Sei que há uma publicação sobre este tema no vosso site, pelo que escusam de me reencaminhar para lá. O problema de se verem muitos erros escritos é que, com o tempo, começamos a duvidar. Agora com este frequente: «o quão». Sempre escrevi [...] quão sem artigo definido antecedente. Mas tenho visto, inclusive em professores de Português, a expressão «o quão»! Sempre aprendi que quão substituía «o quanto» no sentido de perguntar ou afirmar «como», «de que modo», «a que ponto».
Quão errado estou!?
Obrigado pela ajuda.
Leio (in "A Google e a economia da atenção" ) «graças a um algoritmo que ocupa o lugar de Deus, a Google é um titã da economia da atenção». No entanto, noutros registos (por exemplo, na Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Google), o género usado é o masculino: «O Google hospeda e desenvolve uma série de serviços e produtos baseados na Internet e gera lucro principalmente através da publicidade pelo AdWords.»
Pergunto: "a" ou "o" Google?
Em saúde e segurança do trabalho, em particular na avaliação do risco de acidentes de trabalho, é frequente a utilização dos termos severidade e gravidade. Em alguns casos são usados como se de sinónimos se tratasse. Noutras situações classifica-se a severidade qualitativamente. Por exemplo, a perda de um dedo num acidente de trabalho é menos severa que a perda da mão. Aqui a gravidade é referida como o potencial da severidade do dano. Em qualquer dos casos tenho enormes dúvidas sobre a possibilidade de utilizar o termo severidade neste contexto. Será que podem ser considerados como sinónimos, ou será que existe qualquer relação entre os termos severidade e gravidade?
Sobretudo em documentos oficiais (nomeadamente o Diário da República), é frequente o uso tanto de procedendo como de precedendo, por regra no contexto «Fulano é nomeado, precedendo/procedendo concurso, para [um dado cargo/função]». Qual é a forma correta? Ou são ambas corretas? E, se forem ambas corretas, significam o mesmo ou significam coisas diferentes? À partida, dá-me a ideia que «precedendo concurso» deveria querer dizer «antes de ocorrer o concurso» e «procedendo concurso» deveria querer dizer «na sequência do concurso», será isso?
A expressão «hoje está de chuva» é correta?
No Brasil, dizem e escrevem que uma pessoa é «de menor». Até nos jornais se lê esta expressão e julgo que terá a ver com os Juizados de Menores porque a expressão refere "de menores" e deve ter-se disseminado o seu uso. O problema é que em Portugal já ouvi várias vezes esta expressão em portugueses... e julgo ser incorrecta. É incorrecta? Em Portugal e no Brasil?
Obrigado.
No Brasil é muito comum usar expressões como: «De tanto que estudei, consegui ser aprovado»; «de tanto que apanhei da vida, aprendi a lição».
Entretanto, não consegui descobrir em livro nenhum se [primeiro] a expressão «de tanto que» pode ser considerada locução conjuntiva causal e se [segundo] seu uso é coloquial ou não.
Na frase «por causa do temporal, choveram reclamações na MEO», considerando que o sujeito é «reclamações», poderemos classificar o verbo «choveram» como defetivo pessoal ou unipessoal? Para mim, seria defetivo pessoal, já que tem sujeito,embora não se conjugue em todas as formas.
Agradeço a explicação.
Na frase «associamos aquela época a um mundo de barbárie», qual é a função sintática de «a um mundo de barbárie»?
Se atentarmos na definição de complemento indireto apresentada na vossa página por Edite Prada:
«[...] o complemento indireto tem, segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara, pág. 42, as seguintes características:
a) «É introduzido pela preposição a ou mais raramente para»;
b) a palavra que o expressa «designa um ser animado ou concebido como tal»;
c) «expressa o significado gramatical de ‘beneficiário’ ou destinatário»;
d) «é comutável pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes» (= a ele/a eles).
Pela descrição de Bechara, podemos concluir que o complemento indireto é um nome antecedido de uma preposição que pode ser a ou para.»
Se procedermos à substituição de «a um mundo de barbárie» por lhe, obtemos a frase: «Associamos-lhe aquela época.». Esta frase suscita-me duas questões. Por um lado parece-me que a sua aceitabilidade é discutível, por outro acho que não preenche a característica enunciada em c). Em síntese, «a um mundo de barbárie» é ou não um complemento indireto?
Agradeço o vosso trabalho.
O plural de enfermeiro-chefe, é "enfermeiros-chefe" ou "enfermeiros-chefes"?
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