Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Amílcar Tavares Estudante universitário Aveiro, Portugal 6K

Com a vossa ajuda consegui traduzir «Cape Verde: Marketing Good Governance» para «Cabo Verde e a sua mercadologia da boa governação». No entanto, na Internet tropecei num neologismo: "marketando".

Gostaria de saber a vossa opinião.

Obrigado pela atenção e pelo trabalho, de primeira categoria, que fazem. As minhas visitas são quase diárias.

Álvaro Faria A{#c|}tor Lisboa, Portugal 8K

Procurei em cinco ou seis dicionários e não encontrei verbo que corresponda ao substantivo vivissecção. Custa-me a crer que não exista... Presumo que, à semelhança do par dissecção/dissecar, seja "vivissecar".

Peço o vosso parecer, que desde já agradeço.

Artur dos Santos Saldanha Comerciante Santos, Brasil 21K

Por que em poesia, após as reticências, ora são usadas letras maiúsculas, ora... minúsculas? Nas trovas a praxe é usar apenas o primeiro verso em letra maiúscula, mas... e a pontuação?

E quando usar as reticências?

Betânia Almeida Administradora Brasília, Brasil 5K

Gostaria de saber se há algum estudo sobre progresso/desenvolvimento que possa estabelecer uma relação entre o domínio da língua/idioma e o desenvolvimento do país. Falo isso porque vejo a língua portuguesa ser massacrada dia após dia, não só em favelas ou escolas públicas, mas também em universidades, empresas e no governo. As pessoas não se importam se está certo ou errado — português é complicado e pronto.

Há um conceito geral de que a língua é um entrave ao desenvolvimento de ideias numa conversa, numa explanação, quando na verdade a compreensão devida de vocabulário e técnicas de linguagem facilitam a comunicação, a compreensão de informação, o desenvolvimento de ideias, e isso tem total relação com criatividade, inovação e autonomia — ao meu ver, ingredientes indispensáveis para o progresso de um país.

A educação no Brasil passa por problemas estruturais, fundamentais, e a cada dia mais e mais jovens de formação medíocre são inseridos no mercado de trabalho, graças a uma formação permissiva e vazia.

Escolas públicas não reprovam mais. E faculdades particulares só se interessam pela devida manutenção de caixa. O mercado de trabalho conta com critérios pouco criteriosos de seleção - e seus dirigentes não chegam a ser exemplo de desenvoltura com a língua portuguesa. A única salvação seria o mercado consumidor, que se vende por preço e não por qualidade, então não interessa muito ser da China, dos EUA ou do Brasil, sendo barato é o que importa.

Não há critério – e sem critério não há desenvolvimento.

Vejo a sociedade cada vez mais ignorante, uma total desconsideração com a língua portuguesa, como se ela fosse apenas uma disciplina chata da escola e ninguém consegue relacionar de fato a ligação que existe entre o desenvolvimento de uma nação e o domínio da sua língua-mãe.

Acho isso preocupante e coloco a questão.

Grande abraço.

Ana Fernandes Jornalista Lisboa, Portugal 3K

É correcto utilizar-se o termo "eticidade"?

Obrigada.

Artur Crisóstomo Estudante Coimbra, Portugal 44K

Gostaria que respondessem à seguinte pergunta:

Qual a diferença entre que e o/a/os/as qual(ais)?

Tenho estado a investigar no vosso sítio, mas até agora ainda não encontrei a resposta.

Fui igualmente a alguns sítios brasileiros da Internet (porque não encontrei nenhum português) e há dois que dizem que, se que for um pronome relativo, pode sempre ser substituído por qual. Mas há certas frases em que isso me soa terrivelmente mal. P. ex.: «O rapaz "o qual" tinha medo do escuro venceu os seus obstáculos» ou ainda: «Estavas à procura do livro o qual encontrei.»

Também encontrei num desses sítios a seguinte regra: quando uma preposição antecede o pronome relativo, caso [a preposição] possua uma sílaba usa-se que ou quem, caso possua duas ou mais sílabas usa-se qual. Deram os seguintes exemplos: «O homem com quem falei era muito rico» e «O restaurante sobre o qual te falei foi comprado pelo meu irmão.»

Começo a ficar francamente confuso, porque não sei se isto se aplica ao português europeu e se de facto está correcto e se há mais diferenças entre o português europeu e o português brasileiro do que aquelas que são óbvias.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

João G. Pais Estudante Lisboa, Portugal 8K

Agradecendo de antemão as sempre prestáveis e esclarecedoras respostas, gostaria que me tirassem estas dúvidas relativas às grafias correctas para estas cidades asiáticas:

— "Ramallah" (Territórios Palestinos Ocupados): Será correcto "Ramalá" ou "Ramala"?

— "Sana" (Iémen): Vê-se frequentemente as grafias "Sana'a", "Saná", "Sanaa" e "Sana". Qual a correcta?

— "Manama" (Barém): Parecida com a anterior, existindo as versões "Manama", "Manamá", "Manama'a", e "Manamaa".

— "Doa" (Catar): Vê-se quase exclusivamente a grafia Doha, mas penso que "Doa" estará mais correcto.

— "Timbu" (Butão): É esta a grafia portuguesa para a cidade que em inglês se escreve "Thimphu"?

— "Pnom Pen" (Camboja): Tendo em conta que a pronúncia local aponta para "Pnom Penhe", será legítimo apenas tirar os hh à grafia inglesa Phnom Penh e utilizar "Pnom Pen"?

— "Bandar Seri Begauã" (Brunei): É esta uma grafia legítima? E, já agora, quanto ao país, "Brúnei" ou "Brunei"?

Muito obrigado.

Ilda Velez Professora Alcobaça, Portugal 12K

Neste contexto, qual é a forma mais correcta?

«Eu já pedi autorização ao Ministério, a resposta foi não, mas a situação ainda se pode inverter ou reverter.»

Felipe Telino Estudante Olinda, Brasil 5K

No conto Missa do Galo, Machado de Assis escreve: «... e, mais de uma vez, ouvindo dizer ao Menezes que ia ao teatro...» Como se explica esse «ouvindo dizer ao...»? Porque quem diz... diz alguma coisa a alguém, não é? Então, a frase deveria ser «ouvindo dizer o Menezes» ou «ouvindo dizer Menezes»... não é?! Ou a 1.ª opção se justifica? Como?

José Machado Professor Braga, Portugal 6K

Qual o superlativo absoluto sintético de mágico: "magicíssimo"?