Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Eunice Silva Professora Porto, Portugal 6K

No seu Dicionário de Questões Vernáculas ("Um", p. 574), Napoleão M. de Almeida afirma que «constitui erro em português o abusivo emprego do indefinido "um", como o faz o francês, como o faz o inglês». Uma vez que o autor é brasileiro e o referido dicionário aborda questões que dizem respeito mais ao português do Brasil do que ao português europeu, gostaria de saber se é, de facto, incorrecto dizer/escrever frases como, por exemplo: «Hoje em dia as pessoas comportam-se de uma maneira egoísta». Ou se é preferível dizer: «Hoje em dia as pessoas comportam-se de maneira egoísta.»

Grata pela ajuda.

Raquel Pérez dos Santos Economista Niterói, Brasil 13K

Gostaria de saber sobre o uso das preposições em ou a para localização geográfica. Na imprensa encontro duas formas distintas: «... fica ao/no norte de...»; «...localiza-se ao/no norte de...»: «... situa-se ao/no norte de...»; «...o país faz fronteira ao/no norte com...». Existe diferença de significado, ou apenas certo e errado?

Agradeço desde já.

Ana Marinho Professsora Torres Vedras, Portugal 21K

Gostaria de saber se existe outra palavra para denominar o fio com que fazemos a higiene bucal, por exemplo, «fio dentário» é aceitável? Ou o termo fio dental é correcto para denominar o fio com que fazemos a higiene bucal e a indumentária feminina (cuecas fio dental). Existe um outro nome que os distinga, ou o termo é o correcto para ambos os objectos?

Rogério Silva Estudante Macau, China 38K

Gostaria de saber a diferença entre «por parte de» e «da parte de».

«Este presente é da parte da minha mãe.»

«O político recebeu uma moção de apoio por parte de um grupo composto por...»

Gostava também de saber o significado de mais-valia quando utilizado nesta situação:

«Saber falar chinês é hoje uma mais-valia para os que pretendem garantir um bom futuro.»

Todas as definições encontradas remetem para o campo da economia.

E neste caso:

«Estás a aprender inglês? Mais valia aprenderes chinês!»

Obrigado!

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 6K

Qual é o gentílico de Mascate, capital de Omã, país da Península Arábica?

Com a palavra, os genialíssimos consultores do Ciberdúvidas.

Muito obrigado.

Isabel Moura Advogada Coimbra, Portugal 11K

Recentemente vejo várias casas comerciais a anunciarem "epilações", "epilação", ao invés de depilação. Parece-me um francesismo grotesco e ridículo, mas já vi um dicionário conceituado online que continha o termo e cujo sinónimo apresentado era depilação. Já se usará assim tanto para ser aceite esta segunda designação?! Gostaria, se possível, que comentassem este fenómeno.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 6K

Devemos escrever e dizer "Alcebíades", ou "Alcibíades"?

Muito obrigado.

Edgar Seia Professor Seixal, Portugal 3K

Cada vez estou mais indignado com a propagação do anglicismo feeling tanto nos meios de comunicação social como na linguagem comum do dia-a-dia. Hoje em dia, para alguém expressar um pressentimento, diz que «tem um feeling». Às vezes pergunto-me se será por desconhecimento da palavra (o que, caso se verificasse, seria deveras preocupante) ou simplesmente para parecer actual...

Fernando Marques Técnico de museografia Vila Franca de Xira, Portugal 16K

Uma vez que existem obras de carácter normativo para a língua portuguesa que permitem a forma intoxicar (em que o x tem valor de "ch"), será que é igualmente permitido dizer tóxico ("tóchico") e toxinas ("tochinas")?

Nuno Cardoso da Silva Professor universitário Lisboa, Portugal 12K

Repetidamente se tem afirmado aqui que «ter que ver com» está correcto e «ter a haver com» está errado. Nunca vi, na argumentação, qualquer referência ao latim para consubstanciar essa afirmação. Porquê? O latim não nos pode ajudar aí?

Por outro lado chamo a atenção de que o equivalente em inglês é «this has nothing to DO with that», e em holandês é «dit heeft daar niets mee te MAKEN». Em ambos os casos, os verbos (to do e maken) estão mais próximos do sentido de haver do que de ver, o que pode indiciar que a vossa interpretação pode não estar correcta. Quererão V. Exas. voltar a este assunto?