Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Glória Pimentel Correia Botelho de Souza Professora Rio de Janeiro, Brasil 116K

Qual o significado de «sossega o facho»? Qual é a origem da expressão?

Laerte Medeiros Professor Natal, Brasil 5K

Como sou morador de Natal-RN, e vejo a construção na varias mídias locais «A prefeitura do Natal...». Daí pergunto se está correto a inserção da contração do, ficando assim «A prefeitura do Natal», ou deverá ser de.

Grato.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 20K

Os dicionários brasileiros da língua portuguesa afirmam que a palavra raso, no sentido de «de pouca profundidade; não fundo» (adjetivo) e «lugar em que a água é pouco profunda» (substantivo), seria um brasileirismo.

Esclareço que, sempre ou quase sempre, raso e todas as suas flexões, nas acepções acima registradas, se aplicam a grandes porções de água de pouca profundidade. Exs.: «piscina rasa», «lagoas rasas», «rio raso», «trechos rasos do rio».

Confirmais que realmente se trata de um brasileirismo? Se for afirmativa a vossa resposta, indago-vos sobre qual seria a palavra correspondente em Portugal.

A palavra baixo tem também o sentido de algo que tem pouca profundidade, algo que dá pé?

Como sempre, vos sou gratíssimo.

Denis Pereira Estudante Rio Negro, Brasil 31K

Na oração:

«A ação jurídica saiu-lhe favorável.»

— A ação jurídica é o sujeito;

— «saiu» é o verbo transitivo indireto;

— «lhe» tem função de objeto indireto, pois é o complemento verbal do verbo sair;

— «favorável» é considerado como complemento nominal por completar o nome ação, ou desempenha papel de predicativo do sujeito vendo que a palavra também pode exprimir a ideia de característica do sujeito «A ação jurídica»?

Gostaria de saber se o verbo ser é intransitivo quando acompanhado de adjunto adverbial de tempo ou lugar, ou se é verbo transitivo indireto, pois exige preposição. Estudando em casa, percebi que nos livros apresentam a característica de que verbos intransitivos não precisam de complemento e que transitivos precisam, porém, na frase «O jogo será às dezesseis horas», o verbo tem sentido incompleto e consequentemente seria transitivo indireto, mas o livro pontua que o verbo ser neste caso é intransitivo quando significar realizar-se, ocorrer. Portanto, gostaria de saber se a ideia a seguir pode ser levada como verdade para provas de vestibular ou não: O verbo ser intransitivo não movimenta a ação do sujeito para o complemento, o complemento não recebe a ação até porque o verbo é impessoal e o sujeito também não o realiza, pois ser apresenta como sendo um estado do sujeito; no verbo transitivo há o movimento do sujeito para o verbo, a exemplo: «O Brasil exporta produtos agrícolas», há quem realiza a ação («O Brasil») e quem sofre a ação («produtos agrícolas») (Não utilizei o verbo ser porque ele não pode ser transitivo, somente verbo intransitivo ou de ligação).

Agradeço!

Margarida Sofia Marques Estudante Leiria, Portugal 9K

Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?

«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?

Estão as duas formas correctas?

José Viana Professor Braga, Portugal 16K

Gostava de saber se estes são exemplos de hipálages (exemplos do Cap. I de Os Maias): «uma tímida fila de janelinhas», «fresco nome de vivenda», «paz dormente de bairro», «onde já desmaiavam as rosas das grinaldas».

Obrigado.

Maria Ana Fidalga Estudante Castelo Branco, Portugal 14K

Começo por dar os parabéns a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo serviço que prestam a quem, como eu, tantas vezes tem dúvidas.

Neste momento, a minha dúvida prende-se com a identificação do(s) recurso(s) expressivo(s) que poderemos detetar nas seguintes expressões (retiradas de Os Maias, de Eça de Queirós):

«o dever da mulher era primeiro ser bela, e depois ser estúpida…»

«[Era alta, muito pálida, sobretudo às luzes, delicada de saúde, com um quebranto nos olhos pisados, uma infinita languidez em toda a sua pessoa,] um ar de romance e de lírio meio murcho» (aqui, apenas o que está fora dos parênteses).

Muito obrigada!

José Campinho Professor Porto Santo, Portugal 18K

É corrente chamar-se pólo àquela peça de vestuário que corresponde, de certo modo, a uma camiseta sem botões. No entanto, não encontro este vocábulo, com este significado, nos dicionários comuns. Será a corruptela de um empréstimo do inglês (pull-over), que divergiu para pulôver e pólo? E deve escrever-se com acento?

Aproveito para pedir um artigo de reflexão sobre as denominações do vestuário em língua portuguesa, porque são tantos os estrangeirismos, neologismos e modismos, que chego a pensar que os contemporâneos de Camilo, nossos antepassados, não tinham mais que vestir, para além das bragas, blusas, jaquetas e coisas dessas de recorte arcaico. Agora, vestimos jeans em vez de calças, trocámos as cuecas avoengas pelos anatómicos sleeps, shorts e boxers. Com bom tempo, talvez se opte por bermudas, bastando acrescentar uma T-shirt, e não esquecer a parka ou o anoraque, se chover. E se nos voltarmos para o vestuário e acessórios femininos, o campo lexical é ainda mais inesperado.

Obrigado.

Célia Oliveira Designer Cantanhede, Portugal 29K

Gostaria de saber se é igualmente correcto usar a palavra solho ou soalho.

Obrigada.

Maria João Matias Fernandes Jurista Lisboa, Portugal 20K

Ficaria grata se pudessem esclarecer-me quanto à existência de um substantivo associado ao verbo incorrer (vg., «incorrer em despesas»; «incorrer em responsabilidade criminal»). É certo falar em "incorrência" ou em "incursão"?

Junto as minhas felicitações pelo trabalho desenvolvido.