DÚVIDAS

Complemento determinativo e complemento circunstancial
Sou professora e deparei-me, mais uma vez, com uma dúvida, aquando da abordagem do complemento determinativo. Tudo estava bem até ao momento em que veio a pergunta inevitável «Qual a diferença entre um complemento circunstancial de matéria e um complemento determinativo de matéria?». A resposta era fácil, o primeiro depende do verbo, e o segundo, de um nome. O mesmo não aconteceu com igual pergunta, mas relacionada com a causa, pois os exemplos que encontrei não foram os mais adequados («Barulho de passos» — «de passos» — complemento determinativo de causa). Agradecia que me esclarecessem quanto a esta situação, já que os exemplos que encontro deixam muito a desejar e se há alguma explicação além desta (complemento determinativo-nome/complemento circunstancial-verbo).
Vírgula em enumeração e a isolar complemento adverbial
Como poderíamos justificar o uso da vírgula nas orações abaixo? 1) «O Ponto Final a Vírgula e o Ponto de Interrogação tentavam descobrir qual deles era o mais importante.» 2) «Comigo, podem ser apenas três: “Ana Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Mas também podem ser quatro: “Ana, Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Sem mim, nunca saberão.» 3) «Digamos que valemos todos o mesmo. Sem pontos, vírgulas e pontos de interrogação, as palavras andavam todas perdidas pelo meio das histórias.»
Sobre a formação de homofóbico e homofobia
Tenho uma pergunta que julgo ser pertinente. Na realidade o termo homofóbico refere-se, ao contrário do que é dito nos meios de comunicação social, a quem tem fobia ao seu semelhante ou a quem tem fobia à raça humana? Tal parece ser a lógica etimológica do termo. Se interpretarmos homo- como sendo o prefixo grego para semelhante ou homo como o étimo latino para homem, percebemos que quem sofre de homofobia tem na realidade aversão ao seu semelhante ou tem aversão à raça humana, e tal não é por certo o caso mais simplista de ter aversão à homossexualidade! Na minha franca opinião pessoal, o termo homofobia é um termo criado artificialmente por uma literata comunicação social de esquerda apologista da homossexualidade, mas em que este mesmo termo não assenta o significado que quer fazer passar nas suas raízes etimológicas quer grega, quer latina. Para mim o antónimo de homofobia seria filantropia, e não um indivíduo partidário da homossexualidade. Gostaria que comentasse. Agradecido pela atenção concedida.
A construção «dar a» com infinitivo
Examine-se a seguinte frase: «Confrontado com a verdade, o coronel finalmente se deu a conhecer.» Peço a gentileza de que seja feita a análise sintática da oração «o coronel finalmente se deu a conhecer». [...] [P]ergunto ainda se a expressão «deu a conhecer» em «Ele nos deu a conhecer o objeto da discussão» é uma locução verbal? Se não, como se analisariam sintaticamente os termos oracionais «nos» e «a conhecer»? Obrigado.
As faixas e os cartazes nos estádios
Durante as transmissões futebolísticas através da televisão, vêem-se nos estádios faixas e cartazes com expressões como estas: «É nóis na fita», «Filma nóis Galvão», «Filma eu» e semelhantes... Como vê o Ciberdúvidas tais "manifestações"? Olho para isso com um misto de preocupação e desprazer, pois creio que a língua não deveria ter chegado a semelhante estado de degeneração! Muito grato!
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa