É correta a expressão «a título de»?
Não raro, deparam-se a nós, aqui no Brasil, expressões como estas:
«A título de adiantamento...»
«A título de ilustração...»
O que acham?
Qual o feminino de bispo, gamo e pardal?
Por favor, mandem-me exemplos de expressões regionais.
Donde vem a palavra "canadianas"?
A resposta é evidente: vem de Canadá. Mas porquê?
Por que chamamos "canadianas" àquele tipo especial de muletas? (Afinal o problema não é linguístico, mas tenho curiosidade)
Vi a resposta de Maria Celeste Ramilo, que transcrevo a seguir, e estou chocado: então não é salvé?!
Salve é uma ordem de salvamento...
«Só consegui a datação de salve, saúde e viva, conforme discrimino a seguir:
«- Salve data de 1551. A fonte da datação é de Fernão Lopes de Castanheda na obra "História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses". É uma interjeição que «expressa saudação ou cumprimento» no Dicionário Houaiss.
«- Saúde data do século XIII no sentido de «brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém». Como interjeição não é datada, significando «voto que se faz a alguém que espirra» (Dicionário Houaiss).
«- Viva data de 1597. A fonte da datação é a obra "Monarquia Lusitana" de Frei Bernardo de Brito e significa «expressão de felicitação, alegria, aprovação, desejo de que tenha longa vida» no Dicionário Houaiss.
«Santinho, só encontrei em dicionários do Português Europeu mas não datada. É uma «exclamação usada, quando se ouve alguém espirrar» segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.»
As palavras maltratar, sobremesa e girassol são compostas por aglutinação ou justaposição?
Gostaria de saber se é possível classificar a frase «... Não consegui encontrar uma única falha.» como declarativa afirmativa.
Tinha segurado ou tinha seguro?
É possível dizer «tinha segurado» e «tinha seguro»? Um exemplo da primeira expressão «tinha segurado na caneta» e da segunda «tinha a caneta segura nas mãos»? Está correcto?
Em dois jornais diários foram publicadas duas notícias que me deixaram profundas dúvidas. Vejamos:
1. «A vigia é para garantir que nada saia do interior», disse a repórter em directo. Qual vigia? A Bawo é um navio? Pois. A vigília, mantida a canja, bolinhos, café e champanhe («para dar força às pessoas»!), é «desagradável». Mas, concluiu a repórter, os operários «não demovem da sua luta».
Demovem?
Aparentemente para o jornalista quer a palavra vigia quer demovem estão mal empregues.
Consultando um bom dicionário verifico que, embora haja uma forma mais erudita, morfologicamente estão correctas.
2. Noutro jornal em um artigo de opinião surge a frase:
"Ubi silentium faciunt, pacem appellant".
Ora deixando de lado o preciosismo de citar latim, e ainda por cima não o traduzir, consultei outro bom dicionário que corrige a frase para:
“Ubi solitudinem faciunt, pacem appellant”.
Em Português:
Onde fazem a solidão, dizem que estabelecem a paz. É um pensamento do historiador Tácito que se aplica a todos os que, a pretexto de estabelecer a paz, o devastam e saqueiam
Quem está certo?
Enfim não são bem as perguntas que se espera do Ciberdúvidas, mas não será ele também um lugar de pequenas querelas?
Muito grato por terem reaparecido com elevada qualidade.
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