A "antiga" oração principal deixou de aparecer nas gramáticas modernas, que apoiam o estudo das nossas crianças. Assim, há frases complexas em que só existe coordenação; todas as orações são coordenadas, certo? Assim, há frases complexas em que só existe subordinação: há uma subordinante e as outras são subordinadas, certo? Mas a subordinação e a coordenação não deixaram de coexistir na realidade da nossa língua....e aí as coisas estão bem complicadas, já que estes exemplos não figuram nas gramáticas mais comuns.
Se nos detivermos a analisar essas frases, verificamos que há coordenadas às subordinantes e coordenadas às subordinadas...É correcto ensinar isto às crianças? É correcto induzi-las na ilusão de não existirem estas situações?
Nas orações coordenadas ainda se põe outro problema: exceptuando o caso das copulativas, não é lógico classificarem-se duas orações através de uma conjunção que confere um determinado sentido apenas à oração que inicia e não à outra, como por exemplo no caso das adversativas. Estou errada?
Não será nada incomum escrevermos palavras que detêm um significado mais subtil, construídas segundo as regras, sem pensar se existem ou não. Mas lá está o corrector de texto a avisar (tantas vezes sem razão) e vai de consultar-se o dicionário, neste caso o condensado de Morais, e nada.
Por exemplo:
«Pulsa o coração das estrelas que são milhões, inimaginadas»
Esta palavra "inimaginadas" não pode ser substituída por "inimagináveis" que não tem claramente o mesmo significado e do mesmo modo por "não imaginadas" que não encerra a subtileza e a intensidade da primeira. Assim, entendo que "inimaginadas" significa "nunca imaginadas", mas com mais intensidade que estas duas palavras juntas, tornando a frase mais concisa e bela. "Não imaginadas" não significa "nunca imaginadas" mas apenas não imaginadas naquela ou noutra altura e não põe de lado a hipótese de ter já sido imaginada anteriormente. "Inimaginável" é apenas aquilo que está fora do entendimento poder imaginar-se.
Poder-se-á usar aquela palavra, sem ferir a língua portuguesa vernácula?
Uma vez mais, o vosso atento consulente antecipadamente grato, desde minha casa em Viseu.
Como se designam em português os povos da CEI (Estados da ex-União Soviética) que em inglês/francês se chamam do seguinte modo: tatars/tatars, karachai/karatchais, kalmiks/kalmouks, ingush/ingouches, balkars/balkars e meskhetians/meskhets.
Muito grata.
«A par e passo» ou pari passu?
E, já agora, os porquês.
Obrigado por tudo.
Percursor ou precursor para indicar o que viu ou fez primeiro que outros? Fora de Portugal, tenho computador à mão mas não dicionário de Português... Obrigado pela ajuda.
Também ouvi a palavra francesa "décalage" no programa de Maria Elisa ao ministro criticado depois no vosso Pelourinho. Como não percebi o que o ministro queria dizer e o vosso texto também não esclarece o significado da palavra, agradeço mais alguma informação. Já fui ver num pequeno dicionário de francês-português, mas fiquei na mesma.
Como devo escrever: Pronto Socorro , Pronto-Socorro, pronto socorro, pronto-socorro?
E no plural? Pronto-socorros ou prontos-socorros? (Refiro-me a veículo automóvel.)
Muito obrigado.
Examine-se o seguinte período:
"Recebido o elogio e a honraria, dirigiu-se Sofia a sua casa".
Pergunto:
- é correta a concordância verbal feita na primeira oração?
Note-se, a propósito, que adjetivo anteposto a substantivos deve concordar atrativamente.
Ex.: Linda igreja e teatro há em minha cidade.
Poder-se-ia estender essa regra para o caso do primeiro exemplo?
Obrigado.
Escreve-se carcinogenese ou carcinogénese?
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