Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Pedro Neves Técnico Viseu, Portugal 9K

Em conversa casual em âmbito laboral surgiu a dúvida relativamente à origem da expressão "nite", referente a cigarro.

De onde vem esta expressão?

Muito obrigado.

João Henriques Estudante Lisboa, Portugal 1K

Aprendi que se deve dizer "ozaviões", e não "ojaviões". Existe explicação formar para tal regra?

Obrigado.

Dalmo De Zoppa Professor Linhares, Brasil 5K

Cá no Brasil, há uma tendência (giro) em utilizar-se o advérbio de modo bem em vez do advérbio de intensidade muito.

Exemplos:

«O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa foi bem interessante (no 7 de Setembro, ao lado de Bolsonaro).»

«A cientista-chefe Sumya Sumyhatan foi bem clara.»

É possível utilizar bem, em vez de muito?

Obrigado.

Tomás A. Oliveira Técnico IT Portugal 1K

Oiço tantas vezes o verbo "carnavalar" que acabo por usá-lo: «Vamos carnavalar no sábado?» Também oiço o verbo "carnavalejar". Em ambos os casos, o sentido é «brincar ao Carnaval».

A minha dúvida é: algum destes verbos existe de facto ou são apenas de uso coloquial, como "cafezar" e outros que tais?

Alexandre Vidal Analista Curitiba, Brasil 1K

É muito comum encontrarmos palavras estranhas nas músicas, especialmente influenciadas pelo regionalismo, mas também por explicações simples e muitas vezes cômicas.

Gostaria de conhecer a explicação para a palavra "hotomote" na música A tua sina de Clementina de Jesus (1901-1987):

«Lá no morro de São Carlos
"existe" dois hotomotes
de perto conhece os fracos
de longe conhece os fortes.»

Obrigado.

José Alves Professor Brasil 1K

Gostaria de saber como é que a pronúncia do "e" átono, que era pronunciado como "i", passou a ser pronunciado como /ɨ/.

Também gostaria de saber se esse é um fenómeno que ocorre com todos os is átonos, e não somente os que derivam dum "e" átono.

Em galego-português, ou até mesmo no período pré-clássico, o "e" átono era registrado, na escrita, como um "i", devido a harmonização vocálica, processo que ainda acontece no Brasil, como é possível observar em palavras como "pepino" antes também escrita como "pipino", e até mesmo quando eram nasais, como em "mentir" (mintir), "mentira" (mintira), "ensinar" (insinar), que aparecem escritas assim até em Os Lusíadas.

Sempre me pergunto como é que uma mudança tão grande como essa foi "desfeita", e o "e" que tinha passado para um "i" é agora um "ɨ", e no caso das nasais, voltou a ser pronunciado como "e".

Ana Mafalda Pinto Profissional de turismo Mem-Martins, Portugal 2K

Já ouvi vários professores de Português para estrangeiros explicarem que o R carregado é gutural e comparam-no com o castelhano dizendo que este não o é. Inclusive tenho visto videos no YouTube a exemplificarem como se deve pronunciar o tal erre gutural.

Também uma minha professora de inglês que dava aulas de português para estrangeiros me explicou que muitos dos seus alunos não conseguiam fazer o tal erre (gutural). Ou seja, ela ensinava esse erre como o R português de referência.

Para mim esse erre é um regionalismo que tem crescido em Lisboa e nos meios de comunicação social. Para mim o R é alveolar. Estou errada?

Obrigada

Lucas Tadeus Estudante Maua, Brasil 2K

Estava a escutar uma música da Dona Agrestina, mazuca e tudo mais, e notei que numa parte o cantor diz «tu sois preguiçosa».

É possivel que no Nordeste tenha existido, seja lá por quanto tempo, o pronome vós que os estudiosos dizem já não ter vindo ao Brasil (e sim o vosmecê e variáveis)?

Ou terão vindo para o Nordeste portugueses que já confundiam a conjugação da segunda pessoa do plural com a da segunda do singular?

Há outros exemplos desse fenômeno ou é só esse caso do verbo ser (sois)?

Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias Professora aposentada Maia, Portugal 1K

A família do meu pai, natural da região de Castelo Branco, empregava amiúde o termo "coginjas" (ou cojinjas, não sei) como termo carinhoso para crianças, por exemplo, "Andá cá, meu coginjas" ou "saíste-me cá um coginjas...". Nunca encontrei o termo escrito, nem em dicionários , nem em parte nenhuma. Gostava de saber o significado e, se possível, a origem. Obrigada.

Hakeel Gabriel Professor Luanda, Angola 1K

No Dicionário Infopédia, a transcrição fonética de como – seja como advérbio seja como forma do verbo comer – é ['kumu].

De acordo com a norma-padrão, está correta? Qual é a fundamentação teórica, uma vez que não se deve fechar a vogal da sílaba tónica da palavra?