Deparei-me recentemente com um soneto camoniano, cuja análise sintáctica me suscitou algumas dúvidas, designadamente o seguinte contexto:
«Lembranças que lembrais meu bem passado
para que sinta mais o mal presente,
deixai-me (se quereis) viver contente
não me deixeis morrer em tal estado.»
Gostaria de saber qual a função sintáctica de «lembranças» (v.1). Julgo ser um vocativo, todavia a ausência de vírgula gera algumas dúvidas. A oração principal será «lembranças ... deixai-me viver contente». Pelo meio ficam a relativa e a final. O sujeito da principal só poderá ser um «vós» subentendido, nunca «lembranças», que assim apenas poderá ser um vocativo.
Estarei correcta?
Grata.
É correta a utilização da vírgula na seguinte frase?
"Por derradeiro, encaminhe-se o feito à douta Procuradoria Geral de Justiça, para, em quinze dias, manifestar-se".
A dúvida deve ser direcionada para a vírgula utilizada antes do termo "para".
Gostaria que me informassem como fazer a transcrição fonética das seguintes palavras: oliveira, quotidiano, herói.
As minhas dúvidas centram-se essencialmente no o inicial da palavra oliveira, no o da sílaba quo- e no e de herói que muitos falantes pronunciam como "i".
Estou fazendo um trabalho em Antropologia religiosa urbana e quando cheguei às novas religiões como Wicca andei a pesquisar e encontro um que diz o seguinte:
«O Wicca é uma prática mágico-religiosa de raiz neo-pagã, inspirada nas tradições da Bruxaria Arcaica e que tem a função iniciática de desencadear a metamorfose da alma humana em sintonia com os processos de metamorfose cíclica da natureza»
Noutro lado li:
«Quando Robert Graves publicou em 1948 o livro “The White Goddess”, a Wicca começou a ser reavivada. Mas somente em 1951, quando a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi sancionada e Gerald Gardner publicou o famoso livros “Witchcraft Today”, que a Bruxaria explodiu e tornou-se uma religião oficial, constitucional e reconhecida por toda a Inglaterra e de lá imigrou para todo o mundo.
A minha questão é: sendo palavra inglesa e significa "bruxaria" (neopagã) e esta filosofia Wicca é inspirada em antigos rituais pagãos devemos escrever a Wicca ou o Wicca. O que o português diz a isso embora a maioria dos sites e literatura refira a Wicca.
Agradecia imenso pois gostava de por um lado juntar esta explicação e pelo outro satisfazer esta dúvida.
Saudações Ciberdúvidas! e até breve.
Num “site” brasileiro li que, quando os nomes das obras ou dos lugares estão no plural, o verbo pode vir no singular ou no plural e apresentava o seguinte exemplo.
Ex.: Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Eu sempre aprendi que quando o nome da obra está no plural, como o caso d'Os Lusíadas, o verbo vem sempre no plural.
Como se deve dizer?
Obrigada pela atenção dispensada.
Sempre aprendi e parece-me que está assim registado no Cândido de Figueiredo, que impacte é o 'embate' psicológico, enquanto impacto será esse embate a nível físico.
Ex. – A bala provocou tal impacto que estilhaçou o vidro.
Aquela atitude teve um enorme impacte na sua conduta.
Aceitam-se opiniões, já que há por aí muita gente a querer impô-las!
Li num jornal português que se deve preferir a designação de Espanhol à de Castelhano no que toca à língua que se fala em Espanha.
Está correcto?
Queria formar adjectivos a partir de: noite, tranquilidade, violência, saúde, aventura, escuridão, humildade, crueldade, sensação, riqueza, proibição, teimar, assassinar, chover, adoçar, simplificar, facilitar, confiar e pensar
Com os meus mais respeitosos cumprimentos, e agradecimentos (que nunca é de mais repetir) por este valioso serviço prestado a quem tem dúvidas, como é o meu caso, ficar-vos-ia muito grato se me pudessem esclarecer sobre uma dúvida que tenho, sobre o termo náutico (e/ou marítimo?) "Amurada".
Embora pense que, quando me debruçava no parapeito do gradeamento que rodeava os navios nos quais viajei, estaria debruçado na ou sobre a "amurada", devo confessar que o termo me suscita algumas dúvidas. Desde já, fico-vos imensamente grato pela Vossa resposta.
Sempre li e ouvi que SPA significava "Sanus Per Aqua" (Saúde Pela Água, se o meu fraquíssimo latim não estiver muito errado). Costumo dizer que não passam de termas modernas. Ainda me acho com mais razão porque acabei de verificar que a palavra 'thermae' designava os banhos públicos romanos, e que outra coisa é um SPA moderno?
Uma rápida consulta no dicionário Inglês-Português da Infopédia diz que 'spa' é um substantivo que significa '1. estância termal, termas; 2. fonte de água mineral; spa-water água mineral; to go to a spa ir fazer uma cura de águas'.
Será que todas as localidades cujo nome inclui a palavra Spa foram na sua origem estâncias termais, como parece ser o caso da cidade belga, indicada pelo Exmo. Sr. A. Tavares Louro?
Gostava de pensar que estamos a reaproveitar uma antiga locução Latina abreviada, mas parece-me mais uma boa campanha de promocional a introduzir em português mais um anglicismo (dispensável?).
Qual a opinião dos Exmos. Srs. Consultores?
Obrigada.
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