Macellum – este termo, em sua forma italianizada Macello, ainda é utilizado como consta no Dicionário Michaelis Português-Italiano para referir-se a mercados de víveres. Haja vista que a grafia italiana assemelha-se muito a uma possível forma lusófona, imagino que talvez se pudesse sugerir "Macelo"?
[Mais outra dúvida sobre] como aportuguesar determinados nomes greco-latinos [...]:
* Horreum – pelo que pude descobrir sobre a trajetória desse termo latino para celeiro, ele preservou-se como “hórreo” para referir-se a celeiros do norte da península Ibérica e tem paralelo com o espigueiro português. Numa pesquisa preliminar, todas as referências encontradas para “hórreo”, que foi a grafia mais provável num possível aportuguesamento, remeteram-se aos celeiros modernos, sem nenhum paralelo aos celeiros romanos. Porém, recentemente descobri uma entrada num dicionário em espanhol (Ocampo, Estela. Diccionario de términos artísticos y arqueológicos: Icaria Editorial, 1992. p. 117) no qual é feita uma correlação entre os edifícios romanos e a forma atual. Dai que também fico na dúvida, é possível a transposição para o português do termo?
Venho por meio desta consulta tentar sanar, novamente, dúvidas de como aportuguesar determinados nomes greco-latinos:
* Stoa – nenhum dos dicionários com visualização online possui qualquer entrada para esse termo grego para as colunatas/pórticos e fica difícil saber, por isso mesmo, se seu uso é realmente cabível da forma como está ou se é possível adaptá-lo de alguma forma. As parcas fontes que eu achei ao utilizar o aportuguesamento mais óbvio "Estoá" ou "Estoa" referem-se à escola de Zenão de Cítio construída na ágora de Atenas.
Como se contrai lhes e o, as, os, as?
Será correto utilizar a palavra "legalizabilidade", na frase «sobre a legalizabilidade de uma obra», à semelhança do que se passa com realizabilidade?
Obrigado.
A palavra distópico existe? É que eu li a sinopse do livro Divergente, de Veronica Roth, onde dizia que a história se passava num lugar "distópico". Fui procurar essa palavra no dicionário mas não a encontrei, por isso fiquei na dúvida.
Agradeço antecipadamente a todos os que tiverem a amabilidade de me responder.
1) Existem ou, pelos sufixos -ista e -ico, são aceitáveis as palavras "esnobista" e "blasfêmico"? Encontro-as nas edições de A Cinza do Purgatório: ensaios, do austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux:
a) «Ao mesmo tempo, [Hugo von Hofmannsthal] ocupa-se em refazer La vida es sueño, de Calderón: que anacronismos, estes enfadonhos arranjos, seguindo a moda **esnobista** do barroquismo! ― dizem os literatos.»
b) «O homem, em Kafka, não vê na sua miséria a conseqüência da sua condição humana. Revolta-se. Acusa Deus, como Ivan Karamazov. A face de Deus, em sua obra, adquire traços **blasfêmicos**.»
2) Se existente ou aceitável, poderia dizer que "esnobista" é "neologismo", ou então, hipérbole de esnobe? Que poderia dizer?
Grato pela ajuda.
Pode-se usar a palavra entretido neste sentido: «O futebol é uma atividade entretida...»?
Gostaria de saber como fica o adjetivo só no grau superlativo absoluto sintético.
Muito obrigada.
É mais correto dizer-se «Já tenho problemas que cheguem», ou «Já tenho problemas que chegue»? Ouço frequentemente as duas formas, mas a segunda parece-me a mais correta, pois penso que o verbo chegar está aqui numa construção impessoal. E será «Já basta/bastam os problemas que tenho» um exemplo análogo da mesma regra?
Desde já, bem hajam.
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