Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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João Viana Portugal 15K

«Pura e simplesmente» ou «por e simplesmente»? É mesmo essa a minha questão. Não vejo que a segunda expressão faça sentido seja em que situação for e calculo que seja uma corruptela da primeira. Agradecia por isso um esclarecimento com autoridade já que mantenho uma discussão com a namorada que está a atingir proporções dramáticas. Obrigado desde já.

Rodrigo Salgueiro Monterroso Estudante Guimaráns – A Banha, Espanha 14K

Ola, gostaria de saber qual é a visom que se tem do galego em Portugal. Considera-se em Portugal que o galego é umha lingua irmá, mesmo dalgum geito mae do português? Pessoalmente, uma das coisas que mais me tenhem abraiado é o facto de escoitar palavras muito tradicionais do campo galego em Portugal (como "leite morno", “morrinha”, “rapaz”, “cativo”, “jeito”, “mágoa”, “lembrar”, “esquecer”, “estrada”, “leira”, “carvalho”, “salientar”, “berro”, “deitar”, “jantar”...) a listagem é interminável, mesmo em topónimos e apelidos. É absurdo obviar a semelhança tam grande entre português moderno e galego, especialmente em palavras e jeitos de falar que ficam no mais genuíno da língua. Em definitiva, a minha dúvida é sobre a imagem que tenhem do galego em Portugal e as possibilidades de surgir um certo interesse pelo galego em Portugal. Para um português é o mesmo Galiza que Badajoz? Por outro lado, gostaria chamar a atençom sobre o facto de que muitas vezes os linguistas portugueses, mesmo neste foro, falam de português antigo esquecendo que o português antes de ser tal cousa era galego. Muitas graças.

Joanna Drzazgowska Professora Polónia 10K

Queria perguntar uma coisa para ter a certeza. É possível dizer «Retorquiremos sempre que formos capazes» e também é possível dizer, acho eu, «Retorcamos sempre que somos capazes». A minha pergunta é: pode-se dizer «Retorcamos sempre que sejamos capazes»? Obrigada pela ajuda!

Leonardo Colossi Rio de Janeiro, Brasil 15K

Outro dia eu estava assistindo ao canal português SIC e um repórter falou que Portugal havia ganhado ao Irão. Eu nunca ouvi dizer que o verbo “ganhar” exige a preposição "a". No Brasil usa-se a preposição "de". Exemplo: «Portugal ganhou do Irão.» Afinal qual das duas formas é a correta? Ou será que ambas são certas?

João Pinheiro Portugal 19K

Conjugado pronominalmente, o verbo querer apresenta certas formas muito pouco usadas, creio eu, e com formas que suscitam dúvidas. Por exemplo, estará correcto conjugar pronominalmente o pretérito perfeito assim: «eu qui-lo... ele qui-lo...» (ou «qui-la», etc.) visto que normalmente as formas verbais terminadas em “r”, “s”, ou “z” levam o pronome a tomar as formas «lo», «la», «los», «las»? Eu evito-as pela "dissonância" e pela ambiguidade. Mas será que essa conjugação se torna defectiva nesses casos?
Se sim, por que razão?
Obrigado pelo esclarecimento.

Luís Ângelo Fernandes Professor do 1.º ciclo Lousada, Portugal 7K

O que significa a expressão «é para inglês ver»? Parabéns pelo vosso maravilhoso serviço.

José M. Bastos Reformado Lisboa, Portugal 3K

«Duvidoso» pode ter sentido activo e passivo, isto é, uma pessoa pode estar duvidosa de uma mala duvidosa (no aeroporto, por exemplo)? Se afirmativo, há alguma designação própria para esta situação? E como se distinguir se “uma pessoa duvidosa”? Aquela que tem dúvidas ou aquela sobre quem se devem ter dúvidas?

Luís A. Afonso Lisboa, Portugal 29K

Na minha opinião, os verbos pôr e colocar têm significados que se podem distinguir um do outro. Por exemplo: «Eu ponho em dúvida o que se vem dizendo nos jornais.» «Pus-me claramente, nesse caso, a favor de uma lei mais estrita.» «Pus qualquer coisa de autobiográfico naquele conto.» «Pôs-se em fuga assim que ouviu o estampido.» «Puseram-se de joelhos e rezaram.» «A possibilidade de terem posto (colocado no porto) um engenho explosivo no porto não será de excluir.» «Ponho uma pedra nesse assunto.» «Pus muitas reservas à sua admissão.» «Pus-me de pé atrás quanto à sua proposta de negócio.» «Aquilo não me interessava: pus-me a andar.» «Puseram-se a gritar: quem nos acode!» Pergunto: em quais destas frases e expressões será de tolerar a substituição do verbo pôr por colocar. A minha dúvida provém da utilização, quanto a mim abusiva, na Comunicação Social (escrita e falada) das formas verbais de colocar – a torto e a direito. Deixo aos especialistas de Ciberdúvidas a tarefa de me esclarecer neste ponto. Muito agradecido.

Paulo Pimenta Revisor Lisboa, Portugal 3K

O termo «bomboneria» está registado em dicionários editados no Brasil, nomeadamente o Houaiss Electrónico, mas em nenhum, que eu saiba, em Portugal. Por analogia com «bijutaria» (no Brasil, «bijuteria») ou mesmo com «lotaria»/«loteria», será legítimo escrever, em Portugal, «bombonaria», significando estabelecimento comercial especializado em bombons?

Raquel Arié Lisboa 5K

Gostaria de saber o significado da expressão «Recolhe o teu espírito» no seguinte excerto: «Joaquina – (...) Província será a sua terra, que há-de ser a Lourinhã ou aldeia de Paio Pires ou coisa que o valha. E então?... José Félix – Basta, Joaquina, basta; Recolhe o teu espírito, que já não está aqui quem falou.» Almeida Garrett, Falar Verdade a Mentir, Cena I Significará «acalme-se» ou «guarde os seus pensamentos para si»? Obrigada, desde já.