Após ler os vários artigos sobre o uso da «dupla negação» em português, gostava de solicitar a análise da mesma nos três primeiros versos da Tabacaria, de Álvaro de Campos («Não sou nada/Nunca serei nada/Não posso querer ser nada»).
Antecipadamente grato.
Nos versos «Os seus irmãos construindo vilas e cidades/Cimentando-as com o seu sangue», qual é a figura de estilo presente? Estou na dúvida entre metáfora ou hipérbole.
Obrigada.
Na frase «O ar estava azul, e o mar, tão morno», qual o recurso expressivo presente?
Estou a redigir uma tese de doutoramento e com frequência preparo também artigos para publicação em revistas científicas da área. Muitas vezes deparo-me com uma dúvida relativamente ao uso de palavras que no contexto em questão são usadas não no seu sentido literal. Exemplo «guarda-chuva conceptual». Por hábito coloco a expressão guarda-chuva em itálico para evitar as aspas, que na escrita científica têm outra utilização muito específica. Ainda assim tenho dúvidas se o correcto seria usar o itálico ou aspas simples.
Agradeço desde já a atenção dispensada.
Gostaria, por gentileza, que a equipe do Ciberdúvidas me ajudasse; o que é a animalização (figura de linguagem)? Ela aparece muito no realismo brasileiro, mais explicitamente, nas obras de Aluísio Azevedo, como O Cortiço. Ela também aparece no realismo em Portugal?
Qual a figura de estilo predominante no seguinte parágrafo?
«Os casinholos de madeira, assolapados ao longo da rua, seguiam-se, indiscretos, com os olhos baços das janelas, enquanto as chaminés, de fasquias rotas e empenadas, golfavam de alto a baixo roscas pardas de fumo.»
Luís Cajão, «Emboscadas», in Os Melhores Contos e Novelas Portugueses.
Estou na dúvida entre metáfora e personificação.
«... Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada. Lisboa acordava lentamente: as saloias ainda andavam pelas portas com os seirões das hortaliças; varria-se devagar a testada das lojas; no ar macio morria à distância um toque fino de missa.»
Pretendia saber quais os recursos estilísticos, a sua expressividade e os respectivos exemplos existentes neste excerto.
Obrigada.
Na obra de Eça de Queirós A Cidade e as Serras, encontra-se a seguinte frase: «No dia, entre todos bendito, em que a Pérola apareceu à barra com o Messias (...).»
Quais as figuras de estilo presentes?
Estou em dúvida se serão sinédoque e metonímia.
A análise de Eunice Marta em Os Lusíadas: aposto, sinestesia, hipérbole, anástrofe é magnífica; quanto à hipérbole, tal foi o exagero de Camões, que poderia ser classificada, "hiperbolicamente", como auxese.
Por favor identifiquem nos seguintes frases algumas figuras de estilo:
«Tinha das mulheres lindas as graças belas, infindas de encantos, encantos mil.»
«E no seu todo brilhava o ar mais doce e gentil.»
Por outro lado aprendi que num texto poético se expressa o eu, sentimentos e por aí adiante. Será possível um texto poético ser descritivo?
Como identificar o sujeito poético dum texto poético? Que metodologia seguir para alcançar esse objectivo?
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