Gostava de saber o significado das seguintes palavras/expressões populares:
— Cabo dos trabalhos;
— Ter contas a ajustar;
— Pespegar;
— Pôr água à fervura;
— Estupor.
Uma carrinha estava atulhada de gente. Posso dizer em termos coloquiais: «Na carrinha ia toda a gente ao monte», ou «Na carrinha ia toda a gente a monte»?
No apoio a um aluno, surgiram-me duas dúvidas relativamente à análise sintática de dois elementos de uma frase. Esta é a seguinte:
«(...) o mano Guanes, como mais leve, devia trotar para a vila vizinha de Retortilho (...)»
O primeiro caso prende-se com o elemento entre vírgulas: aposto (acresce uma informação sobre o sujeito), ou complemento circunstancial de causa [modificador de grupo verbal pela nova terminologia — devia trotar (ele)]? Porquê?
O segundo caso está no verbo «trotar (para a vila vizinha de Retortilho)». Será um complexo verbal (em que «trotar» surge como verbo intransitivo)? Ou será como complemento direto de «devia», juntamente com o resto da frase «para a vila de Retortilho», introduzindo o verbo «trotar» uma oração substantiva integrante?
Gostaria de ter a vossa opinião.
Obrigado pelo vosso belo trabalho.
As palavras sobressalto, tranqueira e roca seriam mesmo as formas vernáculas portuguesas que correspondem, respectivamente, às palavras surpresa, trincheira e rocha, que, por sua vez, são aportuguesamentos das palavras francesas surprise, trenchier (francês antigo) e roche?
Quanto à primeira elencada, sobressalto, hodiernamente, parece ter tão-somente o sentido de uma surpresa má, assustadora, perturbadora, aterrorizadora, enquanto surpresa pode ser tanto boa quanto má, o que me causa dúvida e me faz indagar se no passado a palavra sobressalto poderia traduzir uma surpresa boa ou má ou também apenas má.
Ainda gostaria de saber por que as formas francesas, ainda que aportuguesadas, vieram a substituir as vernáculas portuguesas muito mais legítimas no nosso idioma.
Que a estrela de primeira grandeza da Internet, o Ciberdúvidas, ilumine tudo com a sua luz esclarecedora.
Muito obrigado.
«O que é feito do dinheiro?», isto com o sentido de «Onde está o dinheiro?».
«O que é feito do dinheiro?» é português correcto? Não encontrei esta expressão nos dicionários que tenho cá por casa.
Muito obrigado.
No verso «Barco indelével pelo espaço da alma» está presente uma metáfora, ou uma hipálage?
«Entre as vítimas (da Revolução Francesa) estavam (estava) ninguém menos que o rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta, decapitados em 1793.»
Creio que o verbo deva corretamente ficar no singular. Estou certo?
Obrigado.
Ainda não encontrei menção desta regra em Portugal, apenas no Brasil, de que devemos utilizar sempre a ênclise com o verbo no infinitivo, apesar de haver algum atrator de próclise. Está correto?
E, se estiver correto, o que prevalece numa frase onde o verbo no infinitivo e pronome interrogativo coabitem?
Envio um exemplo:
«Como planeia se recompensar quando ocorrer a mudança desejada?», ou «Como planeia recompensar-se quando ocorrer a mudança desejada?»?
Quanto mede um marquês de vinho?
Qual é o significado de madraçais?
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