Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
João Rodrigues Professor Alvaiázere, Portugal 2K

Gostaria de saber se as expressões «antes de» e «depois de» são proclitores vinculativos ou opcionais.

Prende-se esta questão com o facto de ter alguns documentos de trabalho (do tempo da faculdade) que apontam para que haja opção, conforme o estilo. As frases que tenho nesse documento são:

«Antes de casarem-se, visitaram Vigo. Depois de casarem-se, foram a Roma.»

A par de:

«Antes de se casarem, visitaram Vigo. Depois de se casarem, foram a Roma.»

O texto resultava de uma investigação da professora de Sintaxe e Semântica do Português, mas, de facto, cada vez mais surgem alunos a usar a ênclise nestas situações.

Será gramatical a ênclise depois dessas locuções temporais?

Agradeço esse esclarecimento.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 558

Tendo consultado as vossas explicações, fiquei, todavia, em dúvida. Na frase apresentada, a preposição é necessária?

«Sei que ficaria mais fácil de escrever um texto que se lesse.»

Cordialmente

Cristina Ramiro Tradutor Alcalá De Henares, Espanha 497

Se eu tiver um software que eu chamei "Prox", teria de me referir a ele como "O Prox" ou "A Prox", se eu decidir não fazer menção à palavra software na oração?

Se pudesse ter uma explicação sobre o assunto seria ótimo!

Obrigada

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 739

Qual é a grafia do gentílico de San Diego (Califórnia) em português?

A Wikipédia e Wikcionário dizem que, em inglês, é San Diegan e, em espanhol, é sandieguense, mas e em nosso idioma mesmo? Como que fica?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Gabriel Melo Estudante Barbalha, Brasil 553

Primeiramente, ouvi de alguns professores de gramática que oração subordinada substantiva, quando reduzida, só pode vir com verbo no infinitivo.

Entretanto, me deparei com algumas frases que me fizeram crer que isso não procede.

Segue um exemplo: «Pedro ouviu José falando sobre o assunto.»

Minha dúvida é a seguinte: a segunda oração do período composto citado acima, «José falando sobre o assunto», é uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de gerúndio, pois, no meu ver, o verbo «ouviu» pede complemento verbo direto; ou tem outra função sintática?

Luiz Henrique Borgelo Servidor público aposentado Itaguaru GO , Brasil 1K

Ultimamente tem-se ouvido «vamos repercutir isso, vamos repercutir aquilo».

Quem repercute é o fato ou é a pessoa que fala sobre ele?

Obrigado.

Maria Santana Jurista Lisboa, Portugal 934

Ouvi recentemente alguém referir que tinha produzido um «texto esquálido, clean, minimalista», creio que foi essa a frase exata que a pessoa utilizou.

O sentido da palavra esquálido é o de que era um texto "enxuto", sintético, conciso. Ou seja, a palavra esquálido tinha uma conotação positiva. Nunca tinha ouvido a expressão aplicada a um texto e sobretudo com uma conotação positiva.

Podem, s.f.f., esclarecer se esse uso está ou não correto?

Muito obrigado e parabéns pelo vosso trabalho.

Henrique Silva Campos Atendente Betim, Brasil 557

Estou com dúvida nisso pois acho bem estranho, o uso do de esta correto na frase do exemplo:

Ex: «um saco de farelo de milho»

Sempre que há uma frase em que o de aparece duas ou mais vezes, eu acho um pouco estranho.

Obrigado.

Marta Amaral Estudante universitária Portugal 813

Confirmei no Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro Luft que se escreve, tal como se ouve habitualmente, «sou licenciada em x PELA Universidade y» e «sou doutora(/doutorada) em x PELA Universidade y».

Pergunto, primeiro, se o mesmo se aplica – como seria de esperar – à designação mestre: é-se mestre em x POR [instituição de ensino y] (o dicionário referido é omisso neste ponto)?

Pergunto, depois, se é possível explicar gramaticalmente esta construção, que não é óbvia para mim.

Na frase «Sou licenciada pela Universidade y», «pela Universidade y» desempenharia, se compreendo bem, a função sintática de complemento agente da passiva – é a instituição de ensino que "licencia", i.e. que confere o grau académico de licenciado ao estudante. Não sei se este raciocínio está correto, e não consigo aplicá-lo aos outros casos: em «sou mestre pela Universidade y» e em «sou doutor pela Universidade y», o mesmo constituinte («pela Universidade y») não pode desempenhar a função sintática referida, parece-me. Conseguiriam explicar esta construção?

Obrigada pelo vosso precioso trabalho.

Rui Cuco Professor Vila Viçosa , Portugal 1K

"Míni" é como habitualmente nos referimos [em Portugal] a uma cerveja pequena, de 15ml a 25ml. Como devemos formar o plural no exemplo abaixo?

«Dê-me duas míni, por favor!»

Ou «Dê-me duas mínis, por favor!»

Obrigado