«Pura e simplesmente» ou «por e simplesmente»? É mesmo essa a minha questão. Não vejo que a segunda expressão faça sentido seja em que situação for e calculo que seja uma corruptela da primeira. Agradecia por isso um esclarecimento com autoridade já que mantenho uma discussão com a namorada que está a atingir proporções dramáticas. Obrigado desde já.
Ola, gostaria de saber qual é a visom que se tem do galego em Portugal. Considera-se em Portugal que o galego é umha lingua irmá, mesmo dalgum geito mae do português? Pessoalmente, uma das coisas que mais me tenhem abraiado é o facto de escoitar palavras muito tradicionais do campo galego em Portugal (como "leite morno", “morrinha”, “rapaz”, “cativo”, “jeito”, “mágoa”, “lembrar”, “esquecer”, “estrada”, “leira”, “carvalho”, “salientar”, “berro”, “deitar”, “jantar”...) a listagem é interminável, mesmo em topónimos e apelidos. É absurdo obviar a semelhança tam grande entre português moderno e galego, especialmente em palavras e jeitos de falar que ficam no mais genuíno da língua. Em definitiva, a minha dúvida é sobre a imagem que tenhem do galego em Portugal e as possibilidades de surgir um certo interesse pelo galego em Portugal. Para um português é o mesmo Galiza que Badajoz? Por outro lado, gostaria chamar a atençom sobre o facto de que muitas vezes os linguistas portugueses, mesmo neste foro, falam de português antigo esquecendo que o português antes de ser tal cousa era galego. Muitas graças.
Queria perguntar uma coisa para ter a certeza. É possível dizer «Retorquiremos sempre que formos capazes» e também é possível dizer, acho eu, «Retorcamos sempre que somos capazes». A minha pergunta é: pode-se dizer «Retorcamos sempre que sejamos capazes»? Obrigada pela ajuda!
Outro dia eu estava assistindo ao canal português SIC e um repórter falou que Portugal havia ganhado ao Irão. Eu nunca ouvi dizer que o verbo “ganhar” exige a preposição "a". No Brasil usa-se a preposição "de". Exemplo: «Portugal ganhou do Irão.» Afinal qual das duas formas é a correta? Ou será que ambas são certas?
Conjugado pronominalmente, o verbo querer apresenta certas formas muito pouco usadas, creio eu, e com formas que suscitam dúvidas. Por exemplo, estará correcto conjugar pronominalmente o pretérito perfeito assim: «eu qui-lo... ele qui-lo...» (ou «qui-la», etc.) visto que normalmente as formas verbais terminadas em “r”, “s”, ou “z” levam o pronome a tomar as formas «lo», «la», «los», «las»? Eu evito-as pela "dissonância" e pela ambiguidade. Mas será que essa conjugação se torna defectiva nesses casos?
Se sim, por que razão?
Obrigado pelo esclarecimento.
O que significa a expressão «é para inglês ver»? Parabéns pelo vosso maravilhoso serviço.
«Duvidoso» pode ter sentido activo e passivo, isto é, uma pessoa pode estar duvidosa de uma mala duvidosa (no aeroporto, por exemplo)? Se afirmativo, há alguma designação própria para esta situação? E como se distinguir se “uma pessoa duvidosa”? Aquela que tem dúvidas ou aquela sobre quem se devem ter dúvidas?
Na minha opinião, os verbos pôr e colocar têm significados que se podem distinguir um do outro. Por exemplo: «Eu ponho em dúvida o que se vem dizendo nos jornais.» «Pus-me claramente, nesse caso, a favor de uma lei mais estrita.» «Pus qualquer coisa de autobiográfico naquele conto.» «Pôs-se em fuga assim que ouviu o estampido.» «Puseram-se de joelhos e rezaram.» «A possibilidade de terem posto (colocado no porto) um engenho explosivo no porto não será de excluir.» «Ponho uma pedra nesse assunto.» «Pus muitas reservas à sua admissão.» «Pus-me de pé atrás quanto à sua proposta de negócio.» «Aquilo não me interessava: pus-me a andar.» «Puseram-se a gritar: quem nos acode!» Pergunto: em quais destas frases e expressões será de tolerar a substituição do verbo pôr por colocar. A minha dúvida provém da utilização, quanto a mim abusiva, na Comunicação Social (escrita e falada) das formas verbais de colocar – a torto e a direito. Deixo aos especialistas de Ciberdúvidas a tarefa de me esclarecer neste ponto. Muito agradecido.
O termo «bomboneria» está registado em dicionários editados no Brasil, nomeadamente o Houaiss Electrónico, mas em nenhum, que eu saiba, em Portugal. Por analogia com «bijutaria» (no Brasil, «bijuteria») ou mesmo com «lotaria»/«loteria», será legítimo escrever, em Portugal, «bombonaria», significando estabelecimento comercial especializado em bombons?
Gostaria de saber o significado da expressão «Recolhe o teu espírito» no seguinte excerto: «Joaquina – (...) Província será a sua terra, que há-de ser a Lourinhã ou aldeia de Paio Pires ou coisa que o valha. E então?... José Félix – Basta, Joaquina, basta; Recolhe o teu espírito, que já não está aqui quem falou.» Almeida Garrett, Falar Verdade a Mentir, Cena I Significará «acalme-se» ou «guarde os seus pensamentos para si»? Obrigada, desde já.
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