Qual o significado de «sossega o facho»? Qual é a origem da expressão?
Como sou morador de Natal-RN, e vejo a construção na varias mídias locais «A prefeitura do Natal...». Daí pergunto se está correto a inserção da contração do, ficando assim «A prefeitura do Natal», ou deverá ser de.
Grato.
Os dicionários brasileiros da língua portuguesa afirmam que a palavra raso, no sentido de «de pouca profundidade; não fundo» (adjetivo) e «lugar em que a água é pouco profunda» (substantivo), seria um brasileirismo.
Esclareço que, sempre ou quase sempre, raso e todas as suas flexões, nas acepções acima registradas, se aplicam a grandes porções de água de pouca profundidade. Exs.: «piscina rasa», «lagoas rasas», «rio raso», «trechos rasos do rio».
Confirmais que realmente se trata de um brasileirismo? Se for afirmativa a vossa resposta, indago-vos sobre qual seria a palavra correspondente em Portugal.
A palavra baixo tem também o sentido de algo que tem pouca profundidade, algo que dá pé?
Como sempre, vos sou gratíssimo.
Na oração:
«A ação jurídica saiu-lhe favorável.»
— A ação jurídica é o sujeito;
— «saiu» é o verbo transitivo indireto;
— «lhe» tem função de objeto indireto, pois é o complemento verbal do verbo sair;
— «favorável» é considerado como complemento nominal por completar o nome ação, ou desempenha papel de predicativo do sujeito vendo que a palavra também pode exprimir a ideia de característica do sujeito «A ação jurídica»?
Gostaria de saber se o verbo ser é intransitivo quando acompanhado de adjunto adverbial de tempo ou lugar, ou se é verbo transitivo indireto, pois exige preposição. Estudando em casa, percebi que nos livros apresentam a característica de que verbos intransitivos não precisam de complemento e que transitivos precisam, porém, na frase «O jogo será às dezesseis horas», o verbo tem sentido incompleto e consequentemente seria transitivo indireto, mas o livro pontua que o verbo ser neste caso é intransitivo quando significar realizar-se, ocorrer. Portanto, gostaria de saber se a ideia a seguir pode ser levada como verdade para provas de vestibular ou não: O verbo ser intransitivo não movimenta a ação do sujeito para o complemento, o complemento não recebe a ação até porque o verbo é impessoal e o sujeito também não o realiza, pois ser apresenta como sendo um estado do sujeito; no verbo transitivo há o movimento do sujeito para o verbo, a exemplo: «O Brasil exporta produtos agrícolas», há quem realiza a ação («O Brasil») e quem sofre a ação («produtos agrícolas») (Não utilizei o verbo ser porque ele não pode ser transitivo, somente verbo intransitivo ou de ligação).
Agradeço!
Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?
«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?
Estão as duas formas correctas?
Gostava de saber se estes são exemplos de hipálages (exemplos do Cap. I de Os Maias): «uma tímida fila de janelinhas», «fresco nome de vivenda», «paz dormente de bairro», «onde já desmaiavam as rosas das grinaldas».
Obrigado.
Começo por dar os parabéns a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo serviço que prestam a quem, como eu, tantas vezes tem dúvidas.
Neste momento, a minha dúvida prende-se com a identificação do(s) recurso(s) expressivo(s) que poderemos detetar nas seguintes expressões (retiradas de Os Maias, de Eça de Queirós):
«o dever da mulher era primeiro ser bela, e depois ser estúpida…»
«[Era alta, muito pálida, sobretudo às luzes, delicada de saúde, com um quebranto nos olhos pisados, uma infinita languidez em toda a sua pessoa,] um ar de romance e de lírio meio murcho» (aqui, apenas o que está fora dos parênteses).
Muito obrigada!
É corrente chamar-se pólo àquela peça de vestuário que corresponde, de certo modo, a uma camiseta sem botões. No entanto, não encontro este vocábulo, com este significado, nos dicionários comuns. Será a corruptela de um empréstimo do inglês (pull-over), que divergiu para pulôver e pólo? E deve escrever-se com acento?
Aproveito para pedir um artigo de reflexão sobre as denominações do vestuário em língua portuguesa, porque são tantos os estrangeirismos, neologismos e modismos, que chego a pensar que os contemporâneos de Camilo, nossos antepassados, não tinham mais que vestir, para além das bragas, blusas, jaquetas e coisas dessas de recorte arcaico. Agora, vestimos jeans em vez de calças, trocámos as cuecas avoengas pelos anatómicos sleeps, shorts e boxers. Com bom tempo, talvez se opte por bermudas, bastando acrescentar uma T-shirt, e não esquecer a parka ou o anoraque, se chover. E se nos voltarmos para o vestuário e acessórios femininos, o campo lexical é ainda mais inesperado.
Obrigado.
Gostaria de saber se é igualmente correcto usar a palavra solho ou soalho.
Obrigada.
Ficaria grata se pudessem esclarecer-me quanto à existência de um substantivo associado ao verbo incorrer (vg., «incorrer em despesas»; «incorrer em responsabilidade criminal»). É certo falar em "incorrência" ou em "incursão"?
Junto as minhas felicitações pelo trabalho desenvolvido.
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