No seu Dicionário de Questões Vernáculas ("Um", p. 574), Napoleão M. de Almeida afirma que «constitui erro em português o abusivo emprego do indefinido "um", como o faz o francês, como o faz o inglês». Uma vez que o autor é brasileiro e o referido dicionário aborda questões que dizem respeito mais ao português do Brasil do que ao português europeu, gostaria de saber se é, de facto, incorrecto dizer/escrever frases como, por exemplo: «Hoje em dia as pessoas comportam-se de uma maneira egoísta». Ou se é preferível dizer: «Hoje em dia as pessoas comportam-se de maneira egoísta.»
Grata pela ajuda.
Gostaria de saber sobre o uso das preposições em ou a para localização geográfica. Na imprensa encontro duas formas distintas: «... fica ao/no norte de...»; «...localiza-se ao/no norte de...»: «... situa-se ao/no norte de...»; «...o país faz fronteira ao/no norte com...». Existe diferença de significado, ou apenas certo e errado?
Agradeço desde já.
Gostaria de saber se existe outra palavra para denominar o fio com que fazemos a higiene bucal, por exemplo, «fio dentário» é aceitável? Ou o termo fio dental é correcto para denominar o fio com que fazemos a higiene bucal e a indumentária feminina (cuecas fio dental). Existe um outro nome que os distinga, ou o termo é o correcto para ambos os objectos?
Gostaria de saber a diferença entre «por parte de» e «da parte de».
«Este presente é da parte da minha mãe.»
«O político recebeu uma moção de apoio por parte de um grupo composto por...»
Gostava também de saber o significado de mais-valia quando utilizado nesta situação:
«Saber falar chinês é hoje uma mais-valia para os que pretendem garantir um bom futuro.»
Todas as definições encontradas remetem para o campo da economia.
E neste caso:
«Estás a aprender inglês? Mais valia aprenderes chinês!»
Obrigado!
Qual é o gentílico de Mascate, capital de Omã, país da Península Arábica?
Com a palavra, os genialíssimos consultores do Ciberdúvidas.
Muito obrigado.
Recentemente vejo várias casas comerciais a anunciarem "epilações", "epilação", ao invés de depilação. Parece-me um francesismo grotesco e ridículo, mas já vi um dicionário conceituado online que continha o termo e cujo sinónimo apresentado era depilação. Já se usará assim tanto para ser aceite esta segunda designação?! Gostaria, se possível, que comentassem este fenómeno.
Devemos escrever e dizer "Alcebíades", ou "Alcibíades"?
Muito obrigado.
Cada vez estou mais indignado com a propagação do anglicismo feeling tanto nos meios de comunicação social como na linguagem comum do dia-a-dia. Hoje em dia, para alguém expressar um pressentimento, diz que «tem um feeling». Às vezes pergunto-me se será por desconhecimento da palavra (o que, caso se verificasse, seria deveras preocupante) ou simplesmente para parecer actual...
Uma vez que existem obras de carácter normativo para a língua portuguesa que permitem a forma intoxicar (em que o x tem valor de "ch"), será que é igualmente permitido dizer tóxico ("tóchico") e toxinas ("tochinas")?
Repetidamente se tem afirmado aqui que «ter que ver com» está correcto e «ter a haver com» está errado. Nunca vi, na argumentação, qualquer referência ao latim para consubstanciar essa afirmação. Porquê? O latim não nos pode ajudar aí?
Por outro lado chamo a atenção de que o equivalente em inglês é «this has nothing to DO with that», e em holandês é «dit heeft daar niets mee te MAKEN». Em ambos os casos, os verbos (to do e maken) estão mais próximos do sentido de haver do que de ver, o que pode indiciar que a vossa interpretação pode não estar correcta. Quererão V. Exas. voltar a este assunto?
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