Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Mónica Marques Economista Lisboa, Portugal 11K

Diz-se "pedómetro" ou "podómetro" para designar o aparelho que conta os passos? Estava convencida de que seria "podómetro" (do prefixo "podo", de pé) e não "pedómetro" (do prefixo "pedo", associado a criança...), mas encontro imensas referências a "pedómetro".

Obrigada.

Vanísia Augusto Professora Rio de Janeiro, Brasil 76K

Por que malsucedido não é separado por hífen e bem-sucedido sim? Obrigada.

Tito de Morais Consultor Porto, Portugal 6K

A propósito da Internet e no contexto do papel desta relativamente aos seus utilizadores finais, é comum dizer-se que a Internet veio "desintermediar" negócios (acaba com intermediários dado que permite ir directamente às fontes, por exemplo). Neste e noutros contextos fala-se de "desintermediar" e "desintermediação". No entanto, não encontro a palavra no dicionário. Estas palavras existem na língua portuguesa?

Valéria Figueiredo Instrutora de artes Porto Feliz, Brasil 7K

Qual o gentílico de quem nasce em Porto Feliz? "Porto-felicense" ou "portofelicense"?

Obrigada.

António Ginjeira Médico Lisboa, Portugal 5K

Consultei as respostas existentes referentes ao vocábulo pixel e seu plural, na esperança de encontrar uma resposta para o plural de voxel, que vem na mesma linha de pixel, mas não o encontrei. Será que me podem dar uma ajuda?

Vítor Fernandes Motorista Porto, Portugal 2K

Num e-mail em que eu queria pedir para me deixarem ter opinião, escrevi a seguinte frase:

«6 - ... mas essa é a minha opinião. Ora aqui está algo em que concordamos, é só a minha opinião ao não concordar com a primeira versão da carta e esteja à vontade quem entender responder à CAP de forma diferente da minha, entendo que não temos que funcionar como "rebanho" e andar sempre atrás do "pastor".»

Tem razão em se sentir ofendido quem recebeu o meu e-mail?

Maria Angélica Pin Professora Afonso Cláudio, Brasil 3K

Li uma frase num livro sobre denotação e conotação e fiquei em dúvida na frase: «A cabeça dele é grande, ele tem uma carona.» Aqui ocorre denotação ou conotação no que diz respeito à palavra carona?

Agradeço se puderem me auxiliar.

Francisco Lopes Professor Vila do conde, Portugal 3K

Sempre ouvi dizer que existem várias literaturas como por exemplo: literatura brasileira, chilena, argentina, moçambicana, etc. Será isto possível existir visto que a palavra literatura vem do latim litteris, que significa «letras», e tem a ver com determinada língua e não com um determinado país? Desta forma, se no Brasil se fala o português, se no Chile, o espanhol, etc., como se pode falar em literatura brasileira ou chilena, se não existem essas línguas?

Cláudia Regina Mazzocato Bonon Estudante de Psicologia Campinas, Brasil 13K

Quero saber se está correto escrever:

«A criança procurou um "espaço vazio" na cartolina.»

Ou seria apenas «espaço», que já indicaria um local livre?

Paulo Araújo Economista Rio de Janeiro, Brasil 5K

Com respeito à pergunta sobre a pronúncia de colite, respondida pelo Sr. Carlos Rocha, e estendendo o comentário sobre esse mesmo assunto que está na "Primeira Página" de hoje, ocorreu-me perguntar porque os Portugueses têm tanta preocupação com a correção da pronúncia das palavras, não considerando as variações regionais que ocorrem em qualquer língua.

No Brasil também temos variações, mas nenhum professor se preocupa em ensinar que a pronúncia de "colite" é com "o" fechado ou aberto; ele ensinará como fala em seu meio e se alguém encontrar diferente em outra região apenas constatará que ali se fala diferente. Vejo pelo meu caso: nasci no Nordeste e vim para o Rio de Janeiro aos 17 anos e aqui constatei, a princípio, que certas palavras me soavam estranhas; enquanto eu pensava em "dia", ouvia "djia"; enquanto pensava em "dois", ouvia "doich"; enquanto pensava em "dente" ouvia "dentche", mas isso nunca me trouxe a preocupação de que eu deveria pensar se estava certo ou errado ao falar diferente. Com o tempo absorvi o falar "carioca" e hoje já nem percebo, e quando volto ao Nordeste continuo falando "carioca", sem me preocupar com o fato de que lá aprendi diferente.

Talvez por isso que aqui se dá menos importância à aprendizagem do padrão (?) da língua falada, o que pode até parecer inaceitável aos linguistas; a mim, particularmente, preocupa, isso sim, o escrever correto, porque a língua escrita é a que fica e perpetua o idioma para os séculos futuros, seja pela manutenção, seja pelas alterações que por certo ocorrerão.

Concluindo, não importa aos Brasileiros, em geral, se a pronúncia correta é a do Norte ou a do Sul, ou qual seja; falamos a mesma língua e independentemente das divergências de pronúncia, entendemo-nos os 194 milhões sem a menor dificuldade. E isso é uma riqueza que poucos países de grande população podem ostentar.