Teria sido importante que nos tivesse sido facultada a referência bibiográfica de onde foi retirada a frase que nos apresentou ou, mesmo, um excerto maior do texto, para que pudéssemos ficar com uma ideia mais segura do contexto.
Sem tal referência, resta-nos indicar o que nos parece ser mais claro: um oxímoro (que corresponde a um paradoxo na linguagem filosófica), uma vez que «ser fiel» é algo que deve ser natural, é uma qualidade/virtude que não deve implicar obrigatoriedade, porque perde todo o valor se for encarada como um dever. Por isso, é ilógico que alguém pense, ou diga, que «havia que ser fiel», porque só o facto de o dizer/pensar como um dever implica que perca o sentido, portanto, que já não o seja.
Se o texto for dito num tom sério, será esta a figura de estilo. Mas se o contexto indiciar sinais de brincadeira, de gozo, e de uma certa ligeireza, como que se o narrador mostrasse um ar negligente para com aquele acto, então, estaríamos em presença de uma ironia, que é marcada pela troça, pelo sarcasmo, pelo gozo e pelo divertimento perante algo sério.