Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A. Mendes da Costa Bruxelas, Bélgica 3K

Como achega à Pergunta/Resposta publicada em 14.03.2000 permito-me referir que a utilização na alimentação humana dos frutos imaturos da "Cucurbita pepo" ("courge à courgettes" - FR; "botelha" ou "abóbora porqueira" - PT) é tradicional nalgumas regiões do nosso país, nomeadamente na Beira Baixa. Nesta região as "courgettes", normalmente consumidas guisadas, têm um nome: "botelho" (que não é o masculino de "botelha" mas uma forma estável e autónoma de diminutivo, como em "janela/janelo" ou "ribeira/ribeiro").

No Brasil utiliza-se o termo "abobrinha", não apenas para os frutos da "Cucurbita pepo" (a espécie mais cultivada) e que são especificamente designados por "abobrinhas de moita" ou "de tronco", mas igualmente para os frutos de uma outra espécie utilizada para o mesmo efeito: "Cucurbita moschata" (cf. Enciclopédia Mirador Internacional, São Paulo, 1990, p. 5854).

Ana Gusmão Brasil 11K

Sobre a conjunção "enquanto", em frases como: "Eu, enquanto professor...", e outras. Soa-me muito estranha, mas como está sendo muito usada por professores, mestrandos, inclusive de Língua Portuguesa, gostaria de uma explicação.

Agradeço.

Juliana Fernandes Santos Souza Brasil 7K

Qual o motivo das constantes modificações da língua escrita?

Porque algumas de suas regras estão interligadas (análise morfológica com a análise sintática)?

Apesar da língua portuguesa ter sofrido e sofrer até hoje influências de outras línguas estrangeiras qual sua maior característica?

Se você fosse julgar a língua portuguesa você a consideraria objeto de uso ou ré influenciada?

Marco Polo T. Dutra P. Silva Brasil 6K

Sabemos que o português evoluiu do galego, que é um romance derivado da latinização de um povo celta ou protocelta (os lusitanos, por exemplo. E este, da celtização de um povo aparentado dos vascos que por lá habitava).

Onde podemos estudar um pouco mais este período linguístico? Há estudos sobre a toponímia portuguesa e galega? Há citações romanas dessa língua?

Fred Lessing Portugal 6K

O verificador gramatical referido destina-se aos produtos da Microsoft. O que se tencionava era que a ferramenta (grammar checker para o Office) conseguisse verificar a gramática tanto nos documentos em português como nos documentos em brasileiro. Ou seja: Tanto "está a vestir-se" como "está se vestindo" seriam correctos. A questão é: haverá, de facto, estruturas sintácticas usadas em brasileiro que constituam erro em português?

Eduardo Portugal 17K

Como classificar a palavra Patrícia quanto à acentuação?

Jane EUA 4K

Deve vir do inglês. Temos a expressão "skeletons in the closet" que são segredos pessoais. Se entrar na política e tiver "skeletons in the closet", com certeza vão ser descobertos pelo lado da oposição.

Cristiane Brasil 6K

Sou estudante do 1.º ano de pedagogia e preciso realizar uma pesquisa de língua portuguesa, a qual já foi realizada, porém tenho dúvidas de como fazer as notas de rodapé, pois não sei a ordem dos itens que vão no rodapé.

Priscila Ribeiro Brasil 5K

Gostaria de saber quais são os elementos do ato de fala que caracterizam um sotaque típico paulistano, como um paulistano se diferencia dos outros de acordo com a pronúncia de palavras. Obrigada.

T. Sugnetic Croácia 11K

Tive uma conversa bastante desagradável com uma pessoa do Sul do Brasil.

Ele disse que eu falava errado e eu lhe dizia que eu falava certo. De que se trata?

Eu disse que no português normal brasileiro (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, DF, uma parte de Minas, zonas do Nordeste):

1. A vogal, o final e o artigo definido masculino (-o, o) soam como /u/ e não como /ô/ ou /ó/ (o senhor! e ó senhor! não são a mesma coisa).

A vogal e final e a palavra e soam como /i/ e não como /ê/ ou /é/ (e e é não são a mesma coisa, de e dê não são a mesma coisa).

Ti, di (sempre) e te, de (às vezes, principalmente quando átonas, finais ou palavras isoladas) se pronunciam como tchi e dji (ou ti e di), mas não tê e dê (para os sulistas "dê mais!" e "demais!" são a mesma coisa).

Se os sulistas falam diferente é o direito deles, mas devem ter cuidado quando dizem que o resto do Brasil (que mais ou menos respeita 1, 2 e 3) fala errado. A mim, a pronúncia dos sulistas soa-me muito disfarçada. Eles talvez escrevam português, mas na verdade pronunciam-no à espanhola e não à brasileira.

Obrigado.