Em parte tem razão. Como não tive oportunidade de ver a sua resposta anterior (uma vez que apenas me foi enviada a última), não pude aceder a toda a informação facultada, nomeadamente à referência ao livro dos professores João Andrade Peres e Telmo Móia. De facto, há inúmeros casos em que, cada vez mais, se começa a poder optar entre uma variante e a outra (com ou sem preposição 'de'). Ainda assim permita-me referir que, em rigor, ou seja, num texto escrito por exemplo, ou em qualquer outro registo de língua mais elaborado, deve evitar-se a preposição no caso de "necessitar" (+ que + oração). Gostava também de acrescentar que há realmente casos em que a preposição é proibida: não deve dizer-se "o rapaz que eu gosto", mas sim "o rapaz de quem eu gosto".
Relativamente à assimilação do francês e/ou do inglês (o caso anglo-saxónico deve ser, de resto, mais comum) devo dizer-lhe que é possível e observável, por exemplo, na forma incorrecta que lhe dei em cima ("o rapaz que eu gosto"), que em francês será "le garçon que j'aime" e em inglês "the boy that/who I love", em ambos os casos sem preposição.
Em suma, deve levar-se em consideração o nível de língua que se utiliza para a escolha ou não da preposição, sendo que na língua oral corrente cada vez mais se opta por elidir a preposição.