou natural de Barcelos e vivi muito tempo na "minha" freguesia de "Máriz" ou "Mariz" (sem acento no "a").

Desde a escola primária, aprendi que se escrevia "Máriz", com pronúncia de "má...", e não "ma...".

Há quem pronuncie como se tivesse o acento, mas também sem o acento, especialmente as pessoas de fora.

Hoje colocaram em causa isto e disseram que até se pronuncia o acento, mas a escrever não leva acento!

Afinal como se escreve, "Máriz" ou "Mariz"?

Muito obrigado.

Cátia Carvalho Gestora de marketing Lisboa, Portugal 941

Deparo-me que a palavra "súper" começa a aparecer com acento, mas que em algumas ocasiões não tem. Qual é a regra?

Sozinha, a palavra tem sempre acento?

Há alguma ocasião em que não tenha?

Quando aparece em palavra composta, nunca tem acento?

Gostaria da vossa ajuda, por favor. Obrigada

Luís Guilherme Marforio Estudante São Paulo, Brasil 448

Como deve ser escrito o topônimo italiano Cagliari em língua portuguesa e qual seria o seu gentílico?

Pesquisando na Internet me apareceram as seguintes formas: "Cálari", "Cálhari" e "Cálher". Caso exista mais de uma forma correta, qual seria a mais usual?

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 1K

Tem um vídeo do YouTube, indicando que, em Portugal, não se permite registrar bebês com os seguintes tipos de nomes:

1) Estrangeirismos (na grafia e/ou na pronúncia)

2) Pós-Acordo Ortográfico de 1990 (na grafia e/ou na pronúncia mais uma vez)

3) Que ponham em dúvida o sexo do bebê (conheço pessoas masculinas e femininas ao mesmo tempo com o nome de Solimar, por exemplo)

Pois muito bem, isso tudo aí é procedente de verdade?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Rui Almeida Funcionário público (justiça) Coimbra, Portugal 400

Pode dizer-se «certidão que instrói o recurso», ou deve, apenas, dizer-se «certidão que instrui o recurso»?

Vítor Araújo IT Portugal 832

Nas regiões do Baixo Alentejo e Algarve é comum ouvir-se as gerações mais antigas referirem-se a uma lanterna de mão como um "focse", ou "fogse" (a pronunciação nem sempre é clara).

Será que a origem do termo vem do latim "focus"?

António Teixeira Mota Engenheiro Mecânico Senhora da Hora, Portugal 844

Depois da publicação do novo acordo ortográfico, as palavras compostas nos postos militares deixam-me imensas dúvidas. Por exemplo: tenho visto escrito "Major-general" e "Major-General" quando aplicado a uma pessoa em concreto: «Major-general Bento Soares» ou «Major-General Bento Soares».

Não tenho dúvida na utilização do posto major-general quando não associado a uma pessoa em concreto, por exemplo: «vi um major-general a passear na minha rua».

Em relação ao primeiro caso, associado a um nome concreto, qual é a forma mais correta de escrever?

Será "Major-general" ou "Major-General"?

Gostava que me esclarecessem sobre esta dúvida.

Obrigado

Kasusclay Amorim de Melo Professor Porto Velho, Brasil 489

Leio constantemente a construção do tipo «Não vejo problema em discutir o tema, não» ou simplesmente «Não há problema nisso, não».

Mas qual seria a justificativa para a vírgula antes do segundo não?

Grato!

José Luiz Masson de Almeida Prado Médico São Paulo, Brasil 290

Olá! Encontrei numa tradução antiga de Odorico Mendes da Odisseia de Homero a expressão "oucos manes".

Pesquisando, encontrei essa mesma expressão usada por Leonor d'Almeida Portugal [Marquesa de Alorna]:

«As terríficas sombras, oucos manes/ Ante ela lugar dão a seus furores.»

Mas "oucos" não existe em nenhum dicionário que consultei.

Há uma nota relacionada a esse verso, em que o editor diz acreditar que seja "ocos manes", pois também não encontrou a palavra "oucos".

"Oucos" poderia ser a grafia de "ocos" dos séculos XVIII ou XIX?

Obrigado!