A construção proposta parece um pouco “barroca” para o pretendido. Antes de mais, será excessivo o uso de duas construções de valor estilístico seguidas («ao pé da letra» e «fora de órbita») num texto de objetivo não literário.
Para além disso, o valor da construção «fora de órbita», no contexto em que está a ser usada, não me parece claro, pelo que não está assegurado que signifique o que pretende. Não esqueçamos que o uso mais comum de «fora de órbita» ativa o sentido de «que está ou é mentalmente perturbado»1, o que poderá introduzir ruído na interpretação do enunciado.
Proponho, por estas razões, que faça uso de uma construção mais simples e transparente, como:
(1) «[…] as condições revelaram ser de um calor tão inusitado que os níveis de stress térmico eram excessivos para o sistema de alerta da NOAA.»
Disponha sempre!
1. Dicionário da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa