As palavras em dúvida figuram na novela Campo Geral, de João Guimarães Rosa.
Sobre a forma "sessépe" – mais canonicamente escrita sessepe1 –, não foi possível achar informação. Quanto a "serelé", para a elaboração desta reposta, também não se encontrou temos informação concreta, mas é possível que seja variante de serelepe, que significa «irrequieto, esperto» (cf. Dicionário de Caldas Aulete). É bem possível que o par "sessépe, serelé" tenham valor expressivo, como que imitativo (onomatopaico) do ruído provocado pelo movimento, no meio de vegetação rasteira, da personagem focada na frase de Guimarães Rosa.
Finalmente, acerca de arredobrando, gerúndio de arredobrar, embora este verbo não tenha registo em dicionário, o contexto permite depreender que é sinónimo de requebrar-se, ou seja , «mover o corpo com trejeitos» (ibidem).
1 Em português, a maioria das palavras é grave, ou seja, recebe acento tónico na penúltima sílaba. De acordo com os princípios ortográficos que têm vigorado desde a Reforma Ortográfica de 1911, as palavras graves – capa, novelo, pasmo, vento, malta etc. –não se escrevem com acento gráfico, a não ser em certos contextos: quando a palavra tem ditongo final (órfão, hóquei) ou termina em -i(s), -u(s), -l, -r, -m, -n, -x ou -z (táxi, bónus, agradável, caráter, álbum, Fénix, rapaz). É, portanto, desnecessário o acento gráfico na forma "sessépe", que melhor se escreverá como sessepe.