Eis o que diz Evanildo Bechara no tópico "Escrita dos Numerais", no capítulo de Numeral da sua gramática:
«Não há princípios rígidos para, na escrita, se usarem os numerais por extenso ou em algarismos. A prática na imprensa e em livros pode-nos oferecer as seguintes recomendações extraídas do Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo:»
Em seguida, apresenta mais de 30 orientações divididas entre "a) Instruções gerais", "b) Por extenso" e "c) Em algarismos".
No que toca à dúvida levantada pelo consulente, Bechara nada diz sobre «até duas sílabas, X; e a partir de três sílabas, Y». Pelo contrário, as orientações gerais do autor são estas a respeito dos numerais cardinais: «De um a dez, escreva os números por extenso; a partir de 11, inclusive, em algarismos: dois amigos, seis operadores, 11 jogadores, 18 pessoas. Exceção: cem e mil.» No entanto, há casos específicos em que se usam algarismos, e não numerais por extenso, como em datas (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2024), ou idades de pessoas (Ela tem 3 anos), ou porcentagens (Lá se foram 5% dos votos).
Desse modo, uma vez que o estudioso dedica três páginas de orientações sobre esse assunto, recomendamos vivamente que o consulente (ou o leitor desta resposta) consulte diretamente a gramática do professor Evanildo Bechara para mais esclarecimentos.
Sempre às ordens!