Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias
Polémicas em torno de questões linguísticas.

Apesar de concordar com a explicação dada por José Neves Henriques à questão «esse» versus «este», a mim também assaltam as dúvidas quanto à utilização no caso da tradução "site"/página.

O consulente escreveu para a página que estava à sua frente no computador – assim como estaria à frente de uma pessoa do outro lado do mundo. Portanto, escreveu para esta página – em substituição de para os responsáveis pela página em questão –, por uma questão de proximidade. Mas também p...

Obrigadíssimo, antes de tudo, pela resposta, divulgada no dia 13/3/98, à pergunta que formulei sob o título "Este, esse: qual a diferença?" Aprendi, com a lição, que o emprego do demonstrativo depende exclusivamente do grau de proximidade do objeto a que se faz referência. A questão é: serão esses pronomes assim tão servis à noção de lugar? Na verdade, o que se verifica é justamente o oposto: não existe, na língua portuguesa, pronome mais elástico do que o demonstrativo. O ...

Complemento da resposta à pergunta do Snr. Francisco Aragão, tema Acordo Ortográfico.

Segundo o artigo 3.º do texto assinado, o último acordo ortográfico deveria, efectivamente/efetivamente, ter entrado em vigor em Janeiro de 1994...

Quando os assuntos ficam bloqueados, é costume dizer-se que não há `vontade política´. Ora talvez a causa do atraso não seja só esta.

a) Vontade política

Agradecendo, antes de mais nada, os amáveis votos do consulente Pedro Thomaz (cf. "E o -ita de Jesuíta?!), que retribuímos, cumpre-nos acrescentar o seguinte ao que já aqui foi dito (cf. Islão também com acepção étnica).

Islão não é só uma religião; a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira" traz, em segundo lugar, esta acepção, de carácter étnico: "Conjunto dos povos ou dos países muçulmanos". Portanto, não há qualquer racismo na afirmação, pelo menos não era essa a minha ideia! É interessante ainda acrescentar que a mais recente edição (1997) do "Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa" escreve para definir o islame, como segunda acepção igualmente: "O mundo do muçulmano; o conjunto dos povos de c...

Por Miguel R. Magalhães

Na resposta de F.V.P.F.(cf. Respostas Anteriores), sob este título, é afirmado que o sufixo -ita tem sentido étnico, o que justificaria a sua utilização para obter o derivado de "Islão". Desculpar-me-ão, mas esta argumentação parece-me ser inaceitável, pois o "Islão", que eu saiba, não tem qualquer conotação étnica: é uma religião seguida pelas mais variadas etnias.

Concordo com a doutrina expendida pelo dr. Peixoto da Fonseca no texto aqui ao lado, mas há aqui um pequeno pormenor que é conveniente levar em conta: em "a maioria" / "a maior parte", está presente o artigo definido no singular, o que nos obriga a pôr o verbo no singular. Em 25% dos alunos ficaram em casa, não está presente o artigo definido. Se estivesse, o verbo teria de ir para o plural: "Os 25% dos alunos ficaram em casa".

Como não está presente podemos dizer "25% dos alunos ficou".

Como respondi em duas respostas anteriores ("25% dos alunos ficou em casa"), para casos análogos, sobejamente conhecidos, a "Sintaxe Histórica Portuguesa", de A. Epifânio da Silva Dias, diz que se pode (e não que se deve!) usar o verbo no plural.

Ponto prévio - Não houve qualquer atraso de Ciberdúvidas no envio da resposta à questão do Sr. Viegas Gonçalves. O que sucedeu é que eu próprio não pude responder no tempo que desejaria. Para um serviço destes, convenhamos que é preciso ser-se exigente demais...

O objectivo do meu comentário à resposta publicada em 25/11/97 ("Ciberdúvidas" nunca teve uma relação fácil com datas - o Dr. Neves Henriques terá escrito a resposta em 8/11 e sabe-se lá quando a pergunta terá sido enviada) era o de chamar a atenção para o facto de a resposta estar incompleta quer para a consulente que enviou a pergunta "...