Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Frederico Batista Jornalista Lisboa, Portugal 8K

O novo filme do realizador David Cronenberg tem o título internacional Cosmopolis, palavra que aparentemente não encontra referente directo em português. A edição portuguesa do romance de Don DeLillo (que deu origem ao filme), publicada pela Relógio d’Água, optou por Cosmópolis, mas, quer no Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora quer no dicionário online da Priberam, não encontro qualquer referência à palavra (com ou sem acento).

Qual a forma correcta de a escrever?

Solange Santos Costa Estagiária em uma escola São Paulo, Brasil 7K

Eu gostaria de saber qual a diferença destas frases.

«Eu estava vestindo.»

«Eu estava vestida.»

Na primeira frase usamos o particípio e na segunda presente contínuo. Como explicaria para um aluno a ideia de passado?

Pedro Rodrigues Professor Mindelo, Cabo Verde 5K

Durante uma aula de língua portuguesa, uma aluna questionou-me sobre a existência de construção fraseática em vez de construção sintática. Por isso, gostaria de ter uma opinião vossa, pois fiz algumas pesquisas e não encontrei a expressão.

Ana Baptista Funcionária pública Silves, Portugal 5K

Como se pronuncia o plural da palavra euro?

António Lopes Engenheiro civil Lisboa, Portugal 9K

Insisto na questão da utilização do verbo amandar.

Se se considera correto utilizar alguns verbos precedidos de a, ex.: assentar, que tem o mesmo sentido de sentar, alevantar quando é o mesmo que levantar, etc.

Então qual a explicação para que não seja correto utilizar amandar, quando este termo tem sentido diferente de mandar? É diferente «mandar uma carta pelo correio» ou «amandar a carta pela janela»?

Natália Martins Estudante Porto Alegre, Brasil 14K

Qual a diferença entre morfema e palavra?

Fátima Bernardo Gestora Leiria, Portugal 5K

Como colocar no futuro estas frases?

«Eles plantaram-nas (as árvores).»

«Aquele cão mordeu-lha (a perna).»

João André Rodrigues Estudante Viseu, Portugal 137K

Qual é a diferença entre vem, vêm e veem?

Maria Gonçalves Estudante Amadora, Portugal 26K

Em que circunstâncias se pode utilizar a expressão latina «opus magnum»?

Gostaria de saber se existe alguma expressão equivalente em português.

Iva Svobodová Assistente catedrática Brno, República Checa 9K

Dirijo-me a Ciberdúvidas para pedir a gentileza (caso seja possível) de me esclarecer se os nomes dos dias da semana são ou não compatíveis com determinados tempos verbais usados, abaixo mencionados.

A minha primeira pergunta é se o nome do dia da semana, que desempenha outra função que não o sujeito, é considerado sintagma nominal ou adverbial. Assim, na frase:

«Quinta-feira foi ao teatro.» «Quinta-feira» é sintagma adverbial, ou sintagma nominal?

As minhas outras duas questões partem da frase: «Segunda vou ao teatro.»

Foi-me explicado que a diferença entre «na segunda-feira» e «segunda-feira» (informalmente: «na segunda» ou «segunda») consiste no facto de a forma segunda(-feira) só referir a (+a) segunda-feira que antecede ou segue imediatamente ao momento de enunciação. Caso esta afirmação seja válida, quereria verificar, se percebi e deduzi bem, os seguintes dois pontos:

1. As frases abaixo mencionadas são consideradas agramaticais porque os eventos não são localizados no espaço iminente do Ie (momento de enunciação)?

Veja-se os seguintes exemplos:

* «Terça tinha ido/fora ao teatro.» Pretérito mais-que-perfeito (Ij – símbolos usados em Gramática da Língua Portuguesa (Mateus et. al.: 1989).

* «Terça ia/costumava ir ao teatro.» Tempo Ik imperfeito do passado (não no sentido do condicional).

* «Terça viajarei a Londres.» Tempo Ip (mas no sentido de futuro do futuro: na próxima terça-feira, não na terça-feira da semana corrente).

2. Como se reflete a iminência do evento localizado pelo nome do dia da semana, núcleo do sintagma, no discurso relatado?

Se desejar transmitir para o discurso relatado a seguinte frase:

«Segunda(-feira) fui/vou ao teatro» (neste caso segunda, sim, antecede ou segue imediatamente o momento de enunciação), qual seria o resultado? Como se mudam estas expressões adverbiais no discurso relatado que tem que ver com a ordenação temporal, quando o termo-origem da localização temporal do enunciado produzido não contém a enunciação pelo João?

João: «Segunda vou ao teatro.»

discurso relatado:

«O João disse que segunda(-feira) tinha ido/iria ao teatro»?

Ou

«O João disse que na segunda(-feira) tinha ido/iria ao teatro»?

Ou

«O João disse que na segunda(-feira) passada/próxima tinha ido/iria ao teatro»?

Agradeço-lhe, desde já, a disponibilidade de me explicar as questões levantadas. Todas as opiniões, todo o apoio linguístico que me proporcionarem são sempre muito preciosos para as minhas análises.