Respondendo às questões:
1) Na frase «A avó deu um conselho ao filho», há três grupos nominais:
— A avó [constituído por um nome (avó) com um determinante/artigo definido (a)] — com a função de sujeito;
— um conselho [constituído por um nome (conselho) com um determinante/artigo indefinido (um)] — com a função de complemento direto;
— o filho [constituído por um nome (filho) com um determinante definido (o) que é complemento da preposição a, em «ao filho»)].
2) Pode haver dois (ou mais) nomes, assim como dois ou mais pronomes, num grupo nominal. É o que acontece com os casos de sujeito composto (ou de outras funções sintáticas com mais de um elemento), é natural que ocorra mais do que um nome (ou de um pronome) nesse grupo nominal, como se pode verificar nas seguintes frases:
«O João e a Maria querem ir ao cinema.»
«Eu e tu vamos sair.»
«Ele e aquele amigo não gostam da escola.»
«A Ana e o irmão ouvem o pai e a mãe.»
«Este aluno e aquele estudam os verbos e os pronomes.»
Nota: Se consultarmos o Dicionário Terminológico (Sintaxe – B.4., em Constituintes da frase – B.4.1.), verificamos que grupo nominal é todo o «grupo de palavras cujo constituinte principal é um nome ou um pronome e que funciona como uma unidade sintática. Um grupo nominal pode ser constituído exclusivamente por um nome ou por um pronome (i) ou por um nome que coocorre com complemento(s) (ii), modificadores (iii) e determinantes e/ou quantificadores (iv). Exemplos:
(i) [Lisboa] é a capital de Portugal.
[Ela] chegou.
(ii) [ A [construção] da ponte] demorou vários anos.
(iii) [A [rapariga] que conheceste] vive nessa casa.
(iv) [Todos os meus [irmãos]] vivem em Lisboa.»