O uso de hífen com não, associado a substantivos ou adjectivos, não tem sido nem vai ser obrigatório. Com efeito, o Acordo Ortográfico de 1990 é omisso sobre o assunto, pelo que as condições de hifenização para este caso são as descritas pelo Dicionário Houaiss, já referidas noutras respostas:
[...] em port., `um tratado de não agressão com a Argentina´ ou `um tratado de não-agressão com a Argentina´, `o gênero não animado em latim arcaico´ ou `o gênero não-animado em latim arcaico´ e quejandos demandam dificilmente a compactação morfológica do hífen por motivos funcionais ou semânticos; tal compactação parece mais acentuada no modelo não + subst. do que no modelo não + adj.; por outro lado, no modelo não + verbo ela praticamente inexiste; de qualquer modo, a questão parece mais estilística do que gramatical; é dentro dessa carência de delimitação que o usuário da língua port. (e seus lexicógrafos) tem que compadecer-se com sua convenção ortográfica; na prática, assim, há larga margem de decisão pessoal, de sabor especialmente estilístico, entre um objeto e um não objeto ou um não-objeto, entre uma coisa e uma não coisa ou uma não-coisa, em suma, entre um substantivo x e um não x ou um não-x; o que se diz, aí, de um subst. da língua, diz-se de todos e tb. de adj. (é um feliz achado, é um não feliz achado e é um não-feliz achado) [...].
Ou seja, «não-participante» e «não participante» são e vão continuar a ser formas igualmente correctas.