O vocábulo néon não é considerado estrangeirismo e, portanto, escreve-se em redondo, ou seja, escreve-se normalmente, sem itálico nem aspas.
O facto de terminar em -n não foge às regras da fonologia e da ortografia do português, porque há outros casos de palavras terminadas em -n, geralmente do domínio científico: íman, glúten, dólmen, cólon. É verdade que este é um grupo restrito de palavras, que apresenta alguma variação na escrita, como se pode constatar quando se comparam os dicionários feitos em Portugal com os dicionários elaborados no Brasil.
Acrescente-se que néon é um termo científico que adapta diretamente a forma neon, denominação criada em 1898 por William Ramsay e Morris Travers para identificar o gás que descobriram (cf. neônio no Dicionário Houaiss). Os referidos investigadores criaram este nome a partir do grego néon, forma do género neutro do adjetivo néos.
Convém também saber que néon é a forma usada em Portugal, mas no Brasil os dicionários registam igualmente neon, a que parecem dar preferência sobretudo quando se usa para referir «letreiro luminoso em que se usa este gás» (Dicionário Houaiss). Tanto em Portugal como no Brasil e nos outros países de língua, as formas mais corretas da palavra são neónio e neônio, que também têm registo, mas acontece que o uso impôs néon/neon, que hoje se aceitam como formas corretas.