Enquanto estudava História, reparei numa frase curiosa que figurava no manual, mas que não sei se está de acordo com a sintaxe do português europeu. Transcrevo apenas o essencial:
«... confiscação de patentes, como o caso da da aspirina.»
Conforme se pode ver, esta ocorrência da contração da preposição é estranha, embora desconheça o grau de similitude com a seguinte reformulação:
«Confiscação de patentes, entre as quais a da aspirina.»
Se, com efeito, o primeiro segmento for agramatical, gostaria de saber por que motivo, então, se pode censurar a coocorrência da contração, mas não a de «...a (patente) da aspirina» (reformulação).
Obrigado.
Gostaria de saber se deverei expressar [o anglicismo] cookies no feminino ou no masculino, encontrando-me na fase final da redação de uma dissertação de mestrado. Na minha expressão oral e verbal quotidiana sempre utilizei cookies no feminino. No entanto, tenho-me confrontado com várias referências bibliográficas que fazem referência ao termo cookies no masculino. A adensar ainda mais esta minha questão, tenho-me confrontado com dicionários que fazem referência ao termo cookie como um substantivo feminino e outros como um substantivo masculino.
Agradeço um esclarecimento claro quanto ao género deste substantivo, [na] língua portuguesa.
A expressão inglesa dog-whistle politics («política do apito do cão» – alusão ao som alto emitido por um apito, o qual só um cão consegue ouvir) é sobretudo usada nos EUA quando, na mensagem política, são empregados termos e conceitos aparentemente inócuos, mas potencialmente controversos, e que apenas uma porção (fação) do eleitorado compreende e identifica, deixando a maioria na ignorância ou com uma ideia muito diferente.
Por exemplo, a atual candidata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, diz que o seu adversário, Donald Trump, sobrevive à custa dessa prática política, referindo ainda que a dog-whistle politics não é solução para os problemas da América, e muito menos do mundo.
Considerando que política do apito do cão não seria entendível, pois não vigora (ainda) na linguagem corrente (nos países de língua inglesa, quando começou a ser usada há cerca de uma década, careceu de explicação por parte dos meios de comunicação social), pergunto: seria aceitável traduzir-se por «política demagógica», «política da demagogia» ou «demagogice política», ou talvez outra expressão que pudessem sugerir?
Qual é a etimologia do nome Carmona?
Gostaria de saber se a expressão «para que» corresponde a uma conjunção adverbial final na frase:
«E para que serve originalidade, se você não pode produzir em massa?»
Não é raro encontrar nos meios de comunicação social referências a entrevistas vox pop. No entanto, há uns dias li um comentário de alguém que entende mais de locuções latinas do que eu, que dizia que tal expressão era errada e que a forma correta de referir este estilo de entrevistas seria vox populi. Ora, parece-me evidente que uma expressão deriva da outra, mas [é isto correto]?
Acabo de ler uma frase em que se diz «talvez dois seguiram com os estudos». Não seria mais correto dizer «talvez dois tenham seguido com os estudos»? A pergunta, num sentido mais genérico, prende-se com a questão de saber qual a construção verbal que deve seguir uma hipótese desde género.
Obrigado.
Na frase «ele disse que me ama», fico confusa sobre a harmonia dos tempos verbais usados. Acredito que o correto deveria ser usar os dois verbos no passado: «Ele disse que me amava.» Mas, neste caso, isso mudaria o sentido da frase. Gostaria de saber se há algum problema em frases como a do meu primeiro exemplo.
Obrigada.
Devemos escrever «afetiva-sexual» ou «afetivo-sexual»?
«Apesar de vivermos numa sociedade mais inclusiva, fala-se pouco da área afetivo-sexual destes jovens.»
Gostaria de saber qual a forma correta de uso: «tiro ao arco», ou «tiro com arco»?
Obrigada.
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