Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Classes de palavras
Maria Silva Estudante Portugal 371

Devo felicitar-vos pelo excelente trabalho que têm vindo a fazer!

Tenho uma dúvida no que diz respeito ao complemento do nome referente ao nome retrato nos contextos seguintes:

1. O retrato da tua filha está perfeito.

2. O retrato que o artista elaborou está exposto na galeria.

Na frase 1, foi indicado que «da tua filha» seria um complemento do nome. Percebi a análise, visto que o nome retrato pode ser entendido como denotando uma representação visual ou gráfica e, ao retirar «da tua filha», o sentido referencial de retrato seria impreciso.

Contudo, na frase 2, a expressão «que o artista elaborou» foi considerada como modificador do nome restritivo. Sei que é uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva e sei que estas costumam ter a função sintática de modificador do nome restritivo. Todavia, o sentido referencial de retrato não ficaria impreciso se esta fosse retirada, dado que é um modificador? Se a frase fosse «O retrato da tua filha que o artista elaborou está exposto na galeria», entenderia muito melhor a análise... Que justificação pode ser dada para se considerar ambas as análises sintáticas corretas?

Posso inferir que, não importando o contexto, se aparecer uma oração subordinada adjetiva relativa, esta terá sempre, sem exceção, a função sintática de modificador do nome, mesmo que eu saiba que o nome possa exigir um complemento do nome (como alguns nomes deverbais: «A oferta da casa foi feita ao casal» vs. «A oferta que o casal recebeu foi uma casa»?

Obrigada pela vossa atenção!

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 908

Relativamente ao uso de «reduzir pela metade», «reduzir para a metade» ou «reduzir à metade», gostaria de saber qual destas formas é mais correta nestes dois exemplos:

(1) «Após o desconfinamento, embora os locais recreativos começassem a acolher os clientes, a lotação permitida estava reduzida à metade.»

(2) «Embora a sala de espera possuísse diversos assentos, a proximidade entre as fileiras da frente reduziam-nos para a metade.»

Não sei se as opções que usei são as mais corretas.

Podem esclarecer-me esta dúvida, por favor?

Muito obrigada!

Clara Simões Professora Portugal 706

Pode esclarecer-me sobre os constituintes da frase «E queria passar a tarde a ver filmes»?

«A ver filmes» é modificador ou complemento oblíquo?

Patrícia Sanches Vendedora Faro, Portugal 430

Gostaria que me tirassem algumas dúvidas quanto ao uso do indicativo e conjuntivo com verbos de opinião.

As gramáticas indicam que depois de verbos de opinião na forma afirmativa usamos o indicativo e depois da negativa usamos o conjuntivo.

a) Acho que o livro está na biblioteca.

b) Não acho que o livro esteja na biblioteca.

Seria agramatical dizer o seguinte?

c) Acho que o livro não está na biblioteca.

d) Achei que o livro estivesse na biblioteca.

De acordo com a regra, d) não deveria ser «Achava que o livro estava na biblioteca»?

E quanto às seguintes frases?

(e) Não achei que o livro estava na biblioteca.

(f) Não creio que hoje fico em casa.

E uma última questão, o verbo acreditar segue a mesma regra que os restantes verbos de opinião ou há alguma exceção?

(g) Acredito que o livro está na biblioteca.

(h) Não acredito que o livro esteja na biblioteca.

Com este verbo, soa-me melhor ouvir as duas formas, afirmativa e negativa, no modo conjuntivo.

Pedia que me confirmassem se estão corretas as frases.

Caso sejam gramaticais, qual é, afinal, a regra para o uso indicativo e conjuntivo com os verbos de opinião?

Obrigada!

Luís Pereira Professor Coimbra, Portugal 469

Podiam ajudar-e a confirmar se o constituinte «da comarca de arredores» é complemento do nome pessoas?

A frase é: «E recolherom-se dentro à cidade pessoas da comarca de arredores.»

Parece-me que é porque faz parte do sujeito, mas tenho dúvidas.

Obrigado pelo descanso que nos dão enquanto professores. Felicitações pelo vosso maravilhoso trabalho.

Antónia Barradas Professora Lisboa, Portugal 402

Na frase «Nas últimas férias, fiz a minha primeira viagem de avião», devo considerar «de avião» complemento do nome ou complemento oblíquo, uma vez que o verbo "fazer", neste contexto, é transitivo direto?

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 379

Li num dicionário acerca da definição de antecedente o seguinte:

«termo a que se refere o pronome relativo

Esta definição está completa? Não se deveria incluir os pronomes pessoais?

Ex.: «Nos debates televisivos falou-se de muitos assuntos. Eles foram pertinentes para o meu conhecimento.

Obrigado.

Maria Mota Estudante Coimbra, Portugal 401

«Percebi nessa frase que a dignidade não está naquilo que temos, mas na forma como fazemos aquilo que nos cabe.»

Quais os valores aspetuais configurados pelas formas verbais presentes na frase?

Eu creio que serão perfetivo («percebi») e genérico (para as restantes formas verbais).

Todavia, há quem considere imperfetivo e eu não entendo por que razão pode ser imperfetivo.

Obrigada.

Ana Lomba Guedes Estudante Porto, Portugal 441

Na frase «Aqui, onde vivo há muitos anos, sou feliz», qual a função sintática da oração subordinada adjetiva relativa explicativa «onde vivo há muitos anos»?

A dúvida é a seguinte: estas orações desempenham a função sintática de modificador apositivo de nome. Porém, aqui é um advérbio.

Então, qual a função sintática?

Obrigada!

João Marques Tradutor Amadora, Portugal 689

Qual a forma mais correta?

– Cuidaram ativamente das necessidades de outros.

– Cuidaram ativamente das necessidades dos outros.

Grato.