Será possível dizerem-me qual o plural de «faz-tudo»?
No novo Dicionário da Academia das Ciências aparece a forma «faz-tudos», mas o termo não me parece, de forma alguma, correcto, até porque se aceita também o «bué».
Além disso nos nomes compostos quando o verbo aparece em primeiro lugar, não varia e o pronome «tudo» é invariável. Obrigado.
Isolante ou isolador?
Quais as diferenças entre uma e outra palavra?
Uma pequena dúvida: qual é exactamente a diferença entre os termos baptismo e baptizado. Suponho que baptismo se refere ao acto sacramental em si (ou à cerimónia?). Estou correcta ao supor que baptizado se refere a todas as cerimónias ligadas ao baptismo?
Muito obrigado pela resposta que me deram. Porém, em mensagem anterior que não surgiu no espaço "Perguntas de hoje" eu tinha transcrito do livro "Áreas críticas da língua portuguesa", da Editorial Caminho, um texto bem elucidativo sobre este assunto, e esse texto, como puderam ver, não fala de "angústia do erro" ou de "excesso de zelo"... Fala sim de uma espécie de assimilação da língua portuguesa em relação às línguas inglesa e francesa, quando se elide a preposição "de" antes de "que". Peço licença para transcrever de novo o texto referido:
"Exemplo extraído das páginas 113/114 do livro "Áreas Críticas da Língua Portuguesa", de João Andrade Peres e Telmo Móia, Editorial Caminho, Colecção Universidade, série Linguística, dirigida por Maria Raquel Delgado Martins, edição de 1995, que aqui tenho desde há alguns anos. Outros exemplos aqui possuo que dizem que o uso de "de que" em frases do tipo "Necessito de que" é opcional. Há quem o aprove e há quem o desaprove.
Poderia invocar livros de Rodrigo de Sá Nogueira e de Vasco Botelho do Amaral, por exemplo.
Eis pois o extracto:
"É ainda interessante referir o caso dos verbos precisar e necessitar, predicados que admitem tanto complementos preposicionados com de como complementos não preposicionados. Apesar de a presença da preposição ser opcional, parece-nos que actualmente as formas preposicionadas são bastante mais frequentes, quando os complementos em causa são nominais ou oracionais infinitivos. Veja-se:
(384) O Paulo precisa (de) comprar um casaco novo.
(385) Este cão está a precisar (de) um bom banho.
(386) O Paulo necessita (de) ir ao médico.
(387) Esta empresa necessita (de) cinco novos funcionários.
Quando, porém, estes verbos tomam frases finitas como seus complementos, parece verificar-se – tal como acontece com o verbo gostar – uma preferência generalizada pela forma não preposicionada:
(388) O Paulo precisa (de) que lhe faças um favor.
(389) O Paulo necessita (de) que lhe emprestes esse livro.
É ainda pertinente salientar, de passagem, que a aparente evolução do português no sentido da dispensa de preposições para a introdução de complementos oracionais finitos aproximará esta língua, no que a este particular diz respeito, de línguas em que o emprego de preposições nessa função é aparentemente nulo, como é o caso do inglês, ou muito restrito, como parece ser o caso do francês."
Fim de citação.
Portanto, o que concluo é que:
1) É opcional o uso da preposição "de". Trata-se de preferências, como ali em cima dizem.
2) Há uma evolução da língua portuguesa no sentido da dispensa da preposição "de", por uma espécie de assimilação em relação ao inglês e ao francês".
É claro que pode haver quem discorde das opiniões expressas neste extracto, mas não seria possível explicarem-nos porquê? Muito obrigado.
Que palavras terminadas em engo, além de trengo e mostrengo, existem?
Parabéns pelo sítio e pelo seu regresso.
Sempre pensei que a palavra vistoria era a correcta e que vestoria seria uma deturpação popular dessa palavra correcta.
Porém, alguém, que julgo sabedor, disse-me que vestoria era uma expressão correcta e, talvez, ainda mais correcta por ser mais antiga na nossa língua.
Onde está a razão?
Obrigado.
É correcto escrever estado-da-arte desta maneira?
Obrigado.
Em rodapé de um canal televisivo li o seguinte: "Pedimos desculpa pela má qualidade das imagens".
Não seria mais correcta a seguinte frase: "Apresentamos as nossas desculpas pela má qualidade das imagens"?
Obrigado. Congratulo-me pelo vosso regresso.
O meu filho frequenta o 8.º ano numa escola do Porto. Num teste de Português a professora pediu o masculino da palavra águia tendo o meu filho indicado "águia (macho)". A professora considerou errada a resposta dizendo que a resposta correcta seria falcão. Parece-me que águia e falcão são espécies distintas pelo que, em meu entender, a professora não tem razão.
Gostaria que esclarecessem esta situação.
Obrigado.
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