Os termos que designam a língua e o grupo étnico assim conhecidos não têm uma forma estável, certamente em virtude do seu escasso uso, que é confirmado pela ausência de entradas em dicionários gerais e até em enciclopédias (em Portugal, só a Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, da Editorial Verbo, o regista, na forma francesa, Kachoube). A informação que pude reunir é toda ela proveniente de artigos da Wikipédia em várias línguas, de modo a permitir a identificar a(s) forma(s) do etnónimo em português. Cheguei assim à conclusão de que há duas formas possíveis:
a) uma, cachuba, que procura reproduzir o som palatal que ocorre na palavra alemã Kaschube, adaptação ou da palavra kaszëbi, designativo da língua em causa, ou do polaco kaszubie;
b) outra, cassuba, que é o aportuguesamento do latim cassuba, que alterou a palatal das formas eslavas e alemã numa consoante sibilante geminada, uma vez que em latim não existem as consoantes (pré-palatais) representadas por sz (polaco), sch (alemão) ou ch/x (português).
Note-se que em publicações em português ocorre a forma cachuba, dos dois géneros; no entanto, sabendo que a palavra tem forma feminina nas línguas em que é mais corrente, e ainda considerando que noutras línguas românicas o termo é biforme (por exemplo, italiano casciubo/casciuba), parece-me que são também aceitáveis as formas cachubo ou cassubo, para o masculino, e cachuba ou cassuba, para o feminino. Existem ainda mais possibilidades: cachubiano e cassubiano.
Cabe ainda assinalar que não há notícia de que os romanos tenham permanecido no território habitado por este grupo. A forma latina terá, portanto, origem tardia, devendo-se ao uso do latim como língua internacional na Idade Média e mesmo depois do Renascimento, até ao século XIX.
O nome da região dos cachubas ou cassubas assume a forma Cachúbia ou Cassúbia. Trata-se de uma região polaca a oeste da cidade de Gdańsk (em alemão, Danzig).