Na verdade, à falta de termos de português, para designar tal qualidade, introduzir "planidade" seria ponderável, entre várias possibilidades.
Mas não será escusado (e, portanto, desaconselhável), uma vez que já existe?
Até suponho que deve haver mais alternativas, mas saltaram-me logo palavras que me são muito queridas e que estão em desuso, lamentavelmente: "lhaneza", e, também, "lhanura", de "lhano", perfeitamente adequadas, e que me parecem tão belas, além de terem a particularidade de serem das poucas
palavras portuguesas começadas por "lh".
De qualquer forma, mesmo sem sair da família de "plano", há a palavra "planura", que, embora não comummente usada com essa acepção (mas sim, já a vi assim usada), tem âmbito e formação que podem, perfeitamente, comportá-la.
Daí que sempre condenaria "planidade" (que nem sequer me soa bem...), mas quiçá não possa isto ir além de uma questão de opinião. Ou talvez sim?
Obrigado por um esclarecimento.
Li aqui algumas questões e respostas acerca de qual das seguintes expressões é preferível: "ter a ver" ou "ter que ver". Responderam sempre que "ter a ver" é francesismo e que, portanto, "ter que ver" é aconselhável e "ter a ver" não deve ser usado.
Pensei um pouco no assunto e queria saber a vossa opinião sobre as minhas ideias:
Não tenho muitas dúvidas de que a expressão "ter que ver" é semanticamente igual a "ter algo que ver". Este "que" parece-me ser o "mesmo" que é usado em "tenho muito que fazer". Mas olhando para esta última frase, noto que é equivalente a "tenho muito a fazer". Não será então verdade que estes "que" e "a" destas duas últimas frases são de facto equivalentes? Parece-me que sim... Supondo que o meu raciocínio está correcto – não tenho a certeza absoluta – é lícito afirmar que "ter a ver" e "ter que ver" são expressões sintáctica e semanticamente iguais dentro da Língua Portuguesa. Assim, "ter a ver" não é uma expressão estranha à Língua, ainda que possa ser considerada estrangeirismo. Ou doutro modo: "ter a ver" é tão Português quanto "ter a fazer"... (não me enganei!)
Gostava de saber a vossa opinião reflectida acerca disto. Ficaria muito mais contente com uma reflexão filosófica e linguística, por muito técnicas que forem, do que com uma citação de qualquer gramática ou autor literário por muito bons que estes sejam... (cf. Sobre as contrações de preposições com artigos e pronomes)
Muito obrigado e muitos parabéns pelo excelente serviço prestado à lusofonia!
No programa "Bom Português" da RTP 1, fiquei a saber que a palavra "bainhas" não é acentuada. A razão aludida é a de que o "i" é a sílaba tónica e não forma, por essa razão, ditongo com o "a" anterior.
Ora a palavra "países" está na mesma situação e é acentuada.
Por que razão existe esta diferença?
Obrigado pelo esclarecimento.
Bom trabalho.
Gostaria de saber o que significa pronomes metafóricos e anafóricos e quando são usados.
Uma vez que conheço o vosso "site" há relativamente pouco tempo, andei a explorá-lo. Houve uma pergunta/resposta que me intrigou (28/04/99). Esta dizia respeito à troca do /b/ pelo /v/ cuja denominação disseram não conhecer.
Embora não vá totalmente ao encontro da pergunta efectuada pelo consulente, julgo importante referir o fenómeno do betacismo: inexistência de oposição fonológica entre os fonemas /b/ e /v/. Nas zonas onde existe esta inexistência (dialectos setentrionais) há apenas um único fonema /b/ com duas realizações: /b/ fricatizado em posição intervocálica e, nos restantes contextos, /b/ oclusivo sem fricatização.
Gostava de saber os gentílicos de Velas e Praia da Vitória, se faz favor.
Desde já, muito obrigada.
Tenho dúvidas em relação à classificação sintáctica da seguinte frase: "Ele lembrou-se das bolachas." Será que me podem esclarecer? Obrigada.
Qual a pronúncia correcta das vogais tónicas das palavras "copinho" e "pedrinha", abertas como os substantivos de que derivam, ou fechadas?
Obrigado.
O que são artigos contraídos? Para que servem?
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