Que adjectivos se devem empregar relativos às obras de Cesário? Cesárico? Cesariano? Cesarista?
E de A. Nobre (e analogamente a Dante)? Nobresco? Nobriano? Nobrista?
E de Régio? Regiano? Régico?
E de Baudelaire (e analogamente a Dante)? Baudelairesco? Baudelairiano? Baudelairista?
E de Cristo? Crístico? Cristiano?
Podem ajudar-me?
Obrigada.
É alfinete-de-dama ou alfinete-de-ama?
Obrigada.
Agradeço desde já pela possibilidade de esclarecer minhas dúvidas.
Como fica a concordância nominal em relação ao gênero quando um sujeito é composto de diversos nomes femininos e apenas um único masculino? Por exemplo, 22 nomes de mulheres e apenas um de homem, como a frase a seguir:
"Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide são uns felizardos" ou "Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide são umas felizardas"?
Ainda, "Os felizardos Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, Fabiana, ..., Xeila e Zuleide " ou "As felizardas Andréia, Bete, Carla, Daniela, Edson, ..., Xeila e Zuleide"?
Quando se usa a concordância lógica e quando se usa a atrativa? É possível neste caso usar a concordância ideológica e conjugar no feminino a fim de ser politicamente correto com a maioria de mulheres no sujeito composto? E por fim, peço uma sugestão, a partir de quantas mulheres e apenas um homem, um grupo assim é "feminino"?
Obrigado.
Existe alguma norma ou indicação europeia recente sobre construção de textos, nomeadamente no aspecto de apresentação gráfica. Alguma indicação sobre o não avanço, em espaços, no início de uma frase?
Luiz Gonzaga/Zé Dantas
Luiz Gonzaga
Lá no meu sertão
Pros caboco lê
Tem qui aprendê
Um outro ABC
O jota é ji
O ele é lê
o ésse é si
Mas o erre
Tem nome de rê
Até o ypsilon
Lá é pssilone
O eme é mê
O efe é fê
O gê chama-se guê
Na escola é engraçado
Ouvir-se tanto ê
a bê cê dê fê guê lê mê nê
pê quê rê tê vê e zê.
Cada vez mais se ouve a designação "guê" para a letra "gê". O dicionário da Porto Editora só na 7.ª edição introduziu essa designação, pois nas anteriores bem se pode procurar pelo "guê", que não se encontra. Também eu nada tenho contra o "guê", embora nunca tenha ouvido ninguém dizer "guê 3" nem ponto "guê" nem "bê cê guê". Mesmo pessoas que estão firmemente convencidas de que a letra se chama "guê" dizem "esse gê" se pretendem comprar cigarros dessa marca. Esse facto leva-me a pensar que efectivamente o nome da letra é em português "gê". Claro que, no ensino básico, os professores não estão a ensinar os nomes das letras e por isso utilizam designações mais próximas dos valores mais habituais das letras, e assim o "guê" surge para não se confundir com o "j". Já farto de discussões acerca dos nomes das letras, admirei-me que na aprendizagem do Grego os nomes (além dos valores) das letras fosse a primeira coisa que se ensinava, enquanto no Latim os nomes das letras nunca apareciam e nem sequer consegui ainda encontrar qualquer manual que os referisse. Isso espantou-me até porque a noção de que os nomes das letras portuguesas vêm dos nomes latinos é muito forte (e correcta). Não vou desvendar a minha fonte, embora bastasse um "link", pois foi na "net", mas acabei por encontrar a solução para esses problemas. Foi Varrão quem sistematizou o modo de dar nome às letras. Seguindo o que já era tradicional no Latim, decidiu distinguir as oclusivas das fricativas, sibilantes e líquidas, e assim o "e" de apoio às consoantes ora se coloca depois da letra ora vem antes: be, de ... ge (em Latim, o "g" era oclusiva), etc; ef, el, em, en, er, es. Ora, cá está desvendado o mistério de ser efe e não fê! Mas sobram outros mistérios... O "zê" deveria ser "eze", o vê" deveria ser "eve". Aqui entra a história do alfabeto latino. O "z" foi uma incorporação tardia, tal como o "v" (e o "j"), e por isso quem lhes deu os nomes não seguiu os princípios de Varrão. Nessa época o "cê" lia-se "kê", e o "gê" lia-se "guê". A evolução fonética levou a que o "c" e o "g" deixassem de ser oclusivas quando seguidas por "e" ou por "i". Mas como os seus nomes já estavam constituídos, com o apoio no "e" depois, ficámos com o cê e com o gê, tal como os lemos hoje em Português. Ninguém diz para introduzir um "u" (mas repare-se em "qu"). Em suma, tenho dois argumentos para defender a designação "gê" como a mais correcta em Português. A leitura dos acrónimos e os princípios de Varrão.
Trabalho num meio (informático) onde se fala e escreve numa espécie de crioulo do inglês, umas vezes por inexistência de palavra adequada, outras por pedantismo, outras ainda por simples ignorância. Mas agora tem-me aparecido um substantivo novo, o "desenvolvedor", julgo que por influência brasileira, para traduzir o "developer". Palavra feia, que só parece ter justificação se considerarmos que nada se faz (desenvolve) sem sacrifício (dor). Será que existe ou é aceitável? E porque não "desenvolvente"?
Gostaria de saber como se deve pronunciar Aarão, que por sinal é o meu nome.
A maior parte dos pessoas pronuncia-o como tendo sòmente um "a", no início. Congratulo-me porque, ao que sei, ainda ninguém se lembrou de lhe subtrair uma letra. Como curiosidade, tenho conhecimento que existe um outro nome com dois "a" iniciais – Aamélio.
A propósito da resposta “sobre a repetição do 'que'", confesso que não fiquei esclarecida. Afinal qual é a função sintáctica daquele "que"?
Muito obrigada.
Sou do Porto, aluna de Línguas e Secretariado, e gosto sempre de recorrer ao v/ "site" para resolver alguma dúvida.
Na mesma linha de logotipo/logótipo, poder-se-á dizer também prototipo, tanto como palavra grave ou esdrúxula?
Muito obrigada e parabéns por este "site".
Gostaria de saber regras para se colocar hífen ou não após não.
Ex.: Não inflamável. Tem ou não hífen?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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