Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Leonor Esperança Tradutora Porto, Portugal 2K

A questão que eu coloco é se está correcto dizer numa carta empresarial «apresentar prostestos dos melhores cumprimentos».

Obrigada.

Paulo Aimoré Servidor federal Garanhuns, Brasil 13K

De vez em quando ouço dicções como estas: abrido, fazido, escrevido, cobrido etc. Sei que são proferidas por pessoas cujos conhecimentos gramaticais são bastante limitados ou praticamente inexistentes. Ainda assim, na qualidade de estudioso do idioma português, não as considero formas errôneas. Parecem-me antes expressões obsoletas, antiquadas, desusadas, não necessariamente erradas. Concordais comigo?

Amílcar Tavares Estudante universitário Aveiro, Portugal 6K

Com a vossa ajuda consegui traduzir «Cape Verde: Marketing Good Governance» para «Cabo Verde e a sua mercadologia da boa governação». No entanto, na Internet tropecei num neologismo: "marketando".

Gostaria de saber a vossa opinião.

Obrigado pela atenção e pelo trabalho, de primeira categoria, que fazem. As minhas visitas são quase diárias.

Álvaro Faria A{#c|}tor Lisboa, Portugal 8K

Procurei em cinco ou seis dicionários e não encontrei verbo que corresponda ao substantivo vivissecção. Custa-me a crer que não exista... Presumo que, à semelhança do par dissecção/dissecar, seja "vivissecar".

Peço o vosso parecer, que desde já agradeço.

Artur dos Santos Saldanha Comerciante Santos, Brasil 21K

Por que em poesia, após as reticências, ora são usadas letras maiúsculas, ora... minúsculas? Nas trovas a praxe é usar apenas o primeiro verso em letra maiúscula, mas... e a pontuação?

E quando usar as reticências?

Betânia Almeida Administradora Brasília, Brasil 5K

Gostaria de saber se há algum estudo sobre progresso/desenvolvimento que possa estabelecer uma relação entre o domínio da língua/idioma e o desenvolvimento do país. Falo isso porque vejo a língua portuguesa ser massacrada dia após dia, não só em favelas ou escolas públicas, mas também em universidades, empresas e no governo. As pessoas não se importam se está certo ou errado — português é complicado e pronto.

Há um conceito geral de que a língua é um entrave ao desenvolvimento de ideias numa conversa, numa explanação, quando na verdade a compreensão devida de vocabulário e técnicas de linguagem facilitam a comunicação, a compreensão de informação, o desenvolvimento de ideias, e isso tem total relação com criatividade, inovação e autonomia — ao meu ver, ingredientes indispensáveis para o progresso de um país.

A educação no Brasil passa por problemas estruturais, fundamentais, e a cada dia mais e mais jovens de formação medíocre são inseridos no mercado de trabalho, graças a uma formação permissiva e vazia.

Escolas públicas não reprovam mais. E faculdades particulares só se interessam pela devida manutenção de caixa. O mercado de trabalho conta com critérios pouco criteriosos de seleção - e seus dirigentes não chegam a ser exemplo de desenvoltura com a língua portuguesa. A única salvação seria o mercado consumidor, que se vende por preço e não por qualidade, então não interessa muito ser da China, dos EUA ou do Brasil, sendo barato é o que importa.

Não há critério – e sem critério não há desenvolvimento.

Vejo a sociedade cada vez mais ignorante, uma total desconsideração com a língua portuguesa, como se ela fosse apenas uma disciplina chata da escola e ninguém consegue relacionar de fato a ligação que existe entre o desenvolvimento de uma nação e o domínio da sua língua-mãe.

Acho isso preocupante e coloco a questão.

Grande abraço.

Ana Fernandes Jornalista Lisboa, Portugal 3K

É correcto utilizar-se o termo "eticidade"?

Obrigada.

Artur Crisóstomo Estudante Coimbra, Portugal 42K

Gostaria que respondessem à seguinte pergunta:

Qual a diferença entre que e o/a/os/as qual(ais)?

Tenho estado a investigar no vosso sítio, mas até agora ainda não encontrei a resposta.

Fui igualmente a alguns sítios brasileiros da Internet (porque não encontrei nenhum português) e há dois que dizem que, se que for um pronome relativo, pode sempre ser substituído por qual. Mas há certas frases em que isso me soa terrivelmente mal. P. ex.: «O rapaz "o qual" tinha medo do escuro venceu os seus obstáculos» ou ainda: «Estavas à procura do livro o qual encontrei.»

Também encontrei num desses sítios a seguinte regra: quando uma preposição antecede o pronome relativo, caso [a preposição] possua uma sílaba usa-se que ou quem, caso possua duas ou mais sílabas usa-se qual. Deram os seguintes exemplos: «O homem com quem falei era muito rico» e «O restaurante sobre o qual te falei foi comprado pelo meu irmão.»

Começo a ficar francamente confuso, porque não sei se isto se aplica ao português europeu e se de facto está correcto e se há mais diferenças entre o português europeu e o português brasileiro do que aquelas que são óbvias.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

João G. Pais Estudante Lisboa, Portugal 8K

Agradecendo de antemão as sempre prestáveis e esclarecedoras respostas, gostaria que me tirassem estas dúvidas relativas às grafias correctas para estas cidades asiáticas:

— "Ramallah" (Territórios Palestinos Ocupados): Será correcto "Ramalá" ou "Ramala"?

— "Sana" (Iémen): Vê-se frequentemente as grafias "Sana'a", "Saná", "Sanaa" e "Sana". Qual a correcta?

— "Manama" (Barém): Parecida com a anterior, existindo as versões "Manama", "Manamá", "Manama'a", e "Manamaa".

— "Doa" (Catar): Vê-se quase exclusivamente a grafia Doha, mas penso que "Doa" estará mais correcto.

— "Timbu" (Butão): É esta a grafia portuguesa para a cidade que em inglês se escreve "Thimphu"?

— "Pnom Pen" (Camboja): Tendo em conta que a pronúncia local aponta para "Pnom Penhe", será legítimo apenas tirar os hh à grafia inglesa Phnom Penh e utilizar "Pnom Pen"?

— "Bandar Seri Begauã" (Brunei): É esta uma grafia legítima? E, já agora, quanto ao país, "Brúnei" ou "Brunei"?

Muito obrigado.

Ilda Velez Professora Alcobaça, Portugal 12K

Neste contexto, qual é a forma mais correcta?

«Eu já pedi autorização ao Ministério, a resposta foi não, mas a situação ainda se pode inverter ou reverter.»