O novo filme do realizador David Cronenberg tem o título internacional Cosmopolis, palavra que aparentemente não encontra referente directo em português. A edição portuguesa do romance de Don DeLillo (que deu origem ao filme), publicada pela Relógio d’Água, optou por Cosmópolis, mas, quer no Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora quer no dicionário online da Priberam, não encontro qualquer referência à palavra (com ou sem acento).
Qual a forma correcta de a escrever?
Eu gostaria de saber qual a diferença destas frases.
«Eu estava vestindo.»
«Eu estava vestida.»
Na primeira frase usamos o particípio e na segunda presente contínuo. Como explicaria para um aluno a ideia de passado?
Durante uma aula de língua portuguesa, uma aluna questionou-me sobre a existência de construção fraseática em vez de construção sintática. Por isso, gostaria de ter uma opinião vossa, pois fiz algumas pesquisas e não encontrei a expressão.
Como se pronuncia o plural da palavra euro?
Insisto na questão da utilização do verbo amandar.
Se se considera correto utilizar alguns verbos precedidos de a, ex.: assentar, que tem o mesmo sentido de sentar, alevantar quando é o mesmo que levantar, etc.
Então qual a explicação para que não seja correto utilizar amandar, quando este termo tem sentido diferente de mandar? É diferente «mandar uma carta pelo correio» ou «amandar a carta pela janela»?
Qual a diferença entre morfema e palavra?
Como colocar no futuro estas frases?
«Eles plantaram-nas (as árvores).»
«Aquele cão mordeu-lha (a perna).»
Qual é a diferença entre vem, vêm e veem?
Em que circunstâncias se pode utilizar a expressão latina «opus magnum»?
Gostaria de saber se existe alguma expressão equivalente em português.
Dirijo-me a Ciberdúvidas para pedir a gentileza (caso seja possível) de me esclarecer se os nomes dos dias da semana são ou não compatíveis com determinados tempos verbais usados, abaixo mencionados.
A minha primeira pergunta é se o nome do dia da semana, que desempenha outra função que não o sujeito, é considerado sintagma nominal ou adverbial. Assim, na frase:
«Quinta-feira foi ao teatro.» «Quinta-feira» é sintagma adverbial, ou sintagma nominal?
As minhas outras duas questões partem da frase: «Segunda vou ao teatro.»
Foi-me explicado que a diferença entre «na segunda-feira» e «segunda-feira» (informalmente: «na segunda» ou «segunda») consiste no facto de a forma segunda(-feira) só referir a (+a) segunda-feira que antecede ou segue imediatamente ao momento de enunciação. Caso esta afirmação seja válida, quereria verificar, se percebi e deduzi bem, os seguintes dois pontos:
1. As frases abaixo mencionadas são consideradas agramaticais porque os eventos não são localizados no espaço iminente do Ie (momento de enunciação)?
Veja-se os seguintes exemplos:
* «Terça tinha ido/fora ao teatro.» Pretérito mais-que-perfeito (Ij – símbolos usados em Gramática da Língua Portuguesa (Mateus et. al.: 1989).
* «Terça ia/costumava ir ao teatro.» Tempo Ik imperfeito do passado (não no sentido do condicional).
* «Terça viajarei a Londres.» Tempo Ip (mas no sentido de futuro do futuro: na próxima terça-feira, não na terça-feira da semana corrente).
2. Como se reflete a iminência do evento localizado pelo nome do dia da semana, núcleo do sintagma, no discurso relatado?
Se desejar transmitir para o discurso relatado a seguinte frase:
«Segunda(-feira) fui/vou ao teatro» (neste caso segunda, sim, antecede ou segue imediatamente o momento de enunciação), qual seria o resultado? Como se mudam estas expressões adverbiais no discurso relatado que tem que ver com a ordenação temporal, quando o termo-origem da localização temporal do enunciado produzido não contém a enunciação pelo João?
João: «Segunda vou ao teatro.»
discurso relatado:
«O João disse que segunda(-feira) tinha ido/iria ao teatro»?
Ou
«O João disse que na segunda(-feira) tinha ido/iria ao teatro»?
Ou
«O João disse que na segunda(-feira) passada/próxima tinha ido/iria ao teatro»?
Agradeço-lhe, desde já, a disponibilidade de me explicar as questões levantadas. Todas as opiniões, todo o apoio linguístico que me proporcionarem são sempre muito preciosos para as minhas análises.
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