Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Cláudia Jantarada Braga, Portugal 11K

As palavras "azul" e "vento" são nomes concretos ou abstractos?
Gostaria também de saber se a frase "Não te vás embora!" se encontra na
forma neutra ou enfática.
Muito obrigada.

Mary Santos Professora Portugal 4K

Sendo, penso, "geno" um sufixo (ex.: cancerígeno), está correcto o adj. "genológico" na frase «há uma confluência genológica entre as duas artistas»? Será uma pretensa (errada) forma de genealógica?
Obrigada.

Mary Santos Professora Portugal 6K

Que adjectivos se devem empregar relativos às obras de Cesário? Cesárico? Cesariano? Cesarista?
E de A. Nobre (e analogamente a Dante)? Nobresco? Nobriano? Nobrista?
E de Régio? Regiano? Régico?
E de Baudelaire (e analogamente a Dante)? Baudelairesco? Baudelairiano? Baudelairista?
E de Cristo? Crístico? Cristiano?
Podem ajudar-me?
Obrigada.

Maria João Pires Portugal 18K

É alfinete-de-dama ou alfinete-de-ama?

Obrigada.

Thomas M. Simons Brasil 25K

Agradeço desde já pela possibilidade de esclarecer minhas dúvidas.

Como fica a concordância nominal em relação ao gênero quando um sujeito é composto de diversos nomes femininos e apenas um único masculino? Por exemplo, 22 nomes de mulheres e apenas um de homem, como a frase a seguir:
"Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide são uns felizardos" ou "Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide são umas felizardas"?

Ainda, "Os felizardos Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide " ou "As felizardas Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, ..., Xeila e Zuleide"?

Quando se usa a concordância lógica e quando se usa a atrativa? É possível neste caso usar a concordância ideológica e conjugar no feminino a fim de ser politicamente correto com a maioria de mulheres no sujeito composto? E por fim, peço uma sugestão, a partir de quantas mulheres e apenas um homem, um grupo assim é "feminino"?

Obrigado.

E. Chapéu Professora Portugal 5K

Existe alguma norma ou indicação europeia recente sobre construção de textos, nomeadamente no aspecto de apresentação gráfica. Alguma indicação sobre o não avanço, em espaços, no início de uma frase?

José Norte Baltazar Portugal 33K

Luiz Gonzaga/Zé Dantas
Luiz Gonzaga

Lá no meu sertão
Pros caboco lê
Tem qui aprendê
Um outro ABC
O jota é ji
O ele é lê
o ésse é si
Mas o erre
Tem nome de rê
Até o ypsilon
Lá é pssilone
O eme é mê
O efe é fê
O gê chama-se guê
Na escola é engraçado
Ouvir-se tanto ê
a bê cê dê fê guê lê mê nê
pê quê rê tê vê
e .

Cada vez mais se ouve a designação "guê" para a letra "gê". O dicionário da Porto Editora só na 7.ª edição introduziu essa designação, pois nas anteriores bem se pode procurar pelo "guê", que não se encontra. Também eu nada tenho contra o "guê", embora nunca tenha ouvido ninguém dizer "guê 3" nem ponto "guê" nem "bê cê guê". Mesmo pessoas que estão firmemente convencidas de que a letra se chama "guê" dizem "esse gê" se pretendem comprar cigarros dessa marca. Esse facto leva-me a pensar que efectivamente o nome da letra é em português "gê". Claro que, no ensino básico, os professores não estão a ensinar os nomes das letras e por isso utilizam designações mais próximas dos valores mais habituais das letras, e assim o "guê" surge para não se confundir com o "j". Já farto de discussões acerca dos nomes das letras, admirei-me que na aprendizagem do Grego os nomes (além dos valores) das letras fosse a primeira coisa que se ensinava, enquanto no Latim os nomes das letras nunca apareciam e nem sequer consegui ainda encontrar qualquer manual que os referisse. Isso espantou-me até porque a noção de que os nomes das letras portuguesas vêm dos nomes latinos é muito forte (e correcta). Não vou desvendar a minha fonte, embora bastasse um "link", pois foi na "net", mas acabei por encontrar a solução para esses problemas. Foi Varrão quem sistematizou o modo de dar nome às letras. Seguindo o que já era tradicional no Latim, decidiu distinguir as oclusivas das fricativas, sibilantes e líquidas, e assim o "e" de apoio às consoantes ora se coloca depois da letra ora vem antes: be, de ... ge (em Latim, o "g" era oclusiva), etc; ef, el, em, en, er, es. Ora, cá está desvendado o mistério de ser efe e não fê! Mas sobram outros mistérios... O "zê" deveria ser "eze", o vê" deveria ser "eve". Aqui entra a história do alfabeto latino. O "z" foi uma incorporação tardia, tal como o "v" (e o "j"), e por isso quem lhes deu os nomes não seguiu os princípios de Varrão. Nessa época o "cê" lia-se "kê", e o "gê" lia-se "guê". A evolução fonética levou a que o "c" e o "g" deixassem de ser oclusivas quando seguidas por "e" ou por "i". Mas como os seus nomes já estavam constituídos, com o apoio no "e" depois, ficámos com o cê e com o gê, tal como os lemos hoje em Português. Ninguém diz para introduzir um "u" (mas repare-se em "qu"). Em suma, tenho dois argumentos para defender a designação "gê" como a mais correcta em Português. A leitura dos acrónimos e os princípios de Varrão.

Paulo Oliveira Carnaxide Portugal 6K

Trabalho num meio (informático) onde se fala e escreve numa espécie de crioulo do inglês, umas vezes por inexistência de palavra adequada, outras por pedantismo, outras ainda por simples ignorância. Mas agora tem-me aparecido um substantivo novo, o "desenvolvedor", julgo que por influência brasileira, para traduzir o "developer". Palavra feia, que só parece ter justificação se considerarmos que nada se faz (desenvolve) sem sacrifício (dor). Será que existe ou é aceitável? E porque não "desenvolvente"?

Aarão Guedes T. de Magalhães Portugal 8K

Gostaria de saber como se deve pronunciar Aarão, que por sinal é o meu nome.
A maior parte dos pessoas pronuncia-o como tendo sòmente um "a", no início. Congratulo-me porque, ao que sei, ainda ninguém se lembrou de lhe subtrair uma letra. Como curiosidade, tenho conhecimento que existe um outro nome com dois "a" iniciais – Aamélio.

Sandra Correia Lisboa Portugal 7K

A propósito da resposta “sobre a repetição do 'que'", confesso que não fiquei esclarecida. Afinal qual é a função sintáctica daquele "que"?
Muito obrigada.