Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Maria Fernanda Comenda Professora Alverca, Portugal 603

Gostaria que me esclarecessem o seguinte : um título de uma conferência deve estar entre aspas ou em itálico? É frequente ver-se das duas formas, qual é a mais correta?

Obrigada.

Mónica Isabel Domingues Gonçalves Estudante Tavira, Portugal 937

Na frase «Talvez o conhecimento de tantos poemas lindíssimos de amor que escreveu despertasse o interesse de milhões de alunos para a obra maior da nossa literatura», a expressão «a maior obra da nossa literatura» é uma referência a Os Lusíadas.

Estamos perante uma referenciação anafórica por substituição ( sinonímia) ou conceptual?

Maria João Carvalho Professora Lisboa, Portugal 772

No título "Amor de perdição: um bom romance canonizado pelas razões erradas", retirado de Luís Miguel Queirós in https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/amor-de-perdicao-um-bom-romance-canonizado-pelas-razoes, o ato ilocutório, se bem que expresse uma opinião do autor, não será assertivo, pois não apresenta um estado de espírito do locutor, mas sim afirma o que o mesmo pensa do romance?

Quanto muito, pelo que investiguei, os adjetivos "bom" e "erradas" retiram alguma força de assertividade ao ato?

Grata pela atenção.

Catia Baptista Tradutora Los Angeles, EUA 1K

Tenho a idea de que em Portugal se usa «que é que» como a forma mais correta em casos como «o que é que ele faz?», «o que será que», «de que é que», etc.

Mas que no Brasil a parte «é que» já não é usada, tendo este idioma [sic] uma maior preferência pela chamada simplificação: «que ele faz?», «que será», «de que», etc.

Não consigo encontrar uma referência sucinta que:

1- Explique se existe de facto tal diferença entre o nosso lusitano português e o do Brasil.

2- Explique e defenda tal uso em Portugal, isto é, que as várias formas aqui exemplificadas por «o que é que ele faz» são mais corretas do que as que seguiriam como exemplo «o que ele faz».

Seria possível tal explicação, e também por favor as referências em que esta se basearia?

Aproveito para vos agradecer imenso pelo bom trabalho! Vocês ajudam a formar pilares necessários para a língua portuguesa!

Parabéns!

José A. Matos Bibliotecário Figueira da Foz, Portugal 5K

É mais correta a designação de «o meu cunhado» ou a de «o meu ex-cunhado» para referir o irmão da minha ex-mulher?

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 896

Gostaria de esclarecer a seguinte dúvida:

Num texto expositivo cuja temática incide sobre a «indiferença nas relações humanas», é possível utilizar expressões como «o homem é cada vez mais indiferente ao que o rodeia», «o homem só se preocupa consigo próprio e ignora os demais», «não podemos ficar indiferentes aos problemas dos outros», entre outras. Estas expressões não fazem parte de um texto de opinião?

Como distinguir expressões próprias do texto de opinião das do texto expositivo?

Obrigada pela atenção.

Caio Kenzo Silva Wakatsuki Estudante Naviraí-MS, Brasil 1K

O uso de e e «além disso», seguidos, na mesma oração, é correto?

Exemplo: «fulano disparou com a arma de fogo e, além disso, estourou uma bomba.»

Desde já, agradeço a atenção.

Aline Santos Alves Estudante Goiânia, Brasil 576

Tenho tido dificuldades para identificar a força do que se argumenta em um período composto.

Para identificar, é preciso ter em mente o contexto e também identificar os operadores argumentativos, certo?

Duas orações me causaram dúvidas:

«De certo modo, nós alugamos o livro digital, não o adquirimos.»

«Embora não tenha nascido ontem, a era digital ainda é um mundo todo novo.»

Na primeira oração, a força do que se argumenta está no segmento «não o adquirimos»?

Na segunda oração, a força do que se argumenta está no segmento «Embora não tenha nascido ontem»?

Agradeço a atenção.

Ricardo Alves Engenheiro do Ambiente Lisboa, Portugal 1K

Qual a versão corretamente bem escrita: "nada por aí além" ou "nada por aí e além"?

Mário Amaral Jurista Lisboa, Portugal 1K

Em certos tipos de textos jurídicos é costume utilizar alíneas como no seguinte exemplo (enumeração de factos):

«1. Factos Provados 1.1 Da acusação a) No dia 31 de janeiro de 2023 coloquei uma dúvida ao Ciberdúvidas; b) [...]?

Sucede, por vezes, que o número de itens é tão elevado que se dão várias "voltas" ao alfabeto, chegando-se, por exemplo à alínea zzzzzzz).

Este tipo de situações, para além de parecerem algo ridículas, suscitam dificuldades de formatação nos processadores de texto e geram alguma confusão nas remissões para as alíneas, dando azo a lapsos e retirando a utilidade prática às remissões, que utilizo sobretudo quando o texto das alíneas é de alguma extensão para poupar repetições.

Exemplo: «Como se diz na alínea zzz) [...]; Na alínea yyyy lê-se [...]; Remete-se aqui para a alínea ffff), etc.»

Haverá alguma outra maneira correta de designação dos itens de modo a evitar dar tantas "voltas" ao alfabeto?

Agradeço a atenção dispensada.