Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Miguel Poças técnico de turismo 6K

Desejava saber qual a origem etimológica da palavra "beloura" e qual o seu significado actual.

João Pinto Ribeiro Portugal 11K
Poder-me-ão dizer o significado da palavra quântica?
Fernando Bueno Brasil 12K

Há propriedade em afirmar que, numa fração cujo denominador é um número maior do que dez, a concordância com a palavra "avo" deve ser feita com o numerador?

Ex.: 1/12 (um doze avo), 2/12 (dois doze avos).

Obrigado.

Maria Helena Portugal 31K

Agradecia que me explicassem a função sintáctica de "não" (ainda não vi nenhuma gramática que a indicasse). A minha dúvida é: se este advérbio de negação (na classificação morfológica) é um modalizador, poderá, sintacticamente, ser complemento circunstancial de negação? Não estará essa classificação reservada aos circunstanciais? Ou então, como o podemos classificar?

Como exemplo, pode ser a frase: "Eles não fizeram o trabalho."

Manuel E Ferreira Portugal 2K

Qual o significado de voyeurista?

Nadson Souza Brasil 6K

Em qual das frases abaixo os termos estão corretamente classificados? Se possível analisem para mim cada uma dessas frases.

1. Quem LHE respondeu assim? - Complemento nominal.

2. Desejosos DOS VELHOS LIVROS, fomos encontrá-los num sebo. - Objeto indireto.

3. Fácil DE RESOLVER, o problema não foi discutido pelos grupos. - Agente da passiva.

4. Longe DE CASA, Camões compôs Os Lusíadas. - Complemento nominal.

5. Muitos foram os avisos de MARIA DO SOCORRO, mas ninguém a ouviu. - Objeto indireto pleonástico.

Márcio J. C. Coimbra funcionário público Rio Grande do Sul, Brasil 49K

Segundo aprendi, o pronome "LHE" só pode ser usado para pessoas e, na função de objeto indireto ou adjunto adnominal, apenas quando o verbo exigir a preposição "a" ou "para".

Desta forma, não se poderia escrever, por exemplo:

1) "Preciso-LHE muito" (no sentido de "preciso muito DE você");

2) "Como o CÃO estava com fome, dei-LHE comida" (dei comida ao CÃO);

3) "Porque o CARRO já estava velho, furou-LHE um pneu" (no sentido de "furou o pneu do CARRO").

O que gostaria é que os senhores me confirmassem se estes raciocínios que fiz a partir de meus estudos estão corretos. Pois as coisas nem sempre estão muito claras nas gramáticas, e talvez eu tenha entendido errado.

Se for possível acrescentarem algo mais sobre o emprego desse pronome seria ótimo.

Obrigado pela atenção.

A.G.T.M. Portugal 2K

Qual o plural de minero-medicinal?

Poder-se-á estabelecer qualquer analogia com o plural de social-democrata ou nacional-socialista? Obrigado.

Célia Brasil 1K

Está correta a frase: "O amor e a tolerância é a chave da personalidade"?

Márcio J. C. Coimbra funcionário público Rio Grande do Sul, Brasil 40K

"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra."

É o que se diz às vezes sobre a escolha de um meio termo (ou "meio-termo", não sei se tem hífen ou não), em relação a um assunto qualquer. Imagino que seja um dito popular, se não for de autoria de algum escritor.

Minhas dúvidas com relação a essa frase são estas:

1) Estaria correto o uso da vírgula depois de "mar"? Caso sim, poderia ser escrita a frase sem a vírgula também? Então, caso fosse facultativo o uso da vírgula, que razões levariam a escolher usá-la ou não? *

A vírgula emprega-se, entre outros casos, em repetições de palavras que desempenham a mesma função, quando não estão ligadas pelas conjunções e, nem e ou. A frase popular «nem tanto ao mar nem tanto à terra» dispensa a vírgula, porque os seus dois membros estão ligados pela conjunção nem.

Mas é frequente a expressividade da linguagem «exigir» a colocação de vírgula antes daquelas conjunções. Atente-se nesta frase de Miguel Torga em «Bichos»: «Mas afinal não caía, nem o ar lha faltava, nem coisíssima nenhuma». Caro consulente, os melhores escritores da nossa Língua abonam a vírgula antes de nem... por razões estilísticas. **

2) Existiria crase antes de "terra"? Dizem que não existe no sentido oposto a mar e que existe no sentido de solo, mas não sei se, neste ditado, a palavra "terra" está no sentido de oposição a mar ou no sentido de solo mesmo.

Inclino-me a empregar nesta frase, antes de terra, a preposição a contraída com o artigo A, ou seja, «À terra», por analogia com «ao (a o) mar»: fazendo um daqueles paralelismos formais de que as sentenças populares tanto se socorrem, quantas vezes em detrimento dos rigores semânticos.

3) Qual seria a análise sintática e morfológica da frase?

Na frase «nem tanto ao mar nem tanto à terra», temos a ilustração do uso da figura de sintaxe chamada elipse, como processo estilístico adequado à enunciação rápida e concisa. A elipse é a omissão de termo(s) da oração que o contexto permite facilmente subentender: «vida difícil a nossa». Compreende-se que em provérbios, sentenças, divisas, se recorra frequentemente à elipse: «meu dito, meu feito», «Ano Novo, vida nova» etc.

A nossa frase apresenta duas orações coordenadas disjuntivas, às quais faltam o sujeito e o verbo, que poderiam ser «nem vamos (nós subentendido) tanto ao mar nem vamos (idem) tanto à terra; ficamos no meio- termo».

4) E o "nem"? Li, certa vez, que "nem" é igual a "e não"; mas se o "nem" fosse substituído por "e não" em frases como esta, não faria sentido algum, penso eu leigamente. Se não for exagero, os senhores poderiam me dizer de quais formas é usada a palavra "NEM" e suas classificações sintáticas e morfológicas?

Obrigado.

Nem é sempre conjunção coordenativa, isto é, relaciona sempre duas orações coordenadas. Mas pode ser conjunção coordenativa copulativa, e nesse caso significa «e não»: «não sei nem quero saber de histórias» «não é permitido pescar nem nadar neste lago»; ou conjunção coordenativa disjuntiva, quando liga duas orações alternativas, como é o caso, por exemplo, da frase de que nos temos ocupado.