Sou bibliotecária e exerço as minhas funções num Centro de Documentação e Informação cujo fundo documental assenta basicamente na área das ciências geográficas. Entretanto numa reunião surgiram dúvidas sobre a origem da palavra "quinta". Com efeito, o termo surge ligado a uma propriedade rural em Portugal, sendo que os interessados gostariam de saber a sua origem (provavelmente dos tempos da província romana da Lusitânia?) e o seu significado mais profundo, porventura com referências socioculturais. Por exemplo, se foi um método de repartição de terrenos por "5", qual terá sido exatamente a razão de se escolher a grandeza "5", a qual não predispõe nada (um pentágono) a qualquer simetria quadrangular na divisão e utilização de terrenos, etc. Agradecendo desde já toda a atenção que se dignarem dispensar, aproveito para dar os parabéns por uma iniciativa tão culturalmente louvável.
Os melhores cumprimentos.
Desejava saber qual destas expressões está correcta: "lá cima" ou "lá acima".
Ex.: «E se fôssemos lá cima/lá acima ter com ele?»
Gostaria de saber qual a correcta pronúncia da palavra «menopausa». Habitualmente a generalidade das pessoas pronuncia "mènòpausa".
Os presidentes da República não tomam posse, são investidos dos seus cargos. Certo ou errado?
Podem considerar-se deícticos de tempo expressões como «Às seis horas da tarde» ou «durante a manhã»?
Existe algum termo que seja equivalente a uma escala que mede as respostas óptimas a um questionário? Escala de optimidade?
A minha dúvida é: “cascar” ou “descascar batatas”?
A frase acerca da qual tenho dúvidas é de A Palavra Mágica, de Vergílio Ferreira:
«Quando o Rainha deu um tiro de caçadeira, num dia de arraial, ao homem da amante, chamaram-lhe, evidentemente, "inoque", por ser um devasso e um assassino de caçadeira.»
"Que fazer" a «por ser um devasso e um assassino de caçadeira»? Será complemento circunstancial de causa? Oração subordinada causal? Oração subordinada infinitiva?
Há quem diga que não pode haver C. C. de causa numa frase complexa; há quem diga que a preposição «por» tira o valor de predicado ao verbo «ser», pelo que não será subordinada infinitiva. Pela mesma e razão e, mais, por não haver conjunção, também não é subordinada causal.
Contudo, segundo uma gramática, a expressão em causa não tem conjunção e, como tem uma preposição precedida do predicado, vai dar a esta expressão o valor de uma oração subordinada infinitiva.
Desde já os melhores cumprimentos e agradecimentos.
Gostaria de saber quais as preposições que regem a expressão «fazer votos» ou a sua forma abreviada (?) «Votos».
Exemplos:
1. Faço votos de (?) que (?) as minhas acções vão ao encontro das vossas expectativas. (Haverá alguma explicação para o facto de esta frase me "soar" mal?)
2. Votos de (?) um feliz Natal e de (?) um próspero Ano Novo. (E – aproveitando o ensejo – será que se justificam as maiúsculas em "ano novo"?).
Agradecendo a atenção dispensada, deixo-vos (?) os meus melhores cumprimentos.
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