Veja-se a seguinte estrofe: «Por terríveis veredas me lancei Que me verteram as forças em soluços Num sublime tesouro cogitei Não poupando esforço nem recursos» Pergunto: É correto o uso de verteram na acepção vista acima (isto é, de «converteram»)? Obrigado.
Retomo a questão já abordada no Ciberdúvidas, mas que não me convenceu.
TRIATLETA é, na minha opinião, um disparate, porque o prefixo não se refere à modalidade praticada e porque pressupõe, implicitamente, que há “biatletas” e “monoatletas”.
Os atletas que disputam o triatlo fazem-no em relação a UM CONJUNTO específico de modalidades e é a este conjunto que deve corresponder a designação.
TRIATLETA, segundo a gramática, será alguém que é três vezes atleta. O que é absurdo.
Em Portugal1, no Brasil e em Espanha toda a gente usa TRIATLETA e PENTATLETA (e sabe-se lá se DECATLETA). É mais um caso de consagração do analfabetismo.
TRIATLO vem do grego ‘triathlon’ e será a partir daqui que tem de se encontrar a designação do praticante.
Os franceses dizem (e muito bem) TRIATHLONIENS, mas têm o sinónimo TRIATHLÈTE, introduzido pela (má) prática da língua.
Checos e mexicanos dizem TRIATLONISTA.
Não é que se vá alterar alguma coisa, mas pelos menos ficaria denunciada a asneira.
P. S. – Os dicionários franceses mencionam que a forma TRIATHLÈTE existe por influência directa do americano TRIATHLETE
1 «A triatleta brasileira Fernanda Clemente Schiliró morreu (...) vítima de atropelamento numa auto-estrada de São Paulo, após perder o controlo da sua bicicleta durante um treino, informou hoje a polícia.
Schiliró, de 27 anos, treinava com mais quatro triatletas da sua equipa, sob a escolta dos respectivos técnicos, que seguiam num veículo todo-o-terreno.
A triatleta preparava-se para disputar a final do Circuito Ironman (Homem de Ferro), em Outubro no Havai.
in "Record 'online'", 13 de Setembro de 2006»
Sou delegado de informação médica e ouvi recentemente a expressão "pleidotrófico" como tendo o significado de "benefício não esperado de um medicamento", o qual se verifica manter-se em vários doentes tratados da mesma forma, passando a fazer assim parte das expectativas posteriores dos clínicos quando utilizam determinadas substâncias. Não encontro esta expressão em nenhuma das minhas habituais fontes de pesquisa. Existe de facto esta palavra? Qual a sua etimologia?
Qual o significado e procedência do nome IZANIR?
Alportuche é uma localidade/praia da serra da Arrábida, em Azeitão. Sucede que já vi a palavra escrita como “Alpertuche”. Qual será a forma correcta?
Como se deve escrever: “suricata”, “suricate” ou “suricato”?
Muito obrigado.
Qual a distinção de uso entre «projecto em curso» e «projecto em decurso»? Obrigado pela atenção.
Estive a ler as vossas explicações sobre a formação de substantivos compostos e confesso que fiquei baralhada. O Dicionário Houaiss admite o plural de “cidade-estado” como “cidades-estados” e como “cidades-Estado”. Sendo assim como diferenciá-los? Há uma mais correcta do que o outra?
Gostaria de saber se já foi explorada a possibilidade de "faca" e a palavra inglesa "fuck" terem uma origem comum. Atente-se às análises etimológicas de "fuck", como, por exemplo, esta na Wikipédia, idêntica a tantas outras: «A possible etymology is suggested by the fact that the Common Germanic fuk-, by an application of Grimm's law, would have as its most likely Indo-European ancestor *pug-, which appears in Latin and Greek words meaning "fight" and "fist". In early Common Germanic the word was likely used at first as a slang or euphemistic replacement for an older word for "intercourse", and then became the usual word for "intercourse". Then, fuck has cognates in other Germanic languages, such as Middle Dutch fokken (to thrust, copulate, or to breed), dialectical Norwegian fukka (to copulate), and dialectical Swedish focka (to strike, copulate) and fock (penis). A very similar set of Latin words that have not yet been related to these are those for hearth or fire, "focus/focum" (with a short o), fiery, "focilis", Latin and Italian for hearthly/hearthling, "foc[c]ia/focac[c]ia", and fire, "focca", and the Italian for bonfire, "focere". But these words came from New Latin, centuries after Middle Dutch.» 1 1 «Uma possível etimologia é sugerida pelo fa(c)to de o germânico comum “fuk-“, por uma aplicação da Lei de Grimm, ter tido como antepassado indo-europeu mais antigo +’pug-‘, que aparece em palavras latinas e gregas a significar «luta» e «punho». No germânico comum antigo a palavra foi provavelmente usada inicialmente como calão ou como um eufemismo para uma palavra anterior para «relações sexuais» e tornou-se depois a palavra corrente para «relações sexuais». Deste modo, “fuck” tem cognatos noutras línguas germânicas, tais como o neerlandês médio “fokken” («espetar, copular, procriar»), norueguês dialectal “fukka” («copular») e sueco dialectal “focka” («tocar, copular») e “fock” («pénis»). Um conjunto muito semelhante de palavras latinas que ainda não foram relacionadas com estas são as relativas a lareira ou fogo, “focus/focum” (com o breve), «ardente», “focilis”, em latim e italiano para »
Bem-vindos, de novo, a um novo ano lectivo de Ciberdúvidas!
O motivo da minha mensagem é o seguinte:
Na frase abaixo, as vírgulas que se encontram entre parênteses rectos deverão, ou não, ser utilizadas? Porquê?
«Ele era o ilustre professor Casinhas, conhecido[,] não só pela sua proverbial antipatia[,] mas também pelos seus inegáveis dotes artísticos.»
Antecipadamente grata.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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